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Oi, galera. Eu demorei quatro semanas pra escrever esse capítulo, tudo porque não conseguia encaixar as palavras certas, e acabou que eu detestei o resultado final, mas eu não podia perder mais tempo então é isso aí mesmo kkkk tenham uma boa leitura... e forças!

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Segundo estudos realizados, um piscar de olhos dura, em média, 100 milisegundos.. parece pouco, eu sei, e realmente é comparado a todo o tempo do mundo. Mas o que acontece é que nós não temos todo o tempo do mundo. Nosso tempo é uma dádiva, é nosso presente, foi nosso passado e talvez será nosso futuro. Sim, talvez, afinal, nosso tempo é momentâneo, não é previsível, não é calculável.

100 milisegundos.. parece pouco, eu sei, mas não é. Nesse um décimo de segundo muita coisa pode acontecer.. uma bomba pode explodir, uma lágrima pode nascer, um adeus pode ser dito, um último sorriso pode ser dado, um primeiro choro de uma criança pode ser escutado, uma vida pode ser tirada, um beijo pode ser sentido.. Um tiro pode ser disparado. Tudo isso, em apenas um piscar de olhos.

E assim aconteceu..

Em um piscar de olhos.

(Por favor leiam a partir daqui escutando a música Blue da troye silvan, por favor, eu juro que vai ser mil vezes melhor!!!)

Noah Urrea

Eu piscava, piscava novamente, e uma outra vez. Nada mudava. Mas eu ainda não acreditava no que estava diante dos meus olhos.

Foi tudo muito rápido..

_ Você não pode entrar, senhor. - o socorrista me impede de entrar na ambulância.

_ Ela não tem ninguém, me deixe ir, por favor. - eu implorava.

_ Me desculpe. - Ele continuava.

_ Ela precisa dele! - Bailey se exalta. O homem parece pensar. Tudo isso parece demorar uma eternidade, mas foi como um piscar de olhos. Olho para o homem devastado, ele parece compreender minha dor. Sem dizer nada, me permite entrar. Meu olhar é o bastante para agradecê-lo.

Corro até a maca, encontrando sua mão.

_ Você não pode me deixar, por favor, fica comigo! Eu faço qualquer coisa para você ficar. Qualquer coisa! Fica comigo, fica comigo Sina.

E então me permito chorar. Seu rosto pálido, sua face gélida, o sangue contornando seus lábios e acumulando em seu peitoral. Era tudo culpa minha.

_ Você precisa se afastar! - O homem se volta a mim. Me afasto, mas não largo sua mão, segurando-a ainda mais firme.

_ Reage! Vamos lá, Sina! Reage! - ele dizia enquanto checava seu pulso fraco e apertava o local atingido pela bala, amenizando o sangramento. Minhas lágrimas cessam, me levanto e me abaixo ao lado da maca. A dor me consumia. Seus únicos movimentos eram sua cabeça que mexia de acordo com a direção do automóvel. Levo minhas mãos até seu rosto, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e acariciando sua bochecha.

_ Fica comigo, Sina. - repito, deixando uma única lágrima cair. Eu não escutava nada, os barulhos da sirene eram mínimos, os socorristas não existiam. Tudo o que importava era ela.

Rapidamente sinto a ambulância parar de se mover. Ao levantar meu olhar, vejo os homens puxando a maca, me fazendo levantar. Sem sair do seu lado, corro junto à eles.

_ Sina Maria Deinert, 19 anos, inconsciente. Foi atingida na região torácica por uma bala, perdeu muito sangue. Pulso fraco e pouca reação. - escuto o homem que a socorreu passando as informações para o médico, que pede para levá-la até a SO urgentemente.

Am I living my biggest dream?Where stories live. Discover now