Capítulo 30: Heitor

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— Emily, o que você está fazendo aqui? — Perguntei ao ver a garota loira adentrar o quarto.

— Você não tinha sumido? Como soube que estávamos aqui? Nem no nascimento da nossa filha você nos deixa quietos? — Sofia falou.

— Calma, calma, eu vim em paz. — Ergueu os braços em sinal de rendimento. — Fiquei sabendo que a bebê de vocês nasceu e achei que fosse uma boa oportunidade para me desculpar. Sei que fui insuportável e que causei muita raiva, mas estou verdadeiramente arrependida. Comecei a fazer terapia em janeiro e quero ser uma pessoa melhor.

— O que me garante que está sendo sincera?

— Bem, eu só tenho a minha palavra como garantia e suponho que isso não basta. Tudo bem se não aceitarem as minhas desculpas e não me quiserem por perto, estarão com toda a razão e eu realmente vou entender.

— Hm...

— Bom, eu trouxe um presentinho. — Me entregou uma sacola com a logo de uma loja de moda infantil.

Eu abri a sacola e tirei de dentro um conjunto de vestido, luva, meia e manta. Todas as peças são vermelhas.

— Obrigado. — Agradeci.

— Bom, é só isso. Qualquer coisa, vocês sabem as minhas redes sociais, é só mandar mensagem que eu respondo. Se não quiserem mandar nada, tudo bem também. Eu respeito. — Olhou para Safira e sorriu. — Ela é linda. É a sua cara, Sofia.

— Obrigada. — Relaxou a expressão facial.

— Nada. Como ela se chama?

— Safira.

— Belo nome. — Colocou uma mecha do próprio cabelo atrás da orelha. — Bom, eu já vou indo. Novamente, desculpas. E parabéns pela filha. — Deu um breve sorriso e saiu.

Sofia me encarou após uns segundos olhando para a porta já fechada.

— Acha que ela está sendo sincera? — Perguntou.

— Não sei. Talvez.

— É... Eu vou pensar direito e verei se ela merece ou não ser desculpada.

— Deixo essa decisão completamente em suas mãos. Vocês foram mais afetadas do que eu nisso tudo, já que você estava grávida e ela vivia testando a sua paciência. O que você decidir, eu apoio.

— Não vamos pensar nisso agora, tá bem? O foco é a nossa princesinha.

Após dois dias, Sofia e Safira finalmente receberam alta do hospital.

Levei as duas para casa e minha namorada foi tomar um banho, então fiquei cuidando da nossa filha.

O tempo foi passando e nós decidimos marcar um almoço com nossos amigos aqui em casa.

Safira está com quase um mês e eu e Sofia estamos enlouquecendo. Não sabemos mais o que é dormir uma noite inteira, mas não nos arrependemos de nada.

Gael, Eduarda, Diogo e Arthur vieram para cá e todos nós reunimo-nos para almoçar. A cada dia que passa, parecemos ainda mais próximos. Me alegra saber que não é uma amizade que acabou com o fim das aulas.

Da escola para a vida, afinal!

Nesse tempo aconteceu muita coisa. Sofia decidiu mandar mensagem para Emily e ela realmente tem se mostrado uma pessoa melhor. Estamos nos aproximando dela aos poucos, pois ainda temos muito receio.

No fim do dia, quando todos foram embora de casa, demos um banho em nossa filha e a colocamos para dormir no Moisés que fica ao lado da nossa cama. Aproveitamos esse momento de calmaria para tomarmos um banho juntos e, após, deitamo-nos na cama, abraçados.

— Boa noite, minha rainha.

— Boa noite, meu rei. — Sorriu e me deu um selinho, então deitou a cabeça em meu peito.

Acariciei o cabelo de Sofia até notar que sua respiração se tornou mais calma e tranquila. Ela dormiu.

Eu facilmente poderia dizer que sou a pessoa mais feliz do mundo.

Tenho amigos incríveis, uma família perfeita, uma namorada linda, uma filha tão linda quanto... Estou rodeado de pessoas que amo.

É, eu sou um cara de sorte.

E quem diria que a minha maior felicidade viria de uma aposta?

Não, isso tudo não é mais o fruto de uma maldita aposta.

Eu facilmente diria que ela se tornou bendita.

É, isso, sim!

Um fruto daquela bendita aposta. 

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Um fruto daquela maldita apostaWhere stories live. Discover now