TEXT ME • jungkook

16. Jungkook

Estou determinado a vencer esse jogo. Não só pela minha aposta com Dahyun, mas para dar o troco naquele loiro, trapaceiro. Park Jimin. Por culpa dele, eu e Yoongi não conseguimos participar do resto do último jogo e o desempenho do time caiu bastante. O placar final foi de 58 a 23. Um fracasso total, eu diria.

Mas, passado, é passado. Vamos vencer e eu vou esfregar nossa vitória na cara daquele baixinho bundudo!

Chego um pouco atrasado no vestiário. Yoongi explica novamente nosso plano de jogo e depois nos libera para vestirmos o uniforme.

Enquanto me troco, Dahyun toma meus pensamentos. Eu adiantei muito as coisas com essa aposta? Nem sei direito como me sentir sobre isso...

— Nada pode tirar nossa concentração hoje. Então, esqueçam tudo e vamos para o ataque! — é a última declaração de Yoongi, antes do início do jogo.

Assim que começamos a entrar na quadra, um de cada vez, a plateia fica eufórica. Passo meus olhos por todo o lugar tentando achar Dahyun, mas não a encontro.

— Jungkook, aquela garota ali está te chamando — um dos meus colegas de time avisa.

Com esperança de ser ela, abro um sorriso, me preparando para ir até a garota. Infelizmente, é apenas Soomin, balançando os pompons e gritando meu nome. Nem aqui ela me deixa em paz...

Será que eu me enganei? Talvez, fosse só coincidência nossos colégios terem jogo de basquete no mesmo dia.

Já tinha desistido, até que a vejo. Dahyun, parada bem ali perto das arquibancadas, observando a quadra. Parece ainda mais linda do que o dia que a vi na sorveteria.

Prestes a acenar, para que ela pudesse me achar, minha visão é tampada. Na hora, reconheço o garoto. É o trapaceiro que eu tanto odeio. Ele fala alguma coisa para ela e, num ato rápido, beija sua bochecha.

Meu rosto fica quente. Consigo sentir o sangue fervendo nas minha veias. Park Jimin tem que interfirir em tudo na minha vida?

O olhar de Dahyun se encontra com o meu. As bochechas estão coradas pelo beijo que recebeu. Eu queria ter acenado ou retribuído o sorriso, mas só consigo pensar no loiro a beijando.

— Jungkook! Posição, porra! — Taehyung me dá um empurrão.

Volto ao mundo real e vejo que estão todos prontos no círculo. O Park me lança uma piscadinha e, naquele instante, o meu ódio superou todos os limites.

ᴛ ᴇ x ᴛ  ᴍ ᴇ

O primeiro tempo acabou e estamos dando um tempo para descansar. Nosso time está na frente, com vantagem de 14 pontos. Vai dar tudo certo.

— Jungkook, mas o que caralhos está te dando hoje? Se continuar assim, vou te substituir! — Yoongi anda de uma lado para o outro, reclamando.

Ele se refere à pequena falta que causei no Park nos primeiros minutos de jogo. Eu tinha que liberar minha raiva em alguém...

— Relaxa, não vou fazer mais nada. Só queria mostrar para ele que não estamos de brincadeira — passo a toalha no rosto, secando as inúmeras gotas de suor que escorrem pela minha testa.

Mais três minutos e o árbitro nos chama de volta.

— Agora é a reta final, pessoal. Todos para a quadra!

Como falam por aí, "o tempo voa". E, nesse caso, voou mesmo.

Chega o final do segundo tempo. A disputa está acirrada. Temos apenas dois pontos de vantagem.

É um dos últimos lances antes do final. O árbitro joga a bola para cima, mas Namjoon pula mais alto e a rouba do adversário. Faz alguns dribles e toca para Taehyung. O mesmo corre metade da quadra, com a bola dançando em seus dedos. Ele passa para um dos meninos do nosso time, mas esse acaba sendo bloqueado.

— Passa para o Jungkook! — Yoongi grita, tentando se livrar de dois jogadores que o marcam.

Saio em disparada para receber a bola, pois sou o único livre. Assim que ela cai em minha mão, dou três passos para a frente, pronto para arremessar e fazer uma cesta de três pontos. Porém, meus planos são estragados por um forte empurrão.

Vou com a cara direto no chão. A torcida do nosso colégio começa a vaiar, enquanto a do outro lado, comemora.

Taehyung grita com alguém. Levanto devagar, com a ajuda do árbitro e de Yoongi. E é claro que minhas suspeitas não estavam erradas. Park Jimin, aquele loiro desgraçado, me empurrou.

Não me importo com o meu lábio sangrando, não penso antes de partir para cima dele.

— Qual é o seu problema, viadinho?

— O que você disse?! — consigo ver o quão irritado está. Agarro sua camisa.

— O viadinho ficou bravinho? — ele me empurra e a briga começa.

Os dois times iniciam uma discussão nada amigável sobre a agressão do Park. O jogo vira um verdadeiro caos. Mais dois árbitros vêm para separar a briga e chegar à um acordo. Alguns minutos depois, com todos mais calmos, um deles apita e sinaliza com as mãos a expulsão do Park.

As arquibancadas vaiam sua saída e eu lanço um sorrisinho vitorioso para ele. O mesmo passa por mim e sussurra no meu ouvido:

— Isso não acabou ainda, Jeon.

Não dei importância, afinal, o jogo já estava ganho após a sua saída.

ᴛ ᴇ x ᴛ  ᴍ ᴇ

Gritos e danças de comemoração preenchem toda a quadra de basquete. Nosso time venceu, é claro. O placar final foi de 65 a 52.

Eu sabia que este jogo estava na palma da nossa mão! E ainda dei o troco no Park, foi perfeito!

Bem, não tão perfeito. Perdi Dahyun de vista no meio de toda aquela confusão. Talvez, ela tenha ido embora e nem quis falar comigo... E se me bloqueou? Droga, eu fui muito frio no começo do jogo!

— Precisamos comemorar essa vitória! — Taehyung sugere e os outros concordam.

Estamos perto dos vestiários, esperando Namjoon. Ele disse que iria fazer algo e já voltava.

Nesse meio tempo, penso no beijo que Park deu na bochecha de Dahyun. Que merda! Eles parecem próximos...

— Gente — Namjoon surge do meio da multidão de pessoas que desceram das arquibancada para comemorar na quadra. — Queria apresentar alguém para vocês.

Ele dá espaço para uma garota entrar na rodinha. Dahyun? Ela encara os pés meio envergonhada.

Como ela conhece o Namjoon?

— Essa é a Dahyun, minha irmã.

Minha boca fica na perfeita forma da letra "O". Dahyun levanta a cabeça minimamente. Seus olhos passam por todos nós até chegar em mim. Ela também parece surpresa ao me ver, mas logo abre um sorriso fofo.

— É um prazer conhecer vocês! — fala, sem tirar em nenhum momento, os olhos de mim.

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só eu que começo a estudar e uns 5 minutos depois já to olhando pra parede e brisando? foda viu kkkkkkk