A viagem

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O dia estava nublado. Quando Moonbyul terminou de arrumar suas malas, ligou para Daeshim e desceu. Deveria estar no aeroporto antes das onze horas, pois seu voo para Nelson — Nova Zelândia, sairia ao meio-dia, e caso perdesse, ela deveria esperar até a manhã seguinte. O voo era para o continente vizinho — onde ela passaria grande parte do seu tempo desse dia em diante e durava, em média, de onze a quinze horas. 

[…]

Moonbyul verificou seus compromissos uma última vez na agenda do seu ‘smartphone’ e o guardou antes que o elevador abrisse no saguão principal da RBW. Ela caminhou calmamente para os fundos, onde se encontravam as salas de treinamento. Os funcionários cochichando extasiados com o futuro da empresa. Se aquilo causaria impacto positivo ou negativo. Moonbyul não se deixou abalar e lançou um olhar aborrecido àqueles que deixaram escapar comentários maldosos. 

Olhou o relógio em seu pulso e percebeu que chegara dois minutos adiantados. Sorriu satisfeita, afinal, ela buscava sempre otimizar seu tempo. Os novos trainees já estavam na sala e o que aconteceria a seguir, era uma convocação rápida para que cada um soubesse para qual país houvera sido designado. 

A mulher subiu ao palanque, e realizou uma breve apresentação. 

— Bom dia a todos. Não quero tomar muito do tempo de vocês! Estamos aqui hoje, pois, vocês são o futuro da Rainbow Brigde World. Vocês concretizarão dessa nova era, uma era de sucesso. Aqui, nestes envelopes — mostra aos convidados. — encontra-se o nome e o local para onde vocês irão, além de uma lauda com as informações do que vocês precisam. Vale lembrar que, a empresa arcará com todas as despesas da viagem, e só resta a vocês serem bons trainees, para alavancarmos suas carreiras quanto antes. É com honra que lhes desejo sorte, e sejam bem-vindos ao futuro!

Uma salva de palmas tomou o pequeno auditório. Em seguida um olheiro subiu ao palanque, onde chamou cada um dos participantes e entregou-lhes um envelope cinza, de papel grosso e liso onde havia um símbolo de arco-íris com as letras RBW, logo abaixo. 

Do lado de trás, um adesivo com o nome do participante. Moonbyul observou de longe quando Hwasa abriu o seu e comemorou extasiada com pulinhos enquanto conferia o destino das colegas. Ela olhou seu relógio e retirou-se do auditório com pressa. Quase se esquecera de que havia um voo esperando por ela. 

[…] 

Para felicidade (e infelicidade) de Moonbyul, o voo atrasou mais de uma hora para decolar, e a viagem contabilizou mais de 12 horas em seu tempo final. Ela chegou exausta, e foi direto para a casa que tinha no centro de Auckland. Na manhã seguinte, ela desfez as malas e se enfiou em seu escritório. Serviu-se de uísque e pôs-se a ler algumas fichas e relatórios. Pediu que sua empregada fosse a concessionária e alugasse um carro empresarial para ela. 

Quando a noite caiu, o céu de Auckland estava limpo. Moonbyul tomou um banho relaxante em sua banheira enorme, vestiu um short preto social e uma blusa branca social. Colocou uma gravata despojada, deixando sua aparência alternativa e bem sofisticada. Nos pés ela colocou um scarpin preto aveludado. Soltou os cabelos que já havia secado. Pegou seu carro e dirigiu para Nelson. 

[…] 

Moonbyul suspirou orgulhosa quando estacionou do outro lado da rua. Desceu do carro e olhou de frente para a sacada da ‘boate’ que carregava em azul o letreiro que dizia Scorpions Night Club. O muro em volta era composto por uma espécie de pequenos tijolos cinzas e ao lado da porta principal de madeira grande e preta havia dois canteiros com palmeiras. Ela atravessou a rua e entrou. As meninas já estavam dançando, o som estava alto e os homens estavam enlouquecidos com o ambiente. Bem do jeito que ela imaginara. 

Between Us || HwabyulWhere stories live. Discover now