Capítulo 17

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As palavras sumiram naquele instante. Não era preciso permissões ou assentimentos. Só saciar a necessidade do contato, a ânsia dos corpos em se unirem, as vontades gritando em nós. Aos beijos, fomos para o quarto, os olhos fechados e sentimentos à flor da pele, como se os pés já soubessem o caminho. Aos pés da cama ele me despiu com reverência e jogou-me entre os lençóis, os olhos repletos de emoção ao me contemplar, mesclando-se ao sorriso cheio de malícia na face.

— Tão linda... Tão gostosa...

E como não posso dizer o mesmo enquanto ele tira a roupa? O peito definido, os pelos debaixo do umbigo a desenharem o quadril, as coxas grossas que se livram do tecido e a ponta do pênis que, duro, sai para fora da cueca, a ponta babando, como a salivar pelo prato principal. Como não me acender enquanto ele tira a peça final e pega meus pés entre as mãos, beija-os e lambe os dedos?

Desce pela minha panturrilha, aumentando os arrepios e me faz pular, em um novo querer, quando beija e lambe o esquecido pedaço de pele alva atrás dos meus joelhos. Mordisca as minhas coxas com delicadeza a fim de não magoá-las e esfrega o rosto, imberbe, em meu púbis, como se tentasse relembrar as sensações ali vivenciadas, dentro de mim.

Deixa a candura de lado quando me chupa e arfo, pronta a recepcionar-lhe a língua. Dessa vez, mostra que quer mais, erguendo as minhas coxas nos ombros e intercalando as chupadas entre minha vagina e meu rabo, proporcionando sensações díspares, que se mesclam, viciam e encantam. Despudorada, pego a sua nuca e forço contra mim, enquanto com a outra mão acaricio o mamilo que está sensível, arrepiado.

— Adoro quando começa a ficar assim, molhada, por minha causa...

— Quero sentir seu pau na minha boca, Lex... — peço e ele obedece, subindo na cama e colocando o corpo sobre o meu, o pênis e o saco a me roçar a face, as nádegas brancas que mordo sem trégua, o rabo rosa que já toquei com os dedos. O coloco inteiro na boca, perdendo o fôlego, sentindo-o pulsar. Chupo avidamente enquanto ele retribuiu, as velocidades aumentando ou diminuindo conforme a reação do outro, em um jogo malicioso. Ambos ficamos molhados nos lábios um do outro, arrancando gemidos, aumentando as vontades.

Enfio as bolas dele na minha boca, uma por vez. Sinto a pele se enrugando ao calor da minha boca e o passo a língua, fazendo-o arfar. Deixo que a língua corra pela extensão do membro e o abocanho mais uma vez, deixando que ele bombe entre meus lábios como faz na minha buceta.

— É isso que você quer? — me pune, exige, enquanto os dedos me tocam no clitóris, me incitando a mais. Respondo com um gemido, a boca ocupada com coisas melhores.

— Não aguento mais — a voz é quase um rosnado quando se levanta, de repente. Rasga o invólucro da camisinha que deixei no criado-mudo ao lado da cama e veste o preservativo com urgência. Pega o gel e literalmente quase o despeja em mim, viscoso e gelado sobre a entrada quente.

Ele não hesita e entra de uma vez. Me fode, com fome, urgência e vontade. Deita por cima de mim e bomba, o quadril se projetando sobre mim, o pau desejando cada vez mais... A velocidade aumenta e não sinto desconforto, apenas prazer.

Lex quer que eu o sinta entrar em mim, nos mais variados ritmos, já que quase tira o membro quase inteiro e arremete novamente, em investidas longas e profundas. Meu corpo, preso sob o dele, mal se mexe, contorcendo-se de prazer. Grudo nas costas dele e as arranho, lhe mordo o ombro a fim de conter a vontade de gritar.

— Vai, geme. Bem alto para que todos possam ouvir o que é ter prazer. Goza para mim, Vanessa.

Me diz, como não obedecer diante de tal ardente proposta?

O GarotoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora