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MATHEUS 🔥

— Só tem casão em  — falei olhando o condomínio — é mais chique que o seu em Alice.

Ela riu negando e levantou o dedo do meio pra mim.

— Vai se fuder Matheus — falou e olhou pra dentro da casa — Vamos, a priminha já me viu aquela vaca.

Ela bufou e me puxou pelas mãos.

Entramos na casa e não tinha ninguém na sala, em compensação ao jardim ele estava lotado.

— Não se assusta — Alice falou no meu ouvido — Vamos guardar os capacetes e vamos lá pra fora.

Fui seguindo ela e depois que ela guardou fomos pro jardim.

— Minha neta preferida — ouvi um senhor dizer e Alice foi abraçar o mesmo —.

— O senhor tem outras netas meu sogro — uma mulher falou e vi a mãe da Alice revirar os olhos —.

— Por favor né Cilene — ouvi ela dizer — Só porque sua filha é uma cobra desde criança.

— Olha como você fala da Aline — a tia da Alice falou aumentando a voz —.

— Não posso colocar a culpa só nela, não é mesmo — a mãe da Alice falou e se levantou da cadeira, Emanuel tentou pegar o braço da mesma mas ela desviou — Você sempre quis tudo que eu tive, comecei a namorar e você também, mas você queria tudo o que era meu, mas como não conseguiu pegou o irmão.

— Valeria, já deu — Emanuel falou se levantando —.

Alice estava abraçada ao avô, eu estava completamente perdido.

— Além de tudo se casou pra entrar na mesma família que eu, quando eu — falou se aproximando dela e cutucou seu próprio peito — descobri minha gravidez ficou doida pra ficar grávida e só conseguiu quando a Alice veio, e é por isso que sua filha se chama Aline.

— JÁ DEU — Alice gritou vendo o estado do avô — para as duas.

— Olha como você fala comigo garota — Érica falou apontando pra ela —.

— Fica quieta mulher, não sei o que meu tio viu em você — falou na maior cara de pau, queria rir muito da cara dela de debochada —.

— Não fala assim com a minha mãe — a menina que vimos na entrada falou e cruzou os braços —.

— Vai tomar no cú garota — Alice falou e mostrou o dedo do meio —.

Alice veio na minha direção com seu avô e ela sorriu tentando me confortar, mas como isso vai acontecer nessa situação.

— Esse é Matheus vovô — Alice falou pro seu avô e sorriu pra mim — pode ficar calmo, meu avô e meu pai são completamente diferentes.

— E se somos — o avô dela falou e riu, estendeu sua mão e peguei — Edson.

— Matheus — falei e sorri — é sempre assim?

— As brigas? — ele perguntou e concordei com a cabeça — Sim, Valeria ficava quieta mas dei uns concelhos, tudo bem descer do salto.

— Minha mãe sempre foi perseguida por esse ser — Alice falou e apoiou sua cabeça no seu avô —.

Sentei do lado da Alice na mesa e a prima dela não parava de olhar pra mim.

Coloquei comida pra mim e eles começaram a conversar.

— E você Matheus, do que trabalha? — ouvi Edson falar —.

Olhei pra todos e o pai da Alice me olhava com olhar de debochado.

— Trabalho em uma empresa e também sou motoboy — falei e dei de ombros —.

— Aposto que é favelado — ouvi a Cilene falar e sorri —.

A Alice a olhava com um olhar mortal e eu queria muito rir da cara dela.

— Se ser favelado pra você é morar na favela, então sim, sou favelado — falei e olhei pra Alice que me olhava toda orgulhosa e com um sorriso — e pode apostar que não tem essa baixaria que tem aqui não, e quando tem não é assim não — Só faltava a doida jogar a faca em mim — Sem ofensa Valeria e Edson.

— Magina Matheus — Valeria falou e sorriu — pelo menos a Alice arruma alguém e a sua filha que arruma ninguém e quando arruma é quem minha filha pegou.

▪▪▪

— Desculpa pelas brigas lá — Alice falou assim que desceu da moto —.

— Não liga — falei pegando o capacete — Vamo pra uma balada hoje?

— Hoje vamos variar é? — Ela perguntou e riu —.

— Vamos gata — falei e a puxei pela cintura — Você conseguiu em — neguei a cabeça e ri, ela ficou com a cara toda perdida — irritar seu pai.

— Desculpa te usar — Alice falou e deu de ombros —.

— Verdade, eu posso fazer o que eu quiser — falei me lembrando do que ela tinha dito — depois da balada vamos pra um motel, cada pessoa tanto homem quanto mulher que te olhar, um tapão.

— Minha bunda branca vai ficar vermelhinha — falou alisando sua própria bunda —.

— Sua bunda não é branca vai, tem sua corzinha — Falei rindo e ela me mostrou seu dedo do meio —.

— Vai entrar? — ouvi a mãe dela falar atrás de mim —.

Eu estava segurado o riso, já a Alice tava vermelha que nem um pimentão.

— Não, tenho que ir pra casa, nos vemos outra hora — falei montando na moto —.

Dei um tchau pra elas e sai com tudo.

Pelo retrovisor dava pra ver a mãe dela rindo.

REALIDADE VIVE Where stories live. Discover now