CAPÍTULO CINQUENTA E UM

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— Amiga! — vi minha amiga correndo em minha direção da maneira mais destrambelhada possível. Luna se jogou em meu colo na tentativa de um abraço, mas acabamos ambas caindo no chão.

Eu nunca aguentaria Luna no colo, e ela sabia disso.

— Ai meu Deus Luna. — gargalhei tentando empurrar a mesma que agora estava agarrada ao meu pescoço. — sai de cima. — empurrei.

— Eu morta de saudades e é assim que você me trata? Malvada! — me puxava pra dar beijos na minha bochecha enquanto eu tentava fugir de seus braços.

Ela é muito bruta, seu corpo dava dois do meu, apesar de sermos quase do mesmo tamanho. Ela tinha o dobro de coxa, dobro de peito, o dobro de tudo. Isso fazia a mesma parecer bem maior ao meu lado, ela era a garota mais bonita que eu conhecia.

— Desculpa, você é muito bruta. — a abracei ainda no chão.

Com ajuda levantamos do chão, e assim ela me abraçou novamente.

Ficamos todos no apartamento de Dudu, até da à hora certa pra sairmos de casa. Luna dormiu no sofá acabada de cansada, ela tinha trabalhado o dia inteiro e só veio porque os meninos insistiram e buscaram-na em casa.

Quando deu quatro da manhã levantamos acampamento, os meninos decidiram virar a noite, bebendo energético e comendo besteiras até dar a hora de sair eu acabei fazendo a mesma coisa por não conseguir dormir com tamanha ansiedade e falatório de cinco garotos.

Os meninos desceram todos com nossas bagagens e coisas que íamos levar, eu fiquei pra trancar a porta e checar se havia pego tudo, e esperando Lucas que decidiu que queria ir no banheiro na hora de sair de casa. Sim, na hora que estavam saindo todos pra viajar ele parou pra ir ao banheiro.

— Por que você tá todo molhado? — perguntei já dentro do elevador.

Eram quase cinco da manhã, já que todo mundo se atrasou pra sair de casa.

— Ué... Por que tomei banho né. — respondeu dando de ombros normal.

— Eu não vou falar mais nada. — decidi seguir em frente.

Estava com uma mochila nas costas, vestia uma bermuda jeans e uma camisa de Eduardo com um tênis. Segurava uma sacola com algumas coisas que Elizabeth tinha comprado para a casa.

Eeeeu, parado no bailão. — Lucas gritou do nada alto na rua silenciosa e eu gargalhei.

— Cala boca Lucas, é cedo, tá todo mundo dormindo ainda. — o empurrei e o mesmo me puxou continuando a letra da música sem se importar com meu pedido.

Estávamos caminhando até o estacionamento que ficava do outro lado da rua pra encontrar com todos e finalmente pegar a estrada.

— Você deveria arrumar uma namorada. — falei e ele riu passando o braço pelo meu ombro.

— Gente, pelo amor de Deus, eu sou bom demais pra namorar, ninguém me merece. — ele era sempre assim, pois é!

— Acho que ninguém te suporta. — ele me empurrou.

— Por que me maltrata tanto? — eu ri. — eu sou tão amorzinho e você pisa em mim.

Caminhamos até o estacionamento onde encontramos com todo o grupo em frente aos carros.

— Até que enfim. — Gugu falou quando entramos no estacionamento.

— Acreditam que ela tá dizendo que eu não consigo arrumar ninguém?

— Somos solteiros por opção. — gargalhei quando Pedro disse. — além disso, ninguém aguentaria tamanha felicidade que é me ter. — sim, eles eram bem metidos às vezes.

Imprevisível (VERSÃO-CORRIGIDA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora