CAPÍTULO SESSENTA E NOVE

2.5K 255 38
                                    



Vinícios? — a voz feminina parecia trêmula e gaguejava.

Tia Nãna?

— Vini, onde você está?

— Tia, a senhora está chorando?

— Eles bateram Vini...— ouve um engasgo na voz.

Calma tia fala devagar, o que foi que aconteceu? — a ligação caiu.

Caralho!

Tentei retornar a ligação, mas chamou até cair. Liguei novamente e ainda sim nada feito.

— Que porra ela quis dizer com "Eles bateram"?

Tentei ligar pra eles, mas nada feito também.

Entrei na casa de show às pressas olhando para os lados em busca dos rostos conhecidos, o primeiro que achei foi Gugu e ele ficou responsável por ir atrás de Lucas e levar ele junto das meninas pra fora do lugar.

Sai dali correndo, fui atrás do carro e busquei parando ele onde a galera me esperava, assim que todos entraram no carro precisei gritar pra que eles parassem de falar..

— Tudo indica que os meninos sofreram acidente, preciso que vocês tentem falar com alguém. Não liguem pra Tay ou pra Luna de maneira alguma. — ordenei.

Sai com o carro dali e fiz o trajeto que costumávamos fazer pra ir pra casa de tia nanã. O telefone tocou e apareceu no multimídia do carro. Era tia nanã, atendi antes do segundo toque.

Vinícios?

— O que aconteceu Tia Nãna, por Deus? Os meninos estão aí?

— Eles nem chegaram aqui meu filho, acabaram de ligar do hospital que encontraram os documentos deles.

— Tia?

— Estou indo para o hospital agora.

Manobrei o carro no meio da rua indo em direção oposta, e acelerei o carro.

Estamos indo pra lá, não se preocupe. — desliguei a ligação em seguida.

O carro foi durante o trajeto oscilando entre cento e dez a cento e trinta, o pessoal estava todo aflito dentro do carro, e eram quase duas da manhã, não podíamos ligar pra ninguém.

Estacionei de qualquer jeito no hospital e descemos do carro correndo rumo à entrada de emergência.

— Ei, ei, ei, ei. — o enfermeiro disse ao ver todos nós entrando correndo. — sem bagunça.

— Viemos saber dos nossos amigos.

— Que seria?

— Pedro e Eduardo Giordano, eles sofreram o acidente de carro algumas horas atrás. — Lucas respondeu.

— Vocês são o que dele?

— Precisa mesmo dessa entrevista? — perguntei.

— Eles são amigos dos meus filhos, venham garotos. — a voz de Tia Elizabeth cortou a fala do enfermeiro, seguimo-la e fomos todos andando até a sala de espera mais reservada.

Tia Nãna tinha o rosto vermelho e um olhar assustado, ela andava estranha e de longe conseguíamos perceber o quanto seu corpo estava trêmulo.

— Onde eles estão?— ela respirou fundo e ela apenas negou com a cabeça. — o que aconteceu Tia?

Os olhos encheram de água e ela respirou deixando escapar o soluço.

— Eles acabaram de entrar, Dudu vai precisar de cirurgia... — ela chorou e eu a puxei pra meus braços em um abraço apertado. — e Pedro...

Imprevisível (VERSÃO-CORRIGIDA)Where stories live. Discover now