CAPÍTULO TRINTA E SEIS

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Tay

Tomei um banho relaxante, meu corpo estava leve, quase que flutuando, eu mal sentia meus pés tocando no chão. Fazia tempo que eu não me sentia tão bem, e com tanta fome. Minha barriga estava roncando, e doendo, precisava de um café da manhã reforçado.

Senti o vazio da cama, mas o cheiro dele ainda estava no quarto, sabia que ele ainda estava por aqui quando vi sua carteira no criado mudo.

Enquanto me trocava pude ouvir sua voz vindo d algum canto da sala. Deduzi que Kauã falava ao telefone e não me preocupei em terminar de me arrumar rapidamente.

Coloquei uma bermuda jeans, e uma camiseta de um dos meninos que ficava enorme em mim. Calcei a havaiana e deixei o cabelo solto pra secar.

Foi quando eu saí do meu quarto que eu percebi que ele não falava ao telefone, mas que se tratava de uma conversa de duas pessoas, uma delas uma mulher. Meu corpo tremeu quando eu notei que aquela voz não era de Luna. Andei devagar quase que na ponta dos pés até a entrada da sala, e fiquei ainda mais branca do que já estava quando vi mainha sentada na sala conversando intimamente com Kauã.

Fechei os olhos e os abri de novo, era a mesma cena. Esfreguei os olhos e belisquei o braço, era a mesma cena. Respirei fundo e...?

Espera.

Mainha e Kauã?

— Mãe? — minha voz saiu praticamente desesperada.

Ela me olhou com um sorriso sugestivo. Como se tivesse descoberto um dos meus maiores segredos, e talvez ela tenha mesmo.  Quase dei as costas aos dois e voltei pro quarto, me trancaria por lá e fingiria não conhecer os dois, por pelo menos alguns dias, mas já era tarde demais.

— Bom dia! — ela disse sorrindo.

— Espera, você é a mãe dela? Uau! Você é super nova. — minha mãe riu boba.

— Que isso, você está exagerando.

— Em que momento você chegou, o que a senhora tá fazendo aqui? — caminhei em direção a eles ainda apática.

— Meu Deus, foi tão ruim assim me ver aqui? — olhei pra Kauã e ele me olhou como se nada tivesse acontecendo.

— Quer mais café? — perguntou minha mãe pegando a xícara dela.

Acho que ele se tocou que eu precisava de pelo menos alguns segundos para voltar a realidade, ou pra enteder o que estava de fato acontecendo.

— Aceito sim, tá uma delícia, foi você quem fez?

— Foi eu sim! Também achei, geralmente os cafés que eu faço ficam bem ruim, eu não sei o que aconteceu hoje. — Kauã foi até a cozinha e nos deixando a sós.

A cozinha não ficava tão longe dali, ele poderia me ouvir de eu falasse alto.

— Eu pensei ter errado de casa. — ela riu. — eu sabia que você estava me escondendo alguma coisa. — ela me olhava com um sorriso de vitória enorme no rosto.

— E veio aqui pra provar que estava certa?

— Eu vim aqui pra saber por que você não estava bem a semana toda que eu sei! Durante as ligações sua voz não me enganou, mas acho que você já melhorou. Quem é ele Tawany?

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