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Elize POV:

Me levantei da cama e fiz minha higiene
matinal. Liam já havia saído, então tomei o café da manhã sozinha.
Segui para a Gilleard Company e quando entrei em minha sala vi alguém de cabelo loiro chanel de costas.
Revirei os olhos imeadiatamente.
— O que você está fazendo aqui Luiza? — Eu disse. Ela se virou na cadeira.
— Bom dia pra você também cunhadinha. — Ela disse.
Sem dar mais chances para ela encher meu saco, eu abri ainda mais a porta e estendi minha mão.
— Saia. Por favor. — Eu disse, com um sorriso forçado.
— Não quer nem saber o que vim fazer aqui? —
— Não. — eu disse de forma curta e grosseira.
E sincera, além disso. Qualquer coisa que viesse de Luiza era problema.
Ela cruzou os braços.
— Preciso da sua ajuda. — Ela disse.
Eu percebi que ela não sairia, então fechei a porta e bufei. Fui até a minha cadeira e ela se virou para mim.
— Seja lá o que for, a resposta também é não. —
Ela revirou os olhos.
— Você está tão irritada. São os hormônios? — Ela disse.
Eu bati na mesa já me esgotando de toda a paciência
— Luiza! Saia agora ou eu chamo o segurança! —
Ela pareceu fingir estar assustada.
— Calma! O estresse faz mal pro bebê. —
Eu coloquei os dedos na ponte do nariz, tentando encontrar a fonte de paciência no fundo da minha mente para não matar a pessoa a minha frente agora mesmo.
— VOCÊ faz mal para o bebê. Então se está preocupada, por favor, retire-se. —
— Eu disse, tentando soar o mais calma possível.
— Eu só quero conversar. Relaxa. —
Eu abri a boca para contestar mas sabia que não levaria a lugar nenhum.
Não vou dar a Luiza o poder de destruir meu dia logo pela manhã, então apenas abri um sorriso, mesmo que fosse o mais dissimulado possível.
— Ok. Luiza. O que você quer? — Eu disse pausadamente.
Ela se ajeitou na cadeira e mascou o chiclete algumas vezes.
— Quero um emprego aqui na Gilleard Company. — Ela disse.
Eu ri como se fosse uma verdadeira piada, não é possível que ela estava falando sério.
— Ok. Vai embora logo. — Eu disse entre risos.
— Elize. Isso é sério. Marcos não tem me aceitado tão bem, eu me ofereci para fazer parte da Imperius e ele parece ter achado uma idéia horrível. Mas agora que expus a verdade, eu quero fazer parte dessa família, eu me escondi por muito tempo mas eu sei que posso ser tão boa quanto o Liam. Eu prometo me comportar. — Ela disse.
Eu arqueei uma sobrancelha, sabia que quanto mais eu negasse mais ela insistiria.
— Se você sair daqui e me deixar em paz, eu penso no assunto. — Eu disse.
Ela deu um sorriso vitorioso e então se levantou, deixando a sala.
Eu sabia que ter ela aqui seria uma péssima idéia, mas talvez, se ela me provar que realmente não vai fazer nada idiota, eu dê uma chance a ela.

Ao sair da empresa, fui até o asilo e então voltei para o apartamento.
Liam ainda não havia chegado. Entrei no banheiro e me despi de toda a minha roupa. Entrei no box e liguei o chuveiro. Deixei a água quente cair sob o meu corpo levando embora pelo ralo todas as preocupações do meu dia.
Quando senti que minha cabeça havia se esvaziado de tudo, olhei para baixo e vi que agora meu abdomem não estava mais reto como antes. Havia um bebê crescendo bem ali.
Eu sorri e tentei imaginar como ele seria, se iria ter os olhos do Liam, se seria um menino ou uma menina.
A sensação era como de sentir saudade de alguém que nem conhecia ainda.
Apesar de ter sentido muito medo, toda a felicidade e apoio do Liam me contagiam e eu só consigo ficar ansiosa para ter nosso bebê em meus braços logo.

Ao sair, me sequeei com uma toalha branca e vesti roupas limpas.
Liguei o secador para secar o cabelo, e apesar do barulho pude ouvir Liam chegando.

Eu terminei de secar o cabelo e encontrei Liam na sala de estar.
— Como estão os amores da minha vida? — Ele disse quando pousou os olhos em mim.
— Bem. Apesar de Luiza ter ido me estressar hoje logo cedo. — Eu disse.
Ele me olhou com preocupação.
— O que foi dessa vez? — perguntou Liam.
— Ela disse que quer "trabalhar na Gilleard Company" — Falei, cruzando os braços e  me encostando na parede perto de mim.
Lian uniu as sobrancelhas e se levantou do sofá, vindo até mim.
— Essa é uma péssima idéia. — Ele disse.
— Eu sei. —
— Você não está considerando né? — Ele perguntou.
Eu desviei o olhar. Na verdade ela pareceu bem sincera, talvez ela realmente mude ou algo assim.
— Elize! — Ele chamou minha atenção, para que eu respondesse a pergunta.
— O que? Não, não estou. Mas e se ela realmen... —
— Não. é. uma. boa. idéia. — Ele me cortou. Dizendo pausadamente.
Eu o encarei, no fundo ele sabia que se eu decidisse algo nada do que ele disesse iria me impedir.
Mas eu ri vendo sua preocupação.
Ele acabou rindo também e então me abraçou, e me deu um beijo na testa.
Colocou a mão sobre a minha barriga e a acariciou levemente.
— Só toma cuidado, ok? Temos mais alguém com quem nos preocupar agora. — Ele disse.
Liam estava sendo tão carinhoso e atensioso que toda a preocupação e medo que eu sentia a 1 mês atrás se esvaíram completamente.
— Eu amo você. — Eu disse.
— Também te amo Liz. —
Ele selou nossos lábios delicadamente e então tirou seus braços de mim.

— Eu estava pensando. Esse apartamento significa muito para nós mas talvez devessemos começar a procurar por uma casa maior. — Ele disse.
Eu sabia que uma hora isso iria vir a tona. Meu coração apertou só de pensar em não morar mais aqui, por ser onde tudo começou. Porém a sensação de ir morar em um lugar novo também me deixava animada. Não precisávamos vender o apartamento, e poderíamos vir aqui sempre que quiséssemos.
— Eu sei... Podemos entrar em contato com algumas corretoras hoje. O que acha? —
— Eu acho incrível! Precisamos de um lugar com um quintal grande para as crianças, e poderíamos finalmente ter um cachorro!— Ele disse sorrindo.
Liam estava animado demais com toda a idéia de ser pai.
— As crianças? no plural? Vamos com calma Liam. — Eu disse rindo.
— É claro! Nós dois sabemos como é chato ser filho único. —
Na verdade ele parecia muito mais preparado do que eu para isso.
— Você tem razão... Mas... — Eu comecei
De repente me lembrei de todo o desespero que senti ao ver aquele positivo. E só de pensar em passar por aquilo de novo...

~ FLASHBACK ON ~

Olhei para o teste nas minhas mãos. Li e e re-li várias e várias vezes.
A sensação era de que não era real, talvez fosse um sonho e logo eu iria acordar.
Mas derepente cai na realidade. Era real!
Eu estava grávida.
Eu ignorei todos os sinais e tentei fugir disso, por que a realidade é que eu não estava pronta. Não era a hora certa.
Um bebê? agora? No momento de maior caos na família do Liam.
E se..  E se eu o perder também? E se depois de Luiza anunciar isso para todos, eu perder ele, assim como...
As lágrimas começaram a sair dos meus olhos então eu fui até a porta do banheiro e a tranquei.
Me sentei no chão encostada na parede e continuei olhando para aquilo tentando entender.
O que Liam iria pensar? E se ele tiver uma reação ruim. Ele está no seu maior momento de ascensão profissional, eu tenho certeza que um filho agora, não estava nos seus planos.
Muitas coisas se passavam pela minha cabeça enquanto eu desabava em lágrimas.
Eu precisava falar com alguém, eu precisava falar com Liam.
Mas e se o teste estiver errado? Apesar de ter comprado o mais seguro, essas coisas acontecem né?
Eu respirei fundo e me levantei.
Lavei meu rosto e quardei o teste na gaveta de onde havia retirado.
Sem pensar direito peguei minhas chaves e sai do apartamento.
Andei pela cidade até encontrar um laboratório.
Ao entrar a recepcionista me atendeu, pediu alguns dados e eu aguardei para fazer um exame de sangue.

Enquanto aguardava minha cabeça estava a milhão. E meus pensamentos só se quebraram quando ouvi meu nome.
— Elize Gilleard. — Eu fui para dentro fazer a coleta de sangue para o exame.

Ao sair me disseram que o resultado iria chegar em 2 horas por e-mail.

Então quando eu sai fui para o único lugar que poderia me acalmar agora, o orfanato.

~ FLASHBACK OFF ~

Mas ao me lembrar disso, também me lembrei de como só a partir daí conheci mais um lado do Liam. Um lado que eu estou amando conhecer e ansiosa para ver muito mais.

— Eu te amo tanto. — Eu disse derepente. Ele pareceu confuso.
— Eu também te amo. — ele respondeu rindo um pouco, por não entender.
— Eu estou muito feliz em ter um pedacinho seu dentro de mim. — Eu disse. E ele sorriu.

— Olha onde nós chegamos... não é mesmo? — Ele disse.
— Sim. Quem diria. Teremos nossa própria família. —
— Mesmo depois de tentarem nos separar... —
— Sim, e agora temos algo para nos unir ainda mais. Ou melhor alguém... — Falou Liam, pousando a mão carinhosamente sobre a minha barriga, que ainda nem havia dado muito sinal, apesar dos 3 meses.
— E falando nisso... Amanhã é um grande dia Elize Gilleard. Está preparada? — ele completou.
Eu sorri. Sabendo que alguém finalmente teria o que merecia, depois de tudo o que causou.
— Eu nunca estive mais preparada na vida. — Eu disse, convicta.

•••

Notas da autora:

Oláá ❤️ Desculpem pela confusão nos últimos capítulos, estava errado e já arrumei kkk.

Enfim, hoje a noite postarei o último capítulo e eu só queria agradecer por todos que acompanharam a história da Liz e do Liam até aqui ❤️

Obrigada por tudo 💕

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As Cinzas do AmorWhere stories live. Discover now