Capítulo Doze

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Eu não sei o que há de errado com aquela mulher, não faço a mínima ideia

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Eu não sei o que há de errado com aquela mulher, não faço a mínima ideia. Por mais decepcionante que seja admitir eu não estou nem um pouco perto de descobrir. Isso me deixa frustrado, muito frustrado. E irritado demais.

Estou com raiva de mim mesmo, porque sou um idiota que depois de tantos anos acaba se apegando a alguém que não quer me ver nem pintado de ouro, nem que eu fosse o último maldito homem da face da Terra.

Não sei o que fiz ou deixei de fazer para que ela me odiasse tanto. Se Lizzie apenas dissesse... Quero dizer, começamos com o pé esquerdo. Tudo bem, acontece eventualmente. Muitas vezes o destino não acontece em linhas retas, e foi exatamente isso o que aconteceu conosco.

Mas Eliza Thompson é uma teimosa.

Maldita teimosa.

Agora estou de volta em casa, completamente frustrado e quase morrendo de desespero para descobrir pelo menos um de seus pensamentos depois de tudo o que eu lhe disse nesta noite.

Não é possível que ela me odeie tanto assim, não quando seus olhos demonstram o oposto. Não quando o seu corpo ficava tão visivelmente desordenado quando eu estava perto. Eu pude ver a confusão burlando em seus olhos quando eu lhe confessei que não conseguia tirá-la da cabeça. E por um breve momento, realmente acreditei que ela também sentia o mesmo.

Coloco as chaves do carro no lugar que costumo deixar, estou prestes a tirar os meus sapatos quando ouço bater urgente na porta.

Kurt não poderia ser, depois da discussão que tivemos dormiria alguns dias na casa do tio, e Axel me avisaria se por acaso ele saísse de lá.

Era o que meu filho fazia quando brigávamos feio, se afastava. Droga. Ninguém no mundo parecia aguentar ficar muito tempo comigo.

Giro a maçaneta, e tento não me surpreender quando a avisto parada na minha frente como em um sonho.

O peito subindo e descendo como se tivesse literalmente corrido atrás de mim. Observo uma única gota de suor escorregar lentamente pela a sua têmpora, e a sua boca entreaberta com a respiração exasperada. Céus, nunca vi uma mulher tão atraente.

O olhar de Lizzie não demora muito para subir ao meu, e tudo o que seus lábios se recusaram a dizer, seus olhos, antes impenetráveis, agora gritavam. Ela bradava em total silêncio, sobre sentimentos e promessas. E naquele instante, naquele exato instante tenho a certeza que Eliza Thompson sente o mesmo que eu.

A mesma paixão.

A mesma loucura.

O mesmo desejo.

Agarro-a pela cintura assim que suas mãos envolvem o meu pescoço. Seus lábios ainda estão gelados quando os cubro ardilosamente com os meus. Puxo o seu corpo para perto do meu, dando um passo para trás para fechar a porta atrás dela.

Suas pernas envolvem o meu quadril e a encosto na parede. Nossas bocas desfrutam de uma excitante e profunda agonia. E enquanto as nossas línguas se tocam desesperadamente, quase como se precisassem uma do outra para sobreviver, a nossa respiração se torna uma só, quente e acirrada. Irresistivelmente sensual.

O fogo fluindo em minha corrente sanguínea fica mais forte e potente, quase insuportável. Nossos corpos seguem o mesmo ritmo, cada toque, cada aperto e lugar por onde sua mão percorre pertence há muito tempo a ela.

Não quero perdê-la, quero amá-la calmamente, tocar em todos os lugares, mas hoje não posso. Hoje quero matar esse desejo dilacerante antes que ele me mate primeiro.

Afasto a cabeça por um segundo, apenas para ver seu olhar inundado de lascívia me implorar por aquilo, implorar pelo o meu toque. Minha atenção desce aos seus lábios, inchados pelo beijo sôfrego, e não consigo evitar que um sorriso escape por entre os meus lábios.

Lizzie não sorri de volta, não quando seus olhos esfomeados me devoram de maneira diligente. Ela arranca o meu casaco, e estou amando assistir aquilo. Ter Eliza Thompson desabotoando a minha camisa em um ritmo frenético é algo que eu queria guardar para sempre.

Suas mãos geladas apertam forte o meu dorso, deslizando os dedos pelo abdômen e seguindo diretamente ao cós da minha calça.

Seu toque era necessitado, como se Lizzie fosse guiada unicamente pela fome excruciante que ambos sentíamos um pelo outro. Agarro mais forte as suas pernas que pressionavam o meu corpo em uma perfeita agonia, e a assim a carrego até o meu quarto.

E naquela noite nada mais importa, não quando a tenho bem aqui, envolvida pelos meus braços. Não quando o meu peito ardia tão desesperado perto do seu. Não há dúvidas dos meus sentimentos por ela.

E de todas as certezas que eu tinha na vida, a maior delas é que enquanto Lizzie Thompson não fosse inteiramente minha, eu não iria descansar. Isso eu posso garantir...

Loving - #1 UCN Where stories live. Discover now