Bela adormecida

Începe de la început
                                    

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Alguns quilômetros dali:

Sinu P.OV

- Oh de casa - escutei a entregadora de pizza chamar, já tinha arrumado a casa desde que minha filha saiu para mais uma entrega.

- JÁ VAI - dei um berro enquanto pegava a nota de cinquenta reais na minha bolsa. Abri o portão e sorri de canto. Aquela safada já estava comendo minha pizza.

- eu trouxe duas pra gente - piscou de olho - eu sei que sempre pede de Atum, hoje o dia foi longo então comi um no caminho...

Elisabeth era dona de uma pizzaria que eu sempre comprava, Camila adorava desde pequena eu já não via graça no recheio seco, então toda vez que eu comprava, mandava uma nota reclamando, isso já virou um habito de quase oito anos.

- Minha filha já foi...

- eu vi o caminhão passando - puxei a mulher pra dentro batendo o portão, última coisa que eu queria era os vizinhos coxichando sobre nós. - você não acha melhor a gente contar pra ela sobre nós

- logico que não ta doida, imagina Camila saber que sua mãe é uma pecadora.

Elisabeth ficou me olhando torto, sabia que uma hora nosso relacionamento escondido nos daria duas sugestões, ou acabar, ou escancarar para o mundo.

- não me olhe assim, eu amo você e amo Camila também, prometo conversar com ela depois dessa viagem.

- Sinu, você me fala isso á oito anos, tá pra nascer sapatona mais otária que eu. 

Apesar de trabalhar numa cozinha, e ter a pele do rosto um pouco oleosa, Elisa era a mulher mais cheirosa e doce do mundo inteiro, diferente de mim, ela nunca ficou com nenhum homem, nem quis se casar, sempre escutei de Camila que eu deveria me casar novamente, mas eu ainda tinha medo.

- preciso que confie em mim tudo bem - ela bufou negando com a cabeça - eu vou dar um jeito de você ficar comigo.

Depois desse papo fiado, ela foi pra dentro de casa, e o resto vocês podem imaginar, coloquei a mão da sapatão pra trabalhar.

Primeiro ela arrumou meu chuveiro, depois a torneira da pia, me ajudou a dar banho nos cachorros, ai eu tive que dar banho nela, depois ela teve que dar banho, então brigamos pelo ultimo pedaço de pizza, eu venci é claro, mas eu não resisti ao bico que dona Elisa fez e ataquei com beijos.

Uma coisa levou a outra e agora estou ascendendo mais uma vela por meus pecados enquanto sapato grande faz nosso café da manhã.

- seu celular tocou de novo

- eu sei, Camila fica muito preocupada quando me deixa sozinha, e eu me acho uma mãe ruim quando atendo o telefone e minto, então deixe tocar, depois eu atendo.

Eu sempre falava pra Camila que em algumas manhãs eu ia no grupo de oração, coisa que eu não fazia algum tempo.
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Alguns quilômetros dali:


- Camila pare com isso - gemi de dor quando dei mais um soco aleatório em Lauren.

- é mais forte do que eu, quando lembro que foi uma tremenda filha da puta comigo - Vero soltou uma gargalhada e eu chutei sua canela por de baixo da mesa, estávamos no restaurante da pousada. - não sei como trabalham pra traficantes enquanto são duas burras inúteis.

- porra Lauren a gente teve tempo de acabar com ela e você nem quis.

- se a gente tivesse feito algo com ela, ela não teria nos dado a ideia de queimar cinquenta milhões.

Lauren era uma desgraçada debochada.

- quantas vezes eu já disse que não vamos queimar a droga, só a merda do baú e dar no pé.

- e quantas eu vou ter que dizer que isso não vai dar certo, vão nos achar e nos matar.

- vão nada, tenha um pouco de fé - mandei uma mensagem para meu amigo que alugava equipamentos para caminhão e ele se prontificou em liberar um para mim em algumas horas, seria tempo suficiente de minha possivel mãe ainda viva me responder. - otimo temos tres horas para comer, tomar banho e fazer um estoque de comida.

- Lauren eu não quero morrer só porque você achou um rabo de saia.

- Você é mulher também Vero, pare de ser tão misógina, chega a ser repulsiva.

Voltei a comer enquanto mandava mais duzentas mensagens para minha mãe, até que tive a ideia genial de falar que eu tinha morrido num acidente.

Ela respondeu no ato, sorri de nervoso, aparentemente o grupo de oração tinha se reunido num hospital, e elas tiveram que desligar o celular, e de lá mainha foi a feira comprar nozes.

- estranho...

- o que, sua mãe respondeu ? - Lauren perguntou enquanto comia batata frita.

- sim, mas é um pouco estranho porque ela disse que foi a feira, mas hoje nem é dia de feira. Só acredito porque ela mandou áudio, tava um pouco rouca, deve ser de tanto orar.

- a feira pode ser aquelas de supermercado...

- É pode ser...

UMA CAMINHONEIRA SEM FREIOUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum