CAPÍTULO SESSENTA E OITO

1.2K 135 44
                                    






Não precisa se preocupar mainha, em quinze dias estaremos ai.

Queria que ficassem em minha casa. — essa é possivelmente a oitava vez que ela fala isso.

Nós iremos ai mãe, mas não tem condições de ficarmos todos hospedados em sua casa, agora nós somos em cinco né? Ainda tem o Doki que vai conosco. Vai ser bagunça demais pra tua mente.

Vai trazer ele Tay? — minha mãe o adora.

Ai mãe, não tem como eu deixar, além de ficar morrendo de saudades,  essas crianças vão armar um carnaval se eu deixar ele aqui. — resmunguei e ela riu.

Eles estão muito apegadas a esse cachorro. — ela disse eu gargalhei.

Pra tudo quanto é lugar eles querem levar esse cachorro, o próprio Doki não tá aguentando mais. — mainha riu, eu realmente não estou brincando ele tem ficado bem estressado ultimamente.

Ai filha, essas crianças são demais!

— Estou muito feliz em poder mostrar os três onde eu nasci e fui criada. — falava com mainha pelo telefone enquanto dobrava algumas roupas das crianças para guardar.

Isso vai ser muito bom! Blue vai aproveitar muito mais agora que está um pouco mais crescido.

Sim! Tenho pensado muito nisso, na última vez que estivemos aí o Blue era apenas um bebê, com quase três anos, aposto que ele se lembra muito pouco. Além disso, ficamos ai por tão pouco tempo, que nem deu para mostrar os meus lugares preferidos, nem mesmo os lugares que eu mais frequentava.

Sim! Dessa vez será muito mais legal, tanto para eles quanto pra você, que terá o Kauã para ajudar a carregar essa criançada.

Pois é mainha, quem diria!

Estava falando com Sandro sobre isso, me lembro do dia que você foi embora daqui, eu estava com o coração tão apertado, eu queria demais acreditar em você e nos seus sonhos, mas meu medo de te deixar ir quase me fizeram te dizer não. E hoje você está completa Tay! Graças a Deus você se tornou muito maior do que a mulher que sonhava ser.

Um dia imaginou que eu lhe daria tantos netos?

Minha filha. — ela riu. — eu achei que nunca me daria um neto.

Credo mainha. — eu gargalhei.

Filha, você só tinha olhos para sua carreira, vida acadêmica. Isso não é ruim de maneira nenhuma, mas achei que você não me daria netos, não tão cedo pelo menos.

Não imaginei que seria tão rápido.

— São os amores da sua vida né?

Acho que mais até do que isso. — meu sorriso entregava, eu sou completamente apaixonada por eles.

Não serei hipócrita, e fingir que é sempre mil maravilhas, que não temos problemas ou que eu nunca pensei em largar tudo e fugir o mais longe que eu conseguia, mas o ponto era, eu não fugi, nem mesmo fugiria, é esse o meu lugar favorito no mundo, ao lado das pessoas que mais amo na vida.

Com certeza sem o Kauã eu já tinha surtado, fico feliz em o ter como meu ponto de paz ou válvula de escape, ele tem me deixado bem calminha.

Certo mãe, depois nos falamos. Vou me encontrar com Vini, ele disse que tem algo a me dizer, mas está me enrolando pra contar.

FeniceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora