CAPÍTULO QUINZE

4.3K 386 48
                                    



Ouvimos batidas na porta e Pedro gritou que podia entrar, era Ciro com as bolsas. Ele deixou tudo ali mesmo onde eu havia pedido e saiu avisando que Elizabeth nos esperava na cozinha.

- Vou me trocar e venho aqui pra te chamar, acho que você também deve querer se trocar. - assenti e o vi saindo pela porta.

- É pra vir aqui mesmo, ou vou me perder nesse lugar. - falei alto.

- Eu volto. - gargalhou do lado de fora.

Puxei minha mala até o closet, escolhi um short branco e uma camiseta justa no corpo. Vesti rapidamente e deixei o cabelo solto mesmo jogado pelas minhas costas, continuei com as argolas douradas nas orelhas. Apenas retirei o pouco de batom que ainda restava em meus lábios. Apertei minhas bochechas até que ficassem coradas. Sentei no sofá jogando um jogo qualquer até que Pedro voltasse para me buscar.

- Acabou? - a voz de Pedro baixa do outro lado da porta me chamou a atenção.

Coloquei o celular no bolso e calcei minhas havaianas brancas saindo do quarto.

- Vamos! - sai e o encontrei já sem camisa e uma bermuda jeans.

Obrigada Deus, pelos amigos que me destes.

Seus cabelos estavam baixos e extremamente alinhados, cortei a menos de vinte quatro horas atrás e sorri com o belo trabalho que havia feito. Essa era uma das minhas paixões, um cabelo bem cortado, não havia nada no mundo que deixasse um homem mais charmoso do que um corte de cabelo certo.

Rumamos até a cozinha em uma discussão sem fundamento sobre o quanto ele pediu que eu raspe a lateral do meu cabelo, neguei a maior quantidade de vezes possível, afim de que ele parasse com isso. Encontramos Elizabeth na cozinha, ela também havia trocado suas roupas, agora parecia mais casual, com um a bermuda jeans e camiseta e sandálias de dedo. Pra falar a verdade ela nem parecia àquela mulher chique de alguns minutos atrás,

- Preparei um peixinho pra vocês.

- A gente almoçou no caminho. - comuniquei e ela nos olhou.

- Ah, mas já tem tempo. Sentem aqui, vão comer o peixe sim. - ela disse e eu ri.

Tinha uma moça ali na cozinha junto com ela, a mulher vestia roupas toda branca e tinha uma toca na cabeça deduzi que fosse uma funcionária da casa.

- Oi tia Lourdes. - Pedro beijou a bochecha da mulher.

- Você não para de crescer garoto. - ela disse batendo na bunda do menino. - que moça bonita em?! - disse dançando com as sobrancelhas e a mulher me olhou.

- Minha amiga! - enfatizou. - Tay essa é a Tia Lourdes, ela trabalha lá em casa desde que eu nasci eu acho.

- Antes. - sorriu.

- Tudo bem? - perguntei me levantando para cumprimenta-la com um beijo na bochecha.

- Tudo ótimo querida, fique a vontade. Se precisar de alguma coisa pode falar comigo.

- Obrigada! - agradeci voltando a onde estava.

- Letícia já veio pra cá, mas Eduardo nem chegou pra aturar essa mulher. - Pedro comentou sentando na cadeira em volta a bancada de mármore branco.

- Pior você não sabe. - respondeu e eu segui meu amigo me sentando ao seu lado. - seu irmão não vem nem tão cedo.

- Tá de sacanagem?

- Queria eu. - suspirou.

- Que porra!

- Olha o respeito Pedro Henrique. - chamou e ele deu de ombros.

Imprevisível (VERSÃO-CORRIGIDA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora