Capítulo 18: Eduarda

6.9K 474 39
                                    

* .:。✧*゚ ゚・ ✧.。. * * .:。✧*゚ ゚・ ✧.。. * . *.:。✧ *゚ ゚✧.。.

Eu cheguei em casa e fui tomar banho. Estou sozinha, pois os meus pais trabalham o dia inteiro e os meus irmãos estudam em período integral. Após o banho, sentei em minha cama com uma toalha no corpo e outra no cabelo, pegando o celular e mandando mensagem para o Diogo, perguntando para onde nós vamos.

Eu não faço ideia do que vestir, mas preciso decidir isso com base no lugar, então estou apenas esperando o bonito me responder.

Falando nele, sua resposta chegou quase em seguida da minha mensagem, parecia até que já estava esperando por isso. Ele disse que tinham filmes novos em cartaz, então queria ir comigo ao cinema. Também perguntou se isso seria clichê demais. Respondi que sim, mas que adoro clichês, então topei de imediato.

Certo, é inverno no Rio de Janeiro, o que significa que o tempo pode ir de um Sol extremo até uma chuva forte em questão de cinco minutos, então vou prevenida. Vale também levar em consideração o fato que cinemas são frios, por conta do ar-condicionado.

Sendo assim, colocarei uma meia-calça na cor da minha pele, um vestido pouco acima do joelho e sem detalhes, na cor preta, combinando com o meu coturno que contém um pequeno salto. Apesar de eu não estar sentindo frio, peguei uma blusa apenas para caso eu precise. Agora vamos ao cabelo, o mais prático, já que é só secar.

Em mais ou menos trinta minutos eu já estava pronta, encarando o meu reflexo no espelho. Nem simples demais para passar vergonha e nem exagerada demais para chamar atenção. Apenas na medida ideal.

Mandei uma foto para Sofia, perguntando se a roupa estava boa. Ela me encheu de elogios e, considerando o nível extremo da sua sinceridade, levarei isso como um ponto positivo.

Confirmei com o Diogo o horário, peguei a minha bolsa, com o celular, o dinheiro e os documentos, e saí. Felizmente, moro num bairro que é perto de tudo, então logo cheguei ao shopping, encontrando com o garoto no exato lugar que nós combinamos.

— Oi. — Ele me olhou e sorriu. — Você tá sempre linda, nem me surpreendo mais.

— Obrigada. — Me aproximei, também sorrindo. — Você também não me choca mais com a sua beleza, ruivo.

— Meu charme já é natural. — Passou a mão no cabelo e riu. — Vamos lá? Não quero pegar fila. 

— Vamos, mas é meio de semana, então não deve ter tanta gente assim.

— Todos que vêm aqui em dias assim pensam exatamente igual.

— Certo, você tem um ponto.

Nós dois fomos caminhando até o cinema e, para a nossa felicidade, realmente não tinha muita fila. Só umas quatro pessoas, no máximo.

Na hora de comprar o ingresso, Diogo insistiu em ser clichê e pagar o meu, mas não cedi. Acontece que nós somos teimosos no mesmo nível, então os dois insistiam e, no fim das contas, fizemos um combinado: ele paga os ingressos e eu pago a pipoca. 

E assim fizemos.

Vamos assistir um filme de terror que estreou semana passada e eu estava realmente louca para vê-lo há muito tempo. Diogo está rindo e fazendo piadinhas, dizendo que vou tremer de susto e medo durante o filme inteiro, mas acho que é mais fácil isso acontecer com ele, e não comigo.

— Tá tudo bem, Duda. Se você sentir medo, é só me abraçar. Eu te protejo.

— Vamos fazer um combinado? — Perguntei.

— Diga.

— Você finge que fala a verdade e eu finjo que acredito. — Pisquei e peguei as pipocas, entregando a dele.

Um fruto daquela maldita apostaWhere stories live. Discover now