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ALICE 🌹

— Alice, por favor, chega no horário combinado — minha mãe falou vindo da cozinha — esse é um evento muito importante para seu pai.

— Mãe — falei e sorri — Não esquenta ok? Estarei aqui, agora beijos.

Dei um beijo em minha mãe e sai de casa indo direto para meu carro, mandei uma mensagem para as meninas avisando que já estava indo.

Coloquei a chave, liguei o carro, dei partida.

O trânsito estava um inferno, já estava 7 minutos atrasadas do nosso encontro, elas mesmas já aviam feito o meu pedido.

Demorei mais uns 20 minutos e cheguei no nosso restaurante, elas sorriram quando entrei e chamaram o garçom.

— Vimos que você estava demorando então pedimos pra segurarem um pouco — Livia disse assim que cheguei na mesa —.

— Vai ter que ir mais cedo mesmo? — Sara perguntou fazendo manha e concordei com a cabeça —.

— Vocês quererem ir? — perguntei depois de dar um gole em minha bebida —.

— Eu passo, meu pai estará lá e não vou aguentar — Sara disse e sorriu sarcástica —.

— Eu posso ir, mais só depois de uma hora — Livia disse e concordei com a cabeça —.

Nossa comida chegou e começamos a comer conversando, falando das novas coleções, e outras coisas que nos agrada, ouvimos uns barulhos mais continuamos.

— Que movimentação estranha — Sara disse assim que pisamos o pé pra fora do restaurante —.

Olhei para os lados e vi várias pessoas correndo, me assustei e olhei pra cara das meninas que demonstrava pânico.

— Que merda tá acontecendo? — Livia perguntou olhando com desespero —.

— Vamos voltar pro restaurante — falei e virei —.

Entramos no restaurante e fomos pra perto das outras pessoas que estavam em um canto.

Peguei meu celular e tentei mandar uma mensagem pro meu pai, mas nem se quer foi entregue.

— Vamos ir embora, é o melhor — Sara disse já se desencostando da parede —.

Quando saímos do restaurante percebemos que estava muito calmo, olhei pra uma senhora que estava olhando tudo ao seu redor e paralisada.

— Licença, mas o que aconteceu? — perguntei pra mesma e ela apontou —.

Segui meus olhos e vi um carro, com vários tiros, dois corpos jogados no chão, e um desses corpos um garoto agarrado no corpo de um homem.

— Que horror — Sara disse olhando aquilo com nojo — Vamos sair daqui.

Dei um beijo nelas e comecei a andar até onde meu carro estava, um pouco depois do carro perfurado por tiros.

Passei pela cena e pude ouvir os gritos do rapaz.

É tudo muito assustador.

Entrei no meu carro e com tudo o que estava acontecendo tentei sair dali antes que chegasse mais pessoas.

▪▪▪

— Aonde estava? — minha mãe perguntou assim que cheguei em casa, a mesma estava com um vestido comprido, azul escuro — Vai logo, estamos atrasados.

Nem dei motivo, subi pro meu quarto e entrei no banheiro. Tomei meu banho e sai procurando meu vestido, coloquei o mesmo e fui pra frente do espelho, sentando na cadeira que tinha ali.

— Sua mãe pediu pra eu vir te arrumar — uma moça que trabalha aqui disse —.

— Tudo bem — falei e sorri —.

Ela começou a fazer minha maquiagem, e quando terminou já fui colocar meu salto e meus acessórios.

Peguei meu celular que estava conectado no meu carregador e desci.

Na sala estava minha mãe sentada no sofá e meu pai andando de um lado pro outro.

— Vamos, já estamos atrasados — meu pai falou caminhando pra saída —.

Fomos para fora de casa e entramos no carro.

O caminho todo foi meu pai faltando o quanto estávamos atrasados, e minha mãe falando como foi seu dia.

— Boa noite senhorita Alice — o rapaz que abriu a porta disse —.

— Boa noite — falei e sorri —.

Fui pra calçada junto com a minha mãe esperar meu pai.

O mesmo chegou e minha mãe colocou seu braço ao redor do braço de meu pai.

Viramos e já sentia os flach na minha cara.

— Coloca pelo menos um sorriso na cara — minha mãe me falou disfarçadamente —.

— Desculpa mamãe — falei debochada, mas em um tom que ela não pudesse perceber —.

Chegamos até a frente e ficamos parado, enquanto meu pai era entrevistado, minha mãe sorria para as câmeras, e eu me só tentava prestar atenção na entrevista.

— Vamos — minha mãe disse em meu ouvido —.

Entramos no local e me senti aliviada por não ter nenhum fotógrafo ali.

— Tive que vir — Sara disse do meu lado e revirou os olhos —.

— A minha mãe tá insuportável, não sei o que aconteceu nela — falei pegando uma taça que estavam servindo —.

— Por favor né Alice — ela disse depois de uma longa golada de sua vodka — ela sempre foi assim, sorri para as câmeras, chama a sua atenção quando está prestando atenção na entrevista, eu já não aguento meus pai juntos, imagina sua mãe sendo a minha mãe? — riu debochada — que me defenda senhor.

— Ela ainda é minha mãe — falei chamando sua atenção —.

REALIDADE VIVE Where stories live. Discover now