CAPÍTULO 19

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Capítulo 19

Eloíse Galvani

Felipe me levou para o seu apartamento "em reforma". Mentiroso. O ambiente é muito confortável, bonito. Da última vez que eu vim não pude observar direito. As coisas, os móveis, os objetos aparentam refinados e bem modernos.

— Você é um mentiroso... eu sabia que estava se hospedando na pensão da minha avó apenas para me perseguir.

— E desde quando era novidade, loira?

Antes de eu chegar no meio da sala para curiar mais, ele me puxa pela cintura e pelos cabelos, sarrando a ereção petrificada na minha bunda.

— V-você já está assim? — questiono-o, beijada no cangote por seus lábios ágeis.

— A culpa é sua!

Sorridente, inclino a mão para trás e aperto o generoso órgão volumoso. Ele geme.

— Droga, Eloíse, meu desejo durante a festa toda era matar cada filho da puta que te olhasse. Está me deixando pirado. — Ele me afasta.

Eu viro, fitando seus olhos agressivos.

— Eu gosto de te deixar assim — instigada, colo nosso corpo, envolvendo-me no pescoço dele. — Eu gosto de te provocar.

— E a loira acha seguro? Não confie, não faça isso. Eu posso surtar e agir de forma que não aprove.

— De que forma? — O acaricio os cabelos, cada vez mais hipnotizada por suas íris nubladas. Meu interior pede, suplica que eu não atice... no entanto, é tarde, aproximo a boca do lóbulo da sua orelha. O mordo. — Me fale, moreno? Sou tão curiosa.

Ele suspira fundo, ergue a cabeça, então abaixa a mão e aperta meu quadril com tanta força, veemência, que eu perco ar.

— F-Felipe...

— Eu disse para não fazer isso.

Ele me solta e me empurra para deixar-me cair sentada no sofá. Eu fico boquiaberta, dolorida. Felipe, com seu porte alto, musculoso, caminha até a estante de vidro.

— Gosta de vinhos?

Não respondo. Não tenho voz.

— Bom, acho impossível não gostar. Este é um Tinto Ausone.

Ele volta indiferente, com o vinho e duas taças.

— Ele deve ser caríssimo — sussurro, enquanto coloca a garrafa em cima da mesa de centro.

— Não sei. Não averíguo valores. Por favor.

Após servir, oferece. Eu pego a taça. Ele se senta ao meu lado.

— Prove.

Ansiosa, conduzo o líquido aos lábios. Assim que provo do sabor, me arrepio, excitada pela textura mais maravilhoso e mais cara que já pude provar em vida.

— Uau, Felipe. É perfeito!

Ele sorri. Tomamos toda a garrafa. Na última taça, que é a minha, ele abre outro vinho com teor maior de álcool. Bêbada... um tiquinho. Tiro os saltos, gargalhando das suas histórias criminais.

— [...] jura, você foi bater no homem?

— É óbvio que sim. E não sai com um arranhão. — Risonho, Felipe desvia do meu rosto e descansa os dedos na minha coxa. Voltando a serenidade.

— Eu gosto de você.... — bem baixinho confesso pegando no seu queixo e fazendo ele encarar-me. — Não sei como explicar, mas me sinto livre. Você me faz acreditar que posso correr atrás de qualquer sonho. Que eu tenho um mundo colorido. E não preto e branco, da forma que me fizeram enxergar. Eu posso viver. E como eu quiser viver a minha vida.

Me Conquiste • COMPLETOWhere stories live. Discover now