Capítulo 13

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Ibiki tinha absoluta certeza de que algo estava errado assim que surgiu naquela sala, não era nem um pouco comum os candidatos ficarem tanto tempo apenas soltando Ki. Normalmente costumava acontecer uma confusão - no mínimo - envolvendo violência física devido à influência da energia negativa. Ele até havia decorado uma fala sobre não ser permitido o uso de força fatal, mas agora não precisava mais falar, realmente triste.

O homem ainda podia se lembrar do primeiro teste que aplicou naquela vila, a situação o irritou tanto que acabou por desclassificar quase dois terços de todos os candidatos, desde então todos alegavam que seus testes era um dos mais difíceis de todas as aldeias.

Mesmo sendo muito popular nesse ramo, ele não era o tipo de pessoa que gosta de aplicar esses testes, preferiria mil vezes voltar para sua base e aplicar seus conhecimentos em comportamento e mente humanas para descobrir os segredos dos seus inimigos. Mas por conhecer tanto reações das pessoas ele e sua equipe eram os mais aptos para aplicar esse tipo de exame. Mas isso não o impedia de achar incrivelmente chato ter que lidar com crianças e adolescentes problemáticos e irritadiços.

– Se estiverem prontos procederemos à primeira etapa da prova chunin, entreguem suas inscrições e em troca cada um receberá um número, esse número determinará onde sentarão. Começaremos a prova escrita assim que todos estiverem sentados.

Ao som dos berros do garoto loiro e o olhar irritado de Ibiki, Sayuri viu todos começaram a formar uma fila para pegarem seus números. Múrmuros descontentes soavam pela sala toda mostrando toda a indignação por terem que sentar longe de seus companheiros de equipe e um desses múrmuros acabou por a surpreender por ser de Gaara.

– Não acredito que vamos ter que nos separar logo agora que eu estava tendo idéias sobre o que poderíamos fazer mais tarde – Resmungou enquanto puxava a garota para mais perto dele, quase a abraçando com um de seus braços no processo, enquanto usava sua outra mão para acariciar o pescoço desnudo da menina com a ponta dos dedos. Perto de mais, perto demais! – Tenho certeza que iria gostar do que eu faria para ajudá-la... Eu te trataria tão bem querida.

E depois disso ele simplesmente soltou a garota e saiu andando em direção a fila, deixando pra trás uma Sayuri completamente corada e seus dois irmãos, que se aproximavam para chamá-lo, chocados. Desde quando seu irmão se comportava de tal forma?

"Kami me leva, por favor." Choramingou a garota enquanto esfregava a mão em seu rosto em uma tentativa de se recompor, ela tinha certeza que demoraria muito mais do que duas semanas para Gaara voltar a olhar em seus olhos depois que sua versão tímida e quieta voltasse, mas dessa vez nem ela sabia como iria encarar o garoto, definitivamente ela não se sentia nem um pouco preparada para isso.

"Quando eu disse que os exames seriam divertidos eu não achava que seria tanto assim." A raposa não conseguia conter sua risada "Quer dizer então que minha garotinha está querendo fugir do namoradinho? Você já foi melhor que isso, Sayuri. Que decepção."

"Fico feliz em ser sua fonte de diversão." Respondeu de forma irritada "E nós NÃO somos namorados." Ainda ouvindo a risada de Kurama a menina se segurou para não entrar no selo e começar uma discussão que a deixaria com ainda mais machucados. Ambos tinham um jeito único de resolver suas pendências, mas isso sempre acabava com a menina cheia de ferimentos por tentar atacar a raposa, sendo que está nem se incomoda em desviar dos seus golpes. E como ela não tem tempo para se curar adequadamente, dessa vez ela deixaria passar. Ela acreditava que um dia ainda derrotaria a raposa apenas com força bruta, já Kurama achava realmente engraçado ver a menina baixinha tentando derrotá-lo.

"Mas você gostaria que fossem não é?" Debochou Kurama enquanto rolava pela grama demonstrando sua alegria. Se a menina não estivesse tão irritada ela teria achado a cena muito fofa.

JinchuurikiOnde histórias criam vida. Descubra agora