50. É, não somos mesmo.

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Boa leitura!

No momento em que as portas estavam quase se fechando, Jones pôs as mãos e tentou fazê-las voltarem novamente, antes de entrar no espaço minúsculo, com espelhos refletindo tudo o que acontecia ali.

Quando os olhares de ambos se encontraram, Elizabeth parou no mesmo lugar e na mesma posição que se encontrava; Jughead deu um passo a frente, fazendo o elevador fechar e permanecerem somente os dois ali.

Cooper não acreditava no que seus olhos estavam contemplando, custava acreditar que era o homem, ou melhor, o garoto que lhe abandonou há cinco anos atrás.

O silêncio dizia muito mais do que deveria, o arrependimento bateu no moreno por fazer algo tão impulsivo, sem pensar nas consequências e em como iriam agir.

Os olhos de Jughead se enchiam de lágrimas, talvez porquê as memórias viam à tona com muito mais força do que acontecia casualmente.

— Você... — sussurrou, sem acreditar no que estava acontecendo — Como?!

— Eu... — embolou-se nas palavras, tentando quebrar o clima estranho que pairava ali.

Jones aproximou-se ainda mais da loira e levantou a mão para passar sobre a pele lisa e bem cuidada da própria; contudo, foi abruptamente interrompido quando a própria virou o rosto e olhou para um canto qualquer.

— Me desculpe — sussurrou, pedindo perdão pelo que fizeram —, me perdoa.

Elizabeth riu incrédula com o que estava acontecendo ali.

— Você me abandona há cinco anos sem sequer se despedir ou conversar comigo para termos uma decisão que haja consenso entre os dois e agora vem me pedir desculpas como se o que você fez fosse um nada? — Elizabeth jogou as palavras sob o moreno.

A raiva de cinco anos voltara naquele momento e ela não estava consciente o suficiente para medir as palavras que proferia.

Ele a feriu ao deixar-lhe sozinha, agora seria a sua hora.

— Você tem noção de como eu fiquei quando soube que eu fui abandonada pela pessoa que amava? — perguntou — Sabe como eu passei dias sem querer sequer levantar da cama por sua causa?

Jones permaneceu calado enquanto ouvia cada palavra. Ele merecia aquilo, sabia que sim e estava pronto para sentir a agressividade de cada palavra como se fosse um tapa em sua cara.

— Não, você não sabe — disse por fim e depois completou —, não sabe pois você é egoísta o suficiente para me abandonar depois de tudo o que eu fiz por você, depois de todo o apoio que eu te dei quando você estava mal e principalmente, depois de todo o amor que eu te prometi e cumpri te dando o meu melhor, ao contrário de você.

As palavras se tornavam um soco no estômago do moreno, não sabia mais o que fazer.

Estava perdido.

Ele merecia aquilo, mas ela não merecia viver aquilo tudo novamente.

— Tem razão — falou em tom baixo e afastou-se, apertando os botões para que o elevador parasse.

No olhar dos dois agora só permanecia tristeza e rancor. Após ver a face tristonha e decepcionada de Jughead, Elizabeth encolheu-se arrependida do que falara em poucos minutos atrás; queria pedir desculpas e dizer que as coisas mudaram, que ele não era mais o mesmo e ela também não.

No mesmo momento, as luzes do elevador se apagaram e esse, estagnou no lugar; algum problema tinha acontecido e a consequência disso era ter os dois sozinhos por tempo indeterminado.

— Desculpe — sussurrou a loira, encolhendo-se no canto do metal gélido —, fui grossa demais, embora eu tenha razões para tal.

— Sem problemas — a voz rouca do moreno ecoou, como se estivesse chorando.

E estava.

As íris de Elizabeth se esforçaram em meio ao escuro e pôde ver levemente a pequena tatuagem em seu pulso, mas não soube identificar o que realmente era. Uma luz surgiu no ambiente, provinda da lanterna do celular de Jones.

A loira deixou escapar um suspiro enquanto contemplava-o; não poderia negar que ele havia ficado muito melhor do que a última vez em que se viram.

— Eu te perdôo, não vale a pena guardar todo esse rancor — disse, como se estivessem falando com si mesma —, mas não quero nenhum contato com você.

— Está mais do que certa — disse friamente —, temos vidas diferentes agora, não somos os mesmos adolescentes inconsequentes que éramos antes.

É, não somos mesmo — a loira reafirmou após um tempo tentando entender que significado além daquele ele quis dizer.

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será que permanecerá assim? rs.

me atualizem se estão gostando da fanfic, pelo amor!!!

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