Survive | The Walking dead. [Pausada]

47º

- Anda logo Carl! - Grito batendo na porta. - Morreu aí dentro? - Volto a gritar.

Desisto percebendo que ele não iria responder, me deito na cama em seguida me cubro com o edredom.

Sinto um lado da cama se mover, viro a cabeça vendo que Negan estava ali.

Me levanto assustada, olho ao redor tinha varios dos seus capangas um deles estava cum uma faca na garganta de Carl.

- O que você está fazendo aqui? - Digo tentando fazer minha voz não falhar.

- Vingança. — Dá o seu famoso sorriso.

Ele se aproxima lentamente de mim, coloca um de seus braços sobre meu ombro me guiando até a janela. Negan puxa a cortina mostrando uma cena aterrorizante, todos estavam mortos, não sobrou um, só me tratei de chorar em silêncio.

- Onde está Jud, Rick, Michonne, Maggie, Daryl?
- Pergunto em meio de soluços.

- Mortos. - Diz simples.

Acabo de perceber que em sua mão direita ele segurava uma faca.

- Você é um monstro. - Grito tentando controlar as lágrimas que caiam descontroladamente.

- É, talvez eu seja. - E lá estava novamente seu sorriso.

Ele dá passos até mim me empresando contra a parede.

- Fiquei sabendo que tem um bebê aqui dentro.
- Passa a faca levemente pela minha barriga.

- Não, por favor. - Imploro.

Olho para Carl desesperada esperando que ele tivesse algum plano, mas ele apenas abaixa a cabeça deixando escorrer lágrimas.

- Vocês não tiveram piedade quando mataram todo meu pessoal nos postos. - Diz com um tom de raiva.
- Era só vocês colaborarem, que nada iria acontecer.
Mas VOCÊS me obrigaram a tomar essa decisão.
- Suspira.

- Você vai morrer Negan. - Digo.

- Acho que eu não. - Ele ri.

Por uma fração de segundo Carl já estava morto no chão, com uma poça de sangue a sua volta.

Eu não sabia o que dizer, só fiquei encarando aquela situação sem reação alguma.

- Carl. - Sussurro.

- Ele era bonito, um bom garoto. - Ri. - Eu gostava dele, mas Anne agora você vê o que me obrigou a fazer? - Me encara.

Em movimentos rápidos minha barriga estava cortada, só via saindo sangue dela.

Caio no chão tentando estancar o sangue com minhas próprias mãos, mas era inútil.

- Anne. - Carl grita me fazendo acordar ofegante.

Olho imediatamente para minha barriga passando a mão por ela, em seguida me levanto caminhando até a janela vendo que estava tudo normal.

- Que merda! - Passo minha mão pelo meu rosto.

- Pesadelos? - Eu concordo voltando para a cama.
- Com a sua mãe? - Eu nego.

- Amor, vamos dormir. - Falo indicando que não queria falar sobre, Carl concorda me puxando para deitar em seu peito.

- Boa noite. - Ele deposita um beijo em minha testa.
[...]

Acordo com Carl se mexendo em baixo de mim.
Bocejo antes de me levantar calmamente para não o acordar.
Coloco uma calça preta junto com uma blusa cinza e em meu coldre minha pistola e a adaga.
Escovo meus dentes, saio do banheiro olho e Carl ainda dormia calmamente.
Saio do quarto o deixando ali, seria injusto eu o acordar, ele está muito cansado, não tem dormido direito.

Comprimento algumas pessoas que via pelo caminho até ver Enid no pé de uma árvore.

- Eu queria falar com você. - Enid se pronúncia.

- Pode falar. - Digo sem muito interesse.

- Eu não quero que você fique de conversa com meu namorado. - Ela sorri convencida.

- Tá. - Dou de ombros. - E quem é seu namorado?

- Noah. - Seu sorriso aumenta. - Se eu ver você conversando com ele...

- Você vai o que Enid? - Aumento meu tom de voz fazendo a mesma parar se falar. - Você acha que é quem para mandar em mim? E além do mais, dizer com quem eu posso e não posso falar. - Solto uma risada irônica. - Poupe seu tempo, se eu quiser parar de falar com ele vai ser por minha própria vontade, e não porque você me pediu.

- Você é nojenta. - Me olha dos pés a cabeça. - Se aproveita de tudo e todos, só pensa no próprio nariz.

- Sabia que eu até estava começando a gostar de você Enid? Eu realmente estava, até pensei na possibilidade de viramos amigas. - Confesso.
- Mas você é uma pessoa terrível, faz qualquer coisa para diminuir alguém, ou tirá-la do seu caminho, eu sei que você ainda ama Carl, e adivinha só? Não é você quem ele ama. Você tem que acordar para vida, isso não é um conto de fadas, e o mundo não gira entorno do seu umbigo Enid, se você continuar assim, vai ficar sozinha. - Suspiro.

Sinto um lado de meu rosto arder com um estalo em seguida, já podia sentir o formigamento da região.
Passo a mão pelo local logo levanto a cabeça para encarar Enid.

- Sua vaca. - Enid diz.

- Você não deveria ter feito isso. - A encaro com os olhos queimando.

Retiro minha adaga do coldre colocando próximo do seu pescoço.

- Em nenhum momento eu encostei um dedo em você, e nem te dirigi com essas palavras. A partir do momento em que você as fez, você me deu total direito. - Suspiro. - Eu poderia te matar aqui, agora, mas não vou, sabe porque? Porque não quero sujar minhas mãos com você. - Digo com desprezo diminuído a pressão da adaga. - Agora quem vai te ameaçar vai ser eu. - Digo. - Se eu ficar sabendo que você feriu alguém que eu ame, você vai se ver comigo Enid, e eu não estou brincando. - Dou as costas saindo de perto da mesma.

Sento em um local onde tinha sombra, suspiro tombando minha cabeça para trás.

- Anne. - Rick aparece a minha frente.

- O que foi? - Digo já sabendo do que se tratava.

- O que foi aquilo? - Ele diz.

- Porque você não vai falar com ela Rick? - O olho incrédula. - Não devo satisfações dos meus atos, mas se você quer saber ela quem começou. - Digo simples fechando os olhos novamente.

- É este o exemplo que você quer dar a o seu filho?

- Não o coloque no meio disso, ele não ter nada haver. - Digo ríspida. - Por favor, não me venha com seus sermões, acho que não preciso mais deles, tenho total consciência dos meus atos. - Suspiro.

Escuto o mesmo soltar um alto suspiro antes de se retirar do local.
Fecho os olhos sentindo o vento bater contra meu rosto, tento aproveitar ao máximo esses segundos de paz que eu tinha.
[...]

MORE

olha quem resolveu aparecer, siim eu mesma kkkkk
desculpem a inatividade amores.