I Hate Loving You ( Joong Nine, PavelDome)

Namora comigo

Pavel on

- Joong – gritei – abre a porra dessa porta – eu batia incessantemente do lado de fora do quarto – Joong, pelo amor de deus – eu continuava a gritar começando já a ficar irritado pela ausência de resposta do meu amigo.

Ele tinha desaparecido no meio do almoço e quando eu questionei o Nine acerca do assunto ele apenas afirmou que não sabia o porque de ele ter saído tão repentinamente, não me convencendo totalmente com aquela resposta.

Tentei, então, ligar-lhe várias vezes mas ele nunca atendia e assim que as aulas acabaram, cerca de duas horas depois, decidi voltar para casa com o Dome, na esperança de que também o Joong estivesse lá.

Felizmente ele estava, mas trancou-se no quarto assim que ouviu alguém entrar pela porta principal.

Eram agora nove horas da noite e eu continuava a tentar convencê-lo a sair para conversar connosco, mas ele nunca dava sinais de vida. Era como se ele nem estivesse lá dentro. Eu andava às voltas no corredor, sempre á espera que a porta fosse aberta e a minha preocupação por ele aumentava a cada minuto que passava. Eu desconfiava que o Nine era o motivo de ele estar assim, e já não sabia mais o que fazer ou dizer para que aqueles dois se entendessem de uma vez por todas.

O Dome, que até aquele momento estava na cozinha a preparar algo para o jantar, apareceu no corredor, andando lentamente na minha direção com as mãos nos bolsos das calças enquanto eu permanecia encostado na parede a pensar no que fazer.

- Pavel, vamos jantar? – ele perguntou parando a alguns centímetros de distância.

Eu apenas afirmei com a cabeça e voltei a bater na porta.

- Joong, tu precisas comer algo – eu quase implorei para que ele viesse jantar.

- ele provavelmente precisa de tempo para pensar – Dome falou num tom calmo – ele vai ter de sair em algum momento e nós só temos de lhe dar espaço. Até vai lhe fazer bem ficar sozinho por alguns minutos. A cabeça dele está uma confusão e ele precisa de organizar a vida dele. Vamos apenas jantar – ele aconselhou.

Eu olhei-o com uma certa tristeza, como se me sentisse culpado por deixar o meu amigo ali, mas rapidamente o Dome se aproximou de mim e colocou as mãos em cada lado do meu rosto depositando nos meus lábios um pequeno e singelo beijo antes de sussurrar "ele vai ficar bem" e guiar-me para a cozinha onde a comida nos esperava.

Assim que nos sentamos e começamos a comer, o silêncio invadia a mesa e eu estava demasiado ocupado a pensar sobre o Joong para conseguir manter alguma conversa, mas pouco tempo depois, Dome pousou os talheres com calma e encarou-me agarrando a minha mão e obrigando-me a olha-lo também.

- Pavel – ele falou – o que se passa contigo? Estás tão calado...

- eu só estou preocupado – disse voltando a comer desviando, assim, a minha mão da sua.

- tu sabes que ele sempre foge do mundo quando tem algum problema, mas sempre volta para resolve-lo. Não penses tanto nisso, dá-lhe espaço – ele realmente tinha razão.

- eu só quero ajudar – desabafei.

- eu sei que sim – ele lançou-me um pequeno sorriso – mas tenta esquecer isso por uns minutos. Vamos ter um jantar pacífico, sem preocupações – ele pediu.

- tudo bem, eu vou tentar – voltei a agarrar a sua mão depositando nela um casto beijo.

----- 30 minutos depois -----

Acabamos de jantar e arrumar a cozinha mantendo nesse tempo uma conversa agradável sobre coisas aleatórias como a escola ou alguma fofoquice que tínhamos descoberto e logo nos fomos deitar no sofá a ver um filme. Eu repousava a cabeça no peito do Dome que acariciava o meu cabelo com uma mão e bebia alguma bebida com a outra.