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- Bom dia. - Digo sorridente as pessoas que via pelo meu percurso até chegar ao portão de Hilltop.

Olho para um mulher que estava em frente ao portão, a mesma parece estar distante, por isso nem nota minha presença.

- Olá. - Digo a cutucando, a mesma volta seu olhar para mim. - Olha, vai relaxar, imagino que deve estar muito cansada. Vai tomar um banho. - Digo com um sorriso no rosto.

- Mas... - Começa, eu a interrompo antes que possa continuar.

- Estou falando sério, pode relaxar - Digo tirando a arma das mãos da mesma, assim ela se rende, já que a mulher não tinha muitas escolhas a se tomar.

Coloco a arma em posição, ficando de de costas para o portão.
[...]

Aqui estava muito calmo hoje, calmo até de mais. Minha intuição diz que algo está para acontecer, não sei se é bom ou ruim. Da última vez que senti algo assim, o povo de Alexandria foi cercado pelos Salvadores e com isso  ocasionou a morte de Glenn e Abraham. Eu definitivamente espero que seja algo bom, ou melhor, espero que eu não esteja sentindo nada, que seja tudo coisa da minha cabeça.

Tediosas horas depois, vejo algumas pessoas se aproximando.

- Olá. - Um deles falou.

- Oi. - Digo simples.

- Vamos sair. - Diz a mulher que o acompanhava.

- Aé? Fazer o que lá fora? - Os olho.
- Desculpa, mas eu não posso simplesmente deixar pessoas saírem assim. - Dou de ombros.

- Não temos que te dar satisfação de nada! - Diz o homem já alterado, fico sem intender o motivo.

- Mantenha a calma. - Reviro os olhos lentamente logo solto com um suspiro pesado.

- Nos deixe sair, agora. - Diz ele vindo para cima.

Aponto a arma para o mesmo.

- A última vez que eu pergunto, onde vocês vão? - O encaro querendo o desafiar, eu não iria atirar nele.

- Você é a menina grávida? - Ele sorri debochado.

- Sim! Eu mesma. - Ironizo. - Quer deixar algum recado para o bebê?
- Debocho.

- Anne, abaixa a arma! - Grita Rick surgindo do além. Percebo se formar um sorriso convencido no rosto do homem desconhecido.
Eu faço o que ele manda, não quero mais confusão, nem estresse, fara mal a mim e a meu bebê.

- Relaxa Rick, não iria atirar, a arma estava travada. - Reviro os olhos.
- Quer saber? - O encaro. - Cansei. - Jogo a arma contra seu peito e saio andando. Não devo satisfações a ninguém.

Só porque estava de bom humor hoje, sempre tem que tem algum infeliz para me fazer ficar irritada.

Vejo Daryl a alguns passos de mim, saio correndo até o mesmo.

- Oi. - Digo quase me jogando em cima dele.

- Oi. - Diz sem me olhar. Daryl sendo Daryl, já me acostumei.

- Você vai sair? - O encaro, ele balança a cabeça respondendo minha pergunta.
- Posso ir? - Dou um sorriso. - Juro que já estou bem, não aguento mais ficar aqui. As pessoas são... - Procuro as palavras certas. - Incompreensíveis.
- Digo simples.

- Fico aliviado em saber que não sou só eu que estou aos nervos hoje. - Suspira pesado. - Quero esfriar minha cabeça. - Coloca sua besta nas costas. - E sim, você pode vir. - Concorda.

Fomos andando lado a lado até o portão, o homem que estava no portão o mesmo abre sem protestar, o que nos dá total alívio.

Saímos de Hilltop, fomos caminhando em total silêncio. Daryl não puxava assunto, também resolvi não fazer.
Não era um silêncio constrangedor, era bom. Um pouco de... Paz. Mas aquilo também já estava me agonizando, eu openas o seguia sem saber para onde este caminho iria me levar.
Sei que Daryl nunca faria nada que pudesse me machucar, mas é apenas uma coisa natural que todo, ou quase todo humano têm.

Limpo minha garganta em uma tentativa falha de chamar atenção de Daryl, que continua andar sem me olhar.

- Se quiser falar alguma coisa, só fala. Ouço com o ouvido, não com os olhos.
- Diz Daryl simples.

- Só queria saber para onde estamos indo. - Dou de ombros.

- Caçar, vou te ensinar a rastrear melhor. Assim você poderá ensinar ao seu filho. - Suspira.

- E porque o avô dele não faz isso?
- Encaro Daryl, o mesmo parece não tão confortável com que eu disse.
- Digo... - Tento concertar o que eu disse.

- É uma ótima ideia. - Daryl diz com um mínimo sorriso, parecia que ele estava sendo sincero. Definitivamente ele estava. - Mas não estou fazendo isso apenas para a criança, e sim para seu próprio benéficio. - Da de ombros.

- Ok... - Concordo.
[...]

Conseguimos pegar um grande servo e também pequenos esquilos Daryl deixou eu usar sua besta, e nossa, ela é sem dúvidas melhor que meu arco artesanal.

Daryl trazia o servo nas costas e eu trazia os cinco esquilos presos em uma corda.

- Vamos parar um pouco. - Daryl pede jogando o servo no chão respirando pesado.

- Quer que eu leve o servo um pouco?
- O encaro.

- Não, você não pode fazer esforços. Lembra? - Ele suspira passando uma de suas mãos pelo seu rosto suado.

- Eu acho mais fácil você morrer de cansaço do que eu perder meu bebê.
- Dou de ombros.

- Nunca mais repita isso em toda sua vida. - Ele solta um leve sorriso.
Daryl tinha esse jeito frio mas sei que ele se importa comigo e quer apenas me manter segura, ele não faz noção o quanto fico feliz quando temos momentos descontraídos como este.

- É melhor irmos, ou vai ficar ainda mais calor. - Me abano com minhas próprias mãos. - Se não aguentar mais levar este quadrúpede em suas costas pode me avisar. - Digo simples o mesmo concorda, mas eu sei que ele não iria avisar pelo simples fato de ser o Daryl.

Afasto meus pensamentos apressado os passos antes que eu fique para trás. Nem parece que a segundos atrás Daryl estava morrendo.

- Você se recupera rápido. - Digo ofegante, Daryl apenas balança a cabeça.

Poucas horas depois de muita caminhada já estávamos de volta a Hilltop. Daryl some com o grande animal em suas costas e leva junto os esquilos.

Vejo Carl vir caminhando até mim.

- Onde você se meteu? - Diz ele me abraçando.

- Oi para você também. - Sorriu. - E eu sai em uma caçada com Daryl. - Digo simples, Carl apenas concorda.

- Você nem me avisou que iria sair.
- Bufa.

- Porque eu não preciso. - Digo como se já não fosse óbvio.

- Ok. - Ele murmura revirando os olhos.
- Ah, eu fui te procurar em seu quarto, acabei vendo algumas coisas de bebê lá. Onde arrumou tudo aquilo. - Arqueia a sobrancelha.

- Quer a verdade? - O encaro, Carl balança a cabeça. - Ok. - Digo simples
- Eu saí de madrugada, e achei o que viu em meu quarto. - Não entro muito em detalhes.

- Foi só isso? - Arqueia a sobrancelha.

- Basicamente. Porque? Está querendo afirmar algo? - Cruzo os braços.

- Eu? Não, claro que não! É que a cada saída que você dá sozinha coisas acontecem, incrível. - Diz em tom de brincadeira.

- Sai com Daryl e não aconteceu nada.

- Por isso mesmo, você não estaca sozinha. - Sorri.

- É verdade. - Riu.

Eu e Carl conversamos por mais alguns minutos, quando eu decido entrar para meu quarto.
Todo um banho nem tão demorado, fico o resto do dia apenas de bobeira.
Irei amanhã na enfermaria fazer o pré natal.

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AAAAAA 14K socorrooo

Eu juro para vocês que este é o único livro que vou conseguir concluir, bom, eu acho KKKKK

Nesses últimos capítulos estava tocando mais na gravidez da Anne. Mas fiquem tranquilos, daqui a pouco vêm muito SANGUE KKKKKK.








Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora