CAPÍTULO 47.PARTE II

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[...]

De imediato eu tiro a arma da cintura e empurro devagar a maçaneta. Então eu entro na sala, ligando a luz no interruptor e notando tudo aparentemente conforme eu deixei. Mas continuo a averiguar os quartos e os banheiros. E quando eu retorno para a sala, abaixando quase a guarda, eu tenho a resposta de quem foram os filhos da puta que invadiram a minha casa. Arrombados!

— Quanto tempo nosso caro amigo. — Gabriel sorri, segurando uma pistola ao lado do sofá. — Tá com saudades do papai? Queremos te fazer voltar a rever ele.

— Oras, vocês foram de traficantes para médiuns? — Debocho dos três irmãos franceses na minha frente, contando com Tessa, que agora é toda tatuada e cheia de piercings. Bem diferente da menina de 18 anos. E contatando com Luís, o primo-irmão deles.

— Tem uma dívida conosco. E não tem mais seu pai para te proteger, seu assassino! — O primo deles, o Luiz esbraveja.

— Achei que tivessem vindo atrás do Saulo e da carga de drogas?

— É o que queremos também. Porém, faremos uma troca para obtermos ambos.

— Posso me sentar para ouvi-los?

— Cala a boca seu patife! — Tessa declara, apontando a arma de fogo. — Queremos justiça pela a nossa mãe!

— Como eu poderia ter matado ela se uma noite antes estávamos juntos, sua vagabunda?!

Os irmãos a encaram.

— Caso não se lembre, você foi sequestrada pela facção inimiga do chefão!

— Isso não vem ao caso! Quem não nos garante que você não era informante deles? E que armou tudo aquilo para matar a nossa mãe? Como o Gabriel frisou, desta vez você não tem a proteção do seu paizinho morto! Vai pagar pelo que fez!

— Me mostrem as provas em vídeo que dizem ter daquela noite? Só assim acreditarei que eu sou um assassino!

— Se não quer morrer, ou viver na cadeia, te daremos uma condição.

— Não me responderam!

— A gente vai te mostrar, Felipe... no tempo certo. — Luiz comenta, "sereno".

— Algo me diz que vocês estão mentindo. E não me ameacem, pois eu posso colocar é os quatro no xilindró!

— Ele se acha o manda chuva? — Eles riem. — Podemos poupar a sua vida se colaborar conosco. Basta apenas nos entregar o nosso irmão, a carga que roubou e mais uns cinco milhões de reais.

Desta vez é eu quem sou obrigado a rir.

— Ah, sério? Cinco milhões de reais?

— Não é piada, seu assassino! — René range os dentes. — Chega de conversa fiada, é isso ou matamos você e toda a sua família!

— Cala a boca seu verme, eu estou esperando as provas que me prometeram?

Eu ganho tempo para poder acionar o relógio de pulso e chamar reforços.

— Pelas horas... — levanto o braço, ainda segurando a arma e aciono num piscar dos olhos. Eles nem notam. — Não temos a noite inteira. Ou temos?

— Te daremos dois dias, Felipe! — Tessa declara.

— Se não fizer o que te mandamos, já sabe o que acontecerá. Não mediremos esforços para matá-lo junto da sua família!

— O encontro da troca será na mesma estrada onde roubou o nosso caminhão. Não tente nenhuma gracinha pois além de nós, outros caras estarão te esperando!

Me Conquiste • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora