CAPÍTULO VINTE E NOVE

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Tawany

Saímos bem cedo de casa, o parque começa a funcionar às quatro da tarde, aproveitamos que o dia não estava tão quente para não precisar voltar muito tarde de lá. Kauã saiu de casa um pouco antes de nós, deixou um pouco de dinheiro pra Lizzie, mesmo depois de eu insistir que não precisava.

Ela pediu ajuda para pentear os cabelos, e eu fiz uma trança que ela amou, colocou um dos enormes laços que sua avó fazia e ficou toda boba enquanto nos esperava. Antes de sair ela ainda pediu que eu passasse um pouco de batom nela, e escolheu um gloss com brilho.

Com Blue era bem mais fácil era só molhar, passar um pouco de creme no banho mesmo, já que ele não gostava muito de pentear os cabelos. Vesti uma bermuda jeans nele com uma camiseta e seu ALL star. 

O parque não ficava longe da fazenda, cerca de uns quinze ou dez minutos, mas decidimos ir de carro caso as crianças ficassem muito cansadas e acabassem dormindo no nosso colo.

Lizzie pediu pra levar sua bolsinha, e eu concordei, mas pedi pra carregar por ela, já que ela poderia esquecer em algum lugar. Coloquei lá dentro duas toalhinhas, minha carteira e o celular.

Luciana estava nos acompanhando, segurava a mão de Lizzie para que ela não corresse a nossa frente, assim como eu segurava a de Blue.

— Vovó eu quero aquele. — apontou para o carrossel.

O por do sol estava acontecendo, deixando o parque ainda mais bonito com as luzes acesas.

— Oh meu amor, eu tenho labirintite, não posso ir a nenhum dos brinquedos praticamente. — ela riu.

— O que é laberite? — perguntou inocente me fazendo rir.

— Chama labirintite, amor. É um problema que a vovó tem que me faz mal.

— Aaah... — respondeu ainda parecendo confusa e desapontada.

— Eu vou com vocês a todos que quiserem, não se preocupe. — falei e Lizzie pulou eufórica no chão.

— E você vai conseguir ir com os dois? — perguntou solidária.

— Claro, pode deixar.

Fomos até a bilheteria e eu comprei os ingressos para os brinquedos e alguns para as comidas. Eu amo parque, apesar de não ir a um há muito tempo, amo em principal as comidas que nele tem. Milho cozido, pipoca, cachorro quente, algodão doce, maçã do amor, nossa eu gosto mais das comidas do que dos brinquedos para falar a verdade.

No carrossel eu entrei com os dois, coloquei um em cada cavalo e fiquei no meio entre eles segurando a mão para que nenhum se desequilibrasse. Os olhos deles brilhavam, eles estavam amando e sentindo como quem cavalgava em um cavalo real.

Quando desci do brinquedo comecei a desconfiar que também tenho labirintite. O negócio rodou tanto que eu fiquei com medo até de descer as crianças e cair com os dois.

O próximo brinquedo escolhido foi a roda gigante, não era tão alta assim, mas para eles era a coisa mais alta que eles já viram na vida. O moço que estava no comando deixou que eu entrasse com os dois em um acento.

Lizzie achava que ia tocar o céu, e Blue perguntou se dali de cima ele conseguiria ver o pai dele. Senti sorte ao perceber que a pergunta não havia sido feita pra mim, e sim pra Lizzie que respondeu com um simples balançar dos ombros e um "tá escuro".

Fizemos pelo menos dois intervalos para comer, aproveitei muito meu cachorro quente. Fizemos das toalhinhas babadores, Luciana me ajudou a deixar aquela bagunça um pouco mais leve, mas mesmo assim tinha batata palha e queijo ralado na roupa dos dois.

FeniceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora