Capítulo 12 - O Poema

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- O que você gosta de fazer no seu tempo livre? - pergunta Taehyung.

- Assistir TV, ver filmes, ler, escrever poemas...

- Que tipo de filme você gosta?

- Terror, romance, ficção, tudo.

Ele anota mais coisas em seu papel. Ele sempre fica calado quando consegue respostas para suas perguntas.

- Você disse que gosta de escrever poemas, certo?

- Sim... Se você quiser ver, eu tenho um aqui na minha bolsa.

- Se você não se importa, gostaria de dar uma olhada.

Abro minha bolsa de couro preto e tiro um livro grosso de dentro, abro-o em seguida e retiro um papel no meio de suas páginas. Entrego-lhe o poema. O terapeuta me olha o tempo todo. Seu olhar é distinto. Não sei ao certo se ele está me analisando ou fazendo outra coisa.

Ele pega educadamente a folha e a desdobra. Vejo seus olhos examinando cada palavra atentamente. Ele ajusta seu óculos com uma lentidão característica dele. Todos os seus movimento parecem lerdos, pesados. Ele para e começa a movimentar sua caneta. Novamente, fazendo anotações ocultas, as quais não consigo e nem posso ver.

- Muito bom - diz ele - O que te inspirou a fazê-lo?

- Vivências...

- Você vivenciou algo parecido?

- Pode-se dizer que sim... Pode-se dizer que não...

Ele me olha um pouco suspicaz. Noto que seus olhos estão cheios de desejo para saber mais sobre o poema, sobre mim, meu passado; mas eles também mostram seu medo, sua insegurança para me enfrentar.

Não estou disposto ainda para contar-lhe sobre meu passado o qual ele certamente deve conhecer. Sei que ele tem conhecimento das coisas que já fiz e só quer que eu confesse.

- Olha esse idiota! Como se você estivesse em um confessionário! Como se ele fosse te livrar dos seus pecados quando você assumir o que fez, bastardo.

Inconscientemente, o canto dos meus lábios começa a se estender, levantando, esticando-se em um sorriso sarcástico. Aperto meus olhos diante dele. Taehyung parece confuso, pávido.

- Não lhe contarei nada, padre - digo a ele.





Psicose

O chão se abre

Minha mente se despedaça

O tempo passa

Mas minhas feridas continuam lá

Um vulto em minha frente

Mexe com minha mente

Um garoto ao lado

Será jogado

Do quarto andar, um corpo cai

Ele chama por sei pai

Falecido, embaixo da terra

Daqui de cima posso ver a serra

O canto dos pássaros ecoam em meu ouvido

Posso sentir a morte vindo

O cheiro de fósforo

É algo que adoro

Aceito meu destino

Meu caminho

Meu psicopatismo





Oi, gente!! Me desculpe pelos capítulos pequenos!

Estou escrevendo pouco porque estou tentando não revelar muita coisa ainda hehe

Acredito que o próximo será maior!

Espero que vocês tenham gostado!

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Mais de 100 leiturasss YAY!! Obrigada e até a próxima!

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