34°

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- Hilltop!?.- eu e Carl dizemos juntos.

- Sim, porque?.- nos olha sem intender.

- Somos de lá.- Carl se pronuncia.
- Bem, na verdade somos de Alexandria, mas...- dou um beliscão em Carl antes que ele possa dar informações de mais. - Aiai.- reclama.

- Nossa família é de lá...- sou simples e objetiva.

- E o que estão fazendo aqui?.- nos olha.

- É uma longa história...

- Espera. Vocês são Carl e Anne!?

- Sim!.- dizemos juntos novamente.

- Vocês não estão mortos?.- nos olha confuso.

- Aham, estamos. Aqui é a alma deles dizendo um oi.- Carl revira os olhos.
Ignoro o comentário desnecessário de Carl.

- Como assim? "Estamos mortos".- desta vez eu o olho sem intender.

- Um tal de Rick falou que estavam mortos, teve uma tal de guerra feita por um tal de Negan, é um negócio complicado.- da de ombros.

- Merda. Você têm que voltar lá e avisar eles que estamos bem.- me levanto

- Sim, com certeza eu tenho....
Caminho até o mesmo com meu facão em mãos, corto a corda que amarrava seus pulsos.
Victor passa suas mãos pelo pulso, acho que para aliviar a pressão que a corda fazia.

- Posso passar está noite aqui?.- nos olha, eu concordo com a cabeça.

- Mas amanhã cedo irá embora.- digo.

- Ok...

- Pode dormir no quarto lá em cima.- ele concorda já subindo.

Um tempo depois estava um silêncio na casa, não sei porque mas não consigo dormir.
Bem talvez seja porque está ainda muito cedo.
[...]

P.O.V on Daryl

Não sábia que seria tão difícil superar a morte de Anne. Até lá, tento sempre manter minha cabeça ocupada. Faço isso caçando. Não é a mesma coisa, pois não estou 100% focado.

Me pego chorando as vezes, nas noites solitárias. A única lembrança que tenho de Anne é sua fronha de travesseiro, sim uma fronha de travesseiro...

Eu a considerava muito, como uma filha.
Talvez se eu a impedisse de ir atrás do panaca do Noah, ela estivesse viva, aqui, comigo...

Chego em Hilltop com um cervo em minhas costas. O entrego a um dos trabalhadores logo saio andando para os fundos, longe de todos.

Me sento no chão tombando a cabeça para trás.

- Daryl?.- alguém me chama.
Olho ao redor e vejo Noah a poucos metros de mim.

- O que?.- digo indiferente.
Não conseguia ver direito sua cara, mas sábia que ele estava chorando devido a sua voz.
- Soube de Anne não é?.- o olho.

- Sim.- suspira. - Eu sinto muito.

- É, eu também.- volto a olhar para o céu.

- Você acha que a morte de Anne foi minha culpa?.- me olha.

Em partes você foi culpado sim.

- Não, claro que não. Ninguém teve culpa. Só... Aconteceu.- suspiro fechando os olhos para conter às lágrimas.
Minutos depois havia adormecido com Anne e Carl em meus pensamentos.
[...]

P.O.V on Anne

Eu estava agoniada em saber que minha família acha que eu estou morta.
Me remexo na poltrona mas não encontro uma posição confortável, não na agonia que estou.

Escuto algumas vozes do andar de cima, por algum impulso pego minha pistola e subo até lá tentando fazer o mínimo barulho possível.
Encosto meu ouvido na porta para escutar o que e com quem Noah conversava.

- Bom, eu não tenho tanta certeza se são eles. Sabe, o mundo é cheio de coincidências.
- Sim Negan, ok... Vou voltar o quanto antes.- logo ele desliga o rádio.

Merda, Merda, Merda!!
Não acredito que Victor fez isso.
Só porque estava começando a gostar dele...

Se ele sabe de tudo isso... Provavelmente ele está "infiltrado" em Hilltop.

Bom, eu tenho três opções.
Eu posso fugir daqui, matar Victor ou fingir que não sei de nada é esperar a droga acontecer.
Acho melhor eu consultar 1° a Carl...

Desço as escadas, me ajoelho próximo ao sofá cutucando Carl.
Quando ele abre os olhos faço sinal para que ele ficasse quieto.

sussurro em seu ouvido

- Victor é uma emboscada.- Carl me olha sem intender.

- Vamos o matar então.- diz indiferente.

- Não podemos... Vai ser muito óbvio...- digo ainda sussurrando.

- Então vamos fugir.

- Vamos, agora! Não temos tempo.- digo já me levantando colocando meus sapatos e minha mochila nas costas.

Carl me observava mas logo se levantou e fez o mesmo.

- Vamos sair pelos fundos...- digo caminhando na frente.

Abro a porta Carl sai primeiro logo atrás saio eu.

Por algum impulso olho para cima, onde dava para a janela do quarto de Victor. E lá estava ele, nos obsevando sair, sem fazer nada, apenas nos observava, sem reacção alguma. Aquilo foi macabro.
[...]

Já estava amanhecendo, Carl estava exausto e com sua perna doendo, percebia isso pela sua face.

- Quer descansar um pouco?.- o olho ele nega.
- Venha, beba um pouco de água.- lhe entrego o cantil, o mesmo pega e da um pequeno gole.

Carl a cada passo que dávamos ele ficava com mais dor.

- Carl, vamos descansar um pouco. E isso não é uma pergunta.- o puxo pelo braço o levando para baixo de uma árvore.

Ele se senta encostando suas costas no grande e grosso tronco.

Bate uma grande ventania em nós, fazendo eu abraçar meus próprios braços.

- Inverno está chegando.- dizemos juntos.
[...]

Horas depois caminhando, estávamos quase chegando.

- Espera.- digo. - Quando chegarmos, o que vamos dizer tipo, "Oi, voltamos da cinzas", ou uma coisa mais tipo "Sentiram saudades"?.- Carl ri com minha pergunta.

- Ou podemos simplesmente chorar e os abraçar.- da de ombros.

- É uma boa ideia.- riu.

A cada passo que dávamos meu coração palpitava.

Não muito tempo depois, já conseguia ver os muros.

Apressamos nossos passos, quando menos percebi estávamos a apenas metros do portão.

Não sei como não estava morta com o despreparo que me dominava.

Em poucos mminutos logo estávamos no portão de Hilltop, um dos homens nos olha, duvidando se devia ou não deixar-nos entrar.

Eles apontavam as armas para nós.

- Não atirem, somos.- Pauso. - Carl e Anne.- ele me olha sem intender mas logo abre o portão, acho que ja tinha ouvido falar de nós.
[...]

Survive | The Walking dead. [Pausada]Where stories live. Discover now