Capítulo Dezoito

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Hoje de manhã quando acordei pensei que ainda estava dormindo, preso dentro de um sonho do qual jamais desejaria acordar

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Hoje de manhã quando acordei pensei que ainda estava dormindo, preso dentro de um sonho do qual jamais desejaria acordar. Abri os meus olhos e Eliza Thompson estava enroscada em mim, os seus cabelos loiros bagunçados ao redor, o seu doce cheiro nos meus lençóis, sua respiração morna contra a minha.

Por um longo momento, porém não tão longo quanto queria, fiquei encarando aquela mulher dormindo, suas puxadas sutis de ar, seus lábios curvados num sorriso como se estivesse dentro de um sonho bom, seus cílios claros e longos, o rosto refletindo a mesma paz que eu sentia ao estar com ela.

- Feliz Natal. – Ela diz, abrindo os olhos apenas o suficiente para me ver ali, admirando-a com entusiasmo. – E bom dia, Ben.

- Feliz Natal, minha querida Lizzie. – É o que eu lhe digo, abrindo um sorriso largo. E céus, me pergunto se algum dia realmente consegui ser feliz sem ela ao meu lado. Porque ninguém me fazia tão feliz como ela, ninguém colocava um sorriso tão bobo e involuntário em meus lábios como essa mulher. – Devo preparar o café da manhã para comermos aqui no quarto ou você me encontrará na cozinha daqui um tempinho?

Ela franze o lábio, envolvendo o meu pescoço com os braços para me puxar para cima de si. Estou envolvido pelo seu abraço apertado quando a ouço bocejar neste meio tempo.

- Não quero que você vá, não agora. – Reclama com uma voz tão sonolenta quanto sexy, uma que faz cada célula do meu corpo agitar. – E serei eu a fazer o nosso café da manhã hoje. Quero lhe fazer um especial.

Assenti obedientemente, colocando as mãos em seu quadril e a puxando para rolar comigo, deixando-a por cima de mim.

- Então quer dizer que fui um garotinho bom, né? – Levantei a sobrancelha sugestivamente, observando-a corar. – O que mais irei ganhar?

- Não sei. – Ela sussurrou próximo ao meu ouvido. E tudo o que eu quero é enchê-la de beijos, quero beijar todos os cantos de seu rosto. – Depende do quão bom você foi.

- Porque estamos sussurrando? – Perguntei, baixinho.

Lizzie levanta a cabeça apenas para me encarar, pressionando a mão espalmada em meu peito. Seu cabelo está bagunçado, mas nunca a vi tão linda. E tudo o que eu consigo pensar é que queria ter o poder de congelar este momento, fazer com que essa manhã de Natal durasse para todo o sempre, por toda uma eternidade.

- Por causa do Kurt... – Ela explica, encarando-me com atenção. – Ele não está em casa?

Balancei a cabeça, em negativa.

- Margot e Axel levaram-no a uma viagem. – Expliquei, passando a mão em seus fios loiros, colocando-os atrás da orelha. – E agora penso que talvez tenha sido um ato premeditado por eles para ficarmos só nós dois neste feriado.

Lizzie inclina levemente a cabeça, me olhando com aqueles olhos azuis brilhantes que me capturaram desde o primeiro dia que a vi, naquela manhã em que eu mal sabia que minha vida mudaria de uma maneira inimaginável.

Observo o canto de sua boca se contrair sutilmente em um sorriso.

- Você ainda tem dúvidas? – Ela deita a cabeça de volta no travesseiro ao meu lado.

E eu permaneço encarando-a por mais um segundo, completamente aturdido com aquele riso, contemplando a mulher maravilhosa que estava tão confortável em cima da minha cama.

E sei que poderia me acostumar com isso, com a ideia de acordar todas as manhãs com a Eliza Thompson deitada ao meu lado, a sua voz ser a primeira e a última a escutar todos os dias da minha vida.

Depois de um longo tempo, em que ela finalmente se dá conta de que está sendo admirada, os seus olhos espicham em minha direção, e observo o azul deles cintilando por causa dos raios solares que atravessavam a cortina do meu quarto.

- O que você quer comer? – Ouço-a perguntar.

Me inclino rapidamente, tocando suavemente os seus lábios com os meus. E não importava quantas vezes a beijasse, cada vez era única, tão incrível quanto a primeira, tão valiosa como se fosse a última.

- Hum... – Coloco um dedo sugestivamente nos lábios, forçando uma expressão pensativa. E eu tento enrolar ao máximo, porque Lizzie mordia o lábio enquanto esperava a resposta, e tenho a certeza de que não havia nada mais perfeito do que isso. Então permito-me admirá-la por mais uns instantes. – Qualquer coisa desde que seja preparado pelas mãos talentosas da minha chef preferida.

Seus lábios se desmancham em um sorriso de arrancar suspiros, brilhante o suficiente para iluminar uma cidade inteira.

- Uau.

Ela vira o corpo em minha direção, estamos cara a cara, e não consigo parar de encará-lá. Não quando sinto que eu sou o homem mais sortudo de todo o mundo. Porque eu sou.

Um sorriso travesso brinca em seus lábios e eu passo a observar o seu olhar, que naquele exato instante reflete tudo o que eu sempre busquei, amor, zelo, carinho, desejo, cuidado. Cada um dos motivos que a fizeram perfeita para mim.

- Então finalmente eu tenho a honra de ser a sua chefe preferida? – Ela questiona, com uma voz provocante.

- Tem. – Digo, beijando a ponta do seu nariz um milhão de vezes e um pouco mais. Céus! Eu amava tanto aquela mulher que o meu coração parecia que ia explodir a qualquer momento. – E se Deus quiser logo logo a minha esposa.

F I M

Loving - #1 UCN Where stories live. Discover now