Missão

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Tempi

Ao chegarmos no Pavilhão, com o tanto de olhares que fixou em mim, cheguei a cogitar ser uma Deusa. Realmente, ter olhares da mesa de Ares em cima de você não é lá tão saudável, as pessoas que estão a nossa volta, conseguem sentir o medo por mim, afinal, não tenho medo do que um filho de Ares pode fazer, já tenho o próprio Deus da Guerra contra mim, não tem mais nada que possa assustar-me. Porém, os olhares continuam sendo assustares, e os semideuses parecem estar desejando uma longa vida para mim. Enfim, realmente não me importo.

Por ser café da manhã, há apenas frutas e sucos para servir, o que não deixa de ser menos delicioso. Assim que pego minha bandeja e vou para fila junto com os meus outros companheiro de quarto, filhos de Hermes, coloco diversos morangos, cachos de uvas, maças e algumas fatias de mangas que já estão cortados. Novamente, como fiz no dia de ontem, ofereci parte da minha refeição para os Deuses, sem esquecer de agradecer mentalmente pelo presente de Apolo. Assim que todos conseguem sentar e começar a refeição, Quíron chamou a atenção com uma tosse forçada.

- Crianças. - Ele respira fundo, apertando as mãos. Está nervoso, penso. - Temos uma missão.

Os diversos semideuses param com sua comida e se entreolham, as pupilas podem ser vistas de longe sendo dilatas em pura satisfação. Alguns gritam, outros batem na mesa, já outros sussurram curiosos com a, aparentemente, nova "missão". Eu continuo comendo meu morango, fazendo algumas caretas quando sinto o ácido da fruta, mas me deliciando da mesma forma. Não sei, de forma nenhuma, o que seria essa "missão", mas pelo semideuses a minha volta - eufóricos como se tivessem dado doce a uma criança -, deve ser algo bem grandioso.

- Silêncio! - Ouço Quíron gritar, fazendo todos se calarem, mas mantinham o sorriso animado no rosto. - Pelo o que eu consultei no Oráculo, essa missão é para cinco pessoas.

Os diversos sussurros retornam no Pavilhão. Ouço desde "essa missão é minha", vinda de Clarisse, a até Grover dizer "espero que eu não esteja envolvido com isso. Sorrio com a diferença de mentalidade, mas mantenho na minha.

- Quatro desses já foram em uma missão. Separados e juntos. - Afirmou enquanto olhou para Thalia, Grover, Annabeth e Percy. Vejo cada um sorrindo na direção de cada um, menos Grover, que mostrou claramente não gostar do que ganhou. - Essa quinta pessoa acabou de chegar no Acampamento, mas, pelo o que eu vi, já se meteu em briga com uma filha de Ares. - Ele me encara, erguendo as sobrancelhas.

- Eu? - Questiono, começando a rir - Eu nem sei manusear uma espada, muito menos sei o que é uma missão, e você quer que eu vá em uma? - Pergunto, ainda sem entender o que ocorreu para eu ser escolhida nessa missão. - Esse Oráculo tem algum problema?

- Não diga coisas que você não conhece, Peters. - Dionísio se pronuncia, erguendo as sobrancelhas. - Todos os semideuses sabem manusear alguma arma, só precisa saber qual é treinar com ela.

- Só pode estar de brincadeira comigo. - Digo, voltando a comer. Sem me importar com o que Dionísio diz.

- Muitos daqui desde Acampamento querem ir em uma missão! - Ouço uma garota na mesa número sete, que, pelo que me lembro, é de Apolo. - E você vai dispensar?

- Ela não vai poder dispensar. - Ouço Quíron dizer, tendo diversos olhares para cima dele. - Não foi apenas o Oráculo que deu essa missão.

- Nem poder de escolha eu tenho nesse Acampamento? - Questiono, sentindo meu sangue ferver. - Já não bastava a filha de Ares me treinar?

Vejo de longe na mesa número cinco, a Clarisse levantar furiosa da mesa, batendo suas mãos fortes, fazendo uma baralho forte no Pavilhão. Seus irmãos levantam junto com ela quando mesma tenta vir até onde eu estou. Pelo o que percebi, ela já está sabendo da notícia, digamos, que maravilhosa. 

A Filha Escondida Do Olimpo IWhere stories live. Discover now