14 💣

3.1K 237 58
                                    

MATHEUS 🔥

— E como foi o festival? — minha mãe perguntou quando voltei pra sala —.

Ela tava com um sorriso no rosto, já peguei tudo.

— Foi até que legal — falei me deitando no tapete —.

— E as marcas? — perguntou sorrindo — Não vem Matheus, seu pescoço tá todo marcado, suas costas nem se fala.

— Eu não vou falar com a senhora sobre isso — falei negando com a cabeça — Esquece dona Sueli.

— Matheus — ela me chamou e olhei pra ela — Só encapa esse seu pau, não quero ser avó agora, mas se vier vou amar incondicionalmente.

— Mãe para com essas coisas — falei negando com a cabeça e dei risada — eu e Alice estamos nos aproximando, mais não quer dizer que estamos com algo sério, só foi uma transa e tchau.

— Eu te conheço garoto — falou rindo e se levantou — Não te dou três meses pra perceber que tá gostando e vai ficar negando.

Ri da minha mãe e fiquei na sala assistindo tv.

Domingo de noite, cansado.

Nossa tarde lá? Maravilhoso.

Alice me surpreendeu muito, não falo só na parte do sexo, falo em relação a tudo.

— Bora Matheus — Marcela falou dando um tapa na minha perna —.

— Caralho Marcela — falei massageando aonde ela tinha batido — Bora pra onde?

— Tá tendo resenha na praça, vai não? — perguntou colocando dinheiro atrás da capinha —.

— Tu não cansa Marcela? — perguntei trocando de canal e olhei pra cara dela, e a mesma negou com sorriso no rosto — Vou não, pode ir.

— Beleza então — falou abrindo a porta e virou pra mim — na praia Matheus? — perguntou rindo e saiu antes que eu falasse alguma coisa —.

▪▪▪

— Matheus as quatro entregas tem que ser entregues no máximo duas horas — falou Cláudio, meu chefe — terminando volta que tem mais.

— Beleza — falei e coloquei meu capacete —.

A primeira entrega foi de boa, perto, a segunda um pouco longe mais de boa também, o foda é o trânsito, a terceira é em uma empresa.

— Nome por favor — a recepcionista pediu —.

— Matheus, sou o entregador — falei colocando a encomenda em cima do balcão — preciso da assinatura do seu chefe.

— Vou avisar, último andar, pegue seu crachá e me entregue quando for embora — falou me entregando o crachá e já pegando o telefone —.

Entrei no elevador e apertei o botão, fique olhando pro lado e pro outro, e na moral, tudo chique.

Desci do elevador e andei até outro balcão.

— Ele te espera, aquele porta, pode entrar direto — falou quando cheguei e voltou a mecher no computador —.

Andei até a porta e entrei como tinha falado.

— Só um minuto — falou e olhei pra pessoa —.

Quando olhei não acreditei, pai da Alice, me senti incomodado, quem não se sentiria?

Tirei minha mochila das costas e peguei os papéis e uma caneta.

Me aproximei da mesa e fiquei segurando tudo junto com a encomenda.

O pai dela desligou, e me encarou.

— Você? — perguntou meio que surpreso e meio com nojo — Não acredito que minha filha está andando com entregador.

— Bom dia senhor Emanuel — falei e dei um sorriso, eu aguento de tudo, o que não posso perder não é a paciência e sim o emprego — pode conferir a encomenda e assinar esses papéis por favor.

Falei entregando tudo a ele e fiquei encarando a janela pra não olhar pra ele.

— Está aqui — falou me entregando a caneta e os papéis —.

Coloquei tudo na mochila e coloquei nas costas.

— Tenha um bom dia — falei sorrindo e me virei —.

Caminhei até a porta e quando ia abrir a mesma ouço a cadeira de arrastando.

— Tenho uma proposta pra você — falou e me virei —.

— Pode falar — falei me escorando na posta —.

— Eu te dou uma quantia de dinheiro e você se afasta da minha filha — falou e ri com o que eu escutei —.

— É sério isso? — perguntei ainda rindo e negando com a cabeça —.

— Muito sério — falou e cruzou os braços —.

— Tenha um bom dia — falei falei e me virei abrindo a porta —.

▪▪▪

— Tá de sacanagem Matheus? — meu amigo Rian falou rindo depois de eu contar tudo — esse cara vai ser um problema.

— Eu nem tô ligando tanto — falei e dei uma garfada na comida — Alice quer que eu vá na praia com ela quando eu sair da faculdade.

— Hoje só vai ter socadão no útero — falou rindo e neguei com a cabeça — pelas fotos que Marcela me mostrou parece ser gostosa.

— E como vai tua irmã? — perguntei levantado a sobrancelha —.

— Vamo para — falou e negou com a cabeça — Marcela me contou tudo, até da praia.

— Tu e Marcela pode dar a mão e ir fofocar da vida dos outros — falei negando e o mesmo riu —.

— Tu não sabe — falou rindo mais ainda e negou com a cabeça — Sabe a minha vizinha crentona, que fala mal de todo mundo que não vai na igreja? — perguntou e concordei — a filha tá prenha, Marcela foi lá em casa fala com minha mãe e escutamos tudo, a mulher começou a exorcizar a menina, falando que tava com demônio.

— E o que aconteceu? — perguntei interessado —.

— Foi pro hospital, e voltou falando que não pode falar mal de ninguém, que todos têm que fazer o que amar, e a filha dela ama dar — falou e riu e riu mais ainda quando viu que rimou —.

REALIDADE VIVE Onde as histórias ganham vida. Descobre agora