Capítulo Treze

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Antes mesmo de abrir os olhos reparo que o outro lado da cama está vazio, e que Ben não está deitado ao meu lado

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Antes mesmo de abrir os olhos reparo que o outro lado da cama está vazio, e que Ben não está deitado ao meu lado. Eu não acredito que ele teve a coragem de me deixar pela segunda vez, não depois de tudo o que confessou ontem.

Quero dizer, não acredito que fui tão estúpida ao ponto de cair na sua conversinha idiota de que não conseguia me tirar da cabeça.

Ele deve dizer isso a todas.

Estúpida.

Estúpida.

Argh!

Levanto em um pulo, e visto a minha roupa que está no chão. Só quero dar o fora daqui antes que o filho apareça, e bem... descubra que eu sou a idiota que o seu pai conseguiu trazer para casa pela segunda vez consecutiva.

Pego o salto com as mãos, e na ponta dos pés tento sair do apartamento, mas antes que os meus dedos alcançassem de fato a maçaneta me recordo que vim até aqui com a kombi da confeitaria, e que as chaves não estão mais no bolso do jeans como estavam ontem a noite.

Droga!

De fininho, e com muito cuidado, começo a perambular por onde lembro que passamos, o que pela minha memória de ontem a noite, foi absolutamente por todos os cantos desta casa, já que ficamos à noite inteira acordados, grudados um ao outro.

Levanto as almofadas do sofá. Nada. Olho debaixo da cama. Nada também.

Estou prestes a desistir da ideia e ir embora de táxi quando de repente dou um pulo ao ouvir o meu nome.

- Eliza. – Seu tom é de surpresa. Meu olhar, de desespero. – Não me diga que você ia sair de fininho?

Sinto o meu rosto congelar, mas faço um esforço para me virar para ele, abrindo um sorriso quase que mecânico.

No final das contas Ben não havia me deixado. E agora que me viu com os saltos na mão vai supor que eu iria embora sem me despedir. O que é exatamente o que eu iria fazer, é claro, visto que acreditei que ele tinha ido trabalhar de novo, como fez na primeira vez.

- Não. – Largo o sapato no chão, sentindo as minhas mãos ficarem moles. Tento de alguma maneira deixar meu sorriso mais convincente. – Eu estava... procurando você.

- Com o salto nas mãos?  – O canto de sua boca se contraí num sorriso sutil e... merda, ele sabe que estou mentindo. A mentira está estampada na minha cara. – Você supôs que eu tivesse lhe deixado mais uma vez, não é? – E sem esperar qualquer resposta da minha parte, entrelaçou a sua mão na minha, obrigando-me a me mover conforte os seus passos enquanto me conduzia pelo corredor. – Vem.

Ele me levou até a cozinha, e ok.

Essa parte da sua casa eu ainda não conhecia, acho que foi a única que deixamos de fora, a cozinha e o quarto do seu filho, é claro.

Loving - #1 UCN Where stories live. Discover now