Faíscas no almoço

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Muita tensão. Divirtam-se!

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 Letícia havia terminado de se arrumar quando Ricardo voltou a abrir a porta do quarto.

- Querida, está pronta? – indagou ele

- Só um momento – ela deu apenas mais uma ajeitada no cabelo solto e esvoaçante – Como estou?

- Linda como sempre – Ricardo a analisou de cima a baixo o vestido vermelho que ela usava e que lhe chegava até os joelhos

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- Linda como sempre – Ricardo a analisou de cima a baixo o vestido vermelho que ela usava e que lhe chegava até os joelhos. O olhar era de um predador diante de sua presa. Ela estremeceu – Eu podia ficar te admirando o dia todo.

- Hum... você só está falando isso porque deseja me levar para cama de novo – provocou mais confiante.

- Isso também.

- Ricardo! – exclamou escandalizada, mas acabou rindo assim como ele

- Pena que vamos ter primeiro que aguentar um almoço chato com meu primo – ele se acercou e lhe tomou a mão beijando-a, o que a fez se arrepiar – Vamos?

Ela assentiu e os dois caminharam de braço dado. Letícia podia sentir a tensão e a luxúria pairando no ar entre eles. A bem da verdade, adoraria ficar no quarto o dia todo com ele, conforme lhe havia proposto, mas é claro que não lhe diria. Mesmo se aprofundado na intimidade com o marido, não se achava ainda com coragem para demonstrar sua ânsia por sexo. Um pouco de recato não fazia mal a ninguém.

Quando chegaram juntos à sala e depararam-se com Glória, Letícia enrubesceu; era bobagem ter pudores por causa de uma empregada, mas ela sabia que a governanta representava mais do que uma simples serviçal para o marido, como ele próprio havia afirmado.

Contudo, a moça não abaixou o rosto. Se Glória não gostava dela, tudo bem; não podia mandar nos sentimentos e pensamentos que ela ou quaisquer dos empregados tivessem a seu respeito. Porém, era esposa do patrão e não se intimidaria por nenhum deles. Com esse pensamento, Letícia se deixou conduzir com naturalidade pelo marido até o sofá e até retribuiu um leve beijo que ele lhe deu nos lábios; ignorou a expressão de desgosto disfarçada no rosto da governanta.

- Deseja que eu sirva alguma coisa para os senhores... seu Ricardo? – a indagação era para o dono da casa, mas era dirigida a ambos.

- Não, vamos ficar aqui apenas esperando pelo meu primo – o empresário colocou um dos braços em volta dos ombros da esposa. Consultou o relógio no outro – Ele deve chegar a qualquer momento. – no mesmo instante, a campainha do interfone tocou – É ele, com certeza. Pontual como sempre.

- É de família, senhor – Glória esboçou pela primeira vez um genuíno sorriso, embora imperceptível

- É... a única coisa boa de família.

Letícia captou uma troca de olhares – um irônico do esposo e outro de reprovação da governanta. Contudo, antes que fizesse alguma indagação, Glória pediu licença e retirou-se da sala. Quanto a Ricardo, pegou em seu rosto e beijou-a, fazendo-a se esquecer de qualquer pergunta que lhe passasse pela mente.

Perigosas LembrançasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora