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Prólogo

- Mãe, tenho que ir mesmo para a escola hoje? - A olho com os olhos suplicando para que dissesse não.

- Sim mocinha, você ira para escola sim! - Coloca o leite para mim em um copo, eu no mesmo instante me sento na cadeira.

Bebo meu leite rapidamente e vou para o banheiro escovar os dentes.
Quando termino confiro se meu longo e sem graça cabelo castanho estava arrumando em um alto rabo de cavalo, meus olhos esverdeados estavam com o mesmo brilho de sempre, quando me sinto totalmente confiante saio do banheiro.

Vejo minha mãe pegando sua arma e arrumando sua farda.

- Vamos Anne? - Diz minha mãe pegando minha mochila de cima do sofá me entregando.

Eu concordo e vou em direção a viatura que estava parada em frente a nossa casa.
[...]

Mais tarde

Estava no final do dia, e para meu dia ficar melhor estava tendo aula de matemática. Eu sou péssima.

- Anne... Estou falando com você. - Diz o professor fazendo os alunos soltarem algumas gargalhadas.

-M-me desculpe... - Me encolho levemente na cadeira.

Eu não era muito de ter amigos, na verdade não tinha nenhum, era uma pessoa mais resevada, não gostava de me expor, a pessoa que mais me conhecia era minha mãe, minha única
amiga.

Acho que ninguém gostava de mim, mas não sei bem o motivo, nunca pratiquei bullying, não sou preconceituosa, gosto de ajudar as pessoas, sou só um pouco mais quieta.

- Você está dispensada, pode ir para casa... - O professor suspira

-Mas...

- Anne, esta tudo bem, pode ir. - Diz por fim.

Eu rapidamente jogo meus livros dentro da bolsa saindo da sala.

Mamãe deveria estar no trabalho, e como sai 30 minutos antes vou andando para casa. Hoje estava realmente muito calor.

Chego em casa, pego a minha chave reserva e abro a porta.
Como eu esperava mamãe não estava em casa.

Papai deixou mamãe quando ela estava gravida de mim, mas de uma vez ao mês eu vejo ele, pergunto para mamãe se tem alguma chance de eles voltarem, mas ela SEMPRE muda de assunto.

Subo ao meu quarto, coloco minha mochila em cima da cama e desco para a cozinha. Estou morta de fome.

Pego um pacote de salgadinho no armário, me sento jogo no sofá e ligo a televisão para assistir algum desenho.

Mas algo me surpreende, quando eu ligo a televisão em qualquer canal que eu coloco em qualquer canal da televisão, aparecia a mesma coisa.

"Pessoas doentes devoram outras em centro de Atlanta"
Fiquem dentro de suas casa, fechem janelas, portas. Não abram a oporta para ninguém. Que a paz esteja convosco.  

E uma cena de uma pessoa devorando outra, poderia pensar que era mentira, mas aquela coisa olhou para a câmera e de alguma forma eu sabia que aquilo não era comum.

Me levanto em um pulo do sofá e começo a discar o número da delegacia com as mãos trêmulas.

- Alô mãe?- Digo com a voz embargada.

- Anne, feche todas as janelas, ja estou indo para a casa, mamãe te ama.
- Desliga o telefone.

Eu corro até as janelas da frente e as fecho, fecho junto também as cortinas.
Fico andando de um lado para o outro impaciente esperando minha mãe chegar.

Finalmente ela abre a porta e a fecha em seguida me abraça.

- O que esta acontecendo mãe?- A olho.

- Eu te explico depois. - Ela sobe as escadas e vou atrás dela.

Ela retira algumas mochilas do guarda roupa.

- Vai para seu quarto e pegue algumas roupas, e o que mais precisar. - Me entrega uma mochila.

- O que? Para onde vamos?. - A olho pegando a mochila.

- Anne, ande logo! - manda.

Vou até me quarto e começo a pegar algumas roupas.
Olho ao redor me certifico de que peguei tudo.

Desco as escadas e mamãe estava carregando sua arma.

- Podemos ir? - Minha mãe me olha e eu concordo.

- Vamos então... - Eu iria sair da casa mas veio algo de imediato a minha cabeça.

- Espera!!. - Subo ao meu quarto, vou até a cômoda e pego um colar que mamãe havia me dado a muito tempo atrás e o coloco no bolso de trás da minha calça.

Desco as escadas rapidamente, minha mãe ja estava na porta, antes de sair da mesma dou um ultimo olhada para guardar todos os mínimos detalhes.
[...]

No carro

Ja estava de noite e estava chovendo muito forte.

- Mãe, e o papai ? Temos que ir procura-lo...

- Não. - Diz seca.

-Mas...

- Se seu pai não tivesse nos abandonado ele estaria conosco agora... - Me interrompe.

- Eles podem estar em perigo. - Olho janela fora.

- Eu conheço seu pai, ele está bem, eu só quero te manter a salvo.-  Eu nada digo apenas me aconchego no banco do carro e fecho os olhos com a esperança de dormir.

[...]

Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora