Capítulo 7- Desafios

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Com sempre, a subida é lenta. Por isso, tento quebrar um pouco o gelo entre mim e o coelho.

- Eu ainda não sei seu nome.

- Jeon Jungkook.

- Park Jimin.

- É... eu sei.

- Por que você está sendo... digamos... gentil comigo?

- Você é minha única chance para sair daqui - diz ele.

- Tem quanto tempo que você está aqui?

- Há alguns anos... Oh! Chegamos.

Olho para ele, que, nitidamente, estava tentando desviar do assunto. Apesar da minha curiosidade, deixei-a de lado.

Esse andar é bem limpo, parece até que pertence à um hospital normal.

Andamos cautelosamente pelos corredores, com medo de encontrar alguém, um assassino.

- Você sabe de quem é esse andar?

-Não...

Entramos em diversas salas, mas praticamente todas estavam vazias. Algumas, tinham poucas coisas, mas nada de interessante.

Vamos até uma sala. Abrimos aportas, esperando por outra decepção. Ela é fria e há algumas mesas de aço e várias macas cobertas.

De repente, ouço a porta bater. Corro em sua direção, tento abrí-la, mas ela está trancada. Começo a me desesperar. Olho a sala quase que vazia. O chão branco e liso se distorce diante de mim. Minha cabeça dói. Sinto falta de ar.

- Jimin...

Olho para a direção do coelho, mas não o vejo. Está tudo escuro.

- Onde você está? - pergunta ele.

- Perto da porta - respondo.

- Eu não consigo ver!

Percebo, então, que não é coisa da minha cabeça, as luzes estão apagadas.

Ando cautelosamente pela sala, tentando não esbarrar em nada.

- Jungkook!

- Oi!!

- Fique onde está!

-Ok!!

Lembro que tenho uma lanterna, procuro-a freneticamente. Acendo-a, mas logo me arrependo. Parada diante de mim uma maca descoberta, um corpo arroxeado e nu voltado para cima, os olhos mortos e abertos fixos no teto monótono. Em seu peito parcialmente coberto pelo fino tecido branco há um papel e uma pétala de rosa. Me aproximo lentamente, receoso. Leio o bilhete.

- Bem-vindos! Vocês têm uma hora para sair daqui. Que a sorte esteja com vocês.

- O que você está falando?!

- É um bilhete que encontrei!

Ilumino a sala para que o coelho possa vir até mim.

- Deixe-me ver.

Olho para a delicada pétala vermelho. Passo meus dedos, sentindo sua macia e delicada textura. Noto um número desenhado atrás.

- Tem o número 7 aqui.

- Guarde-a, então.

- Ok - digo colocando na bolsa.

- Vamos para lá. Talvez encontramos algo - digo.

Andamos pelas macas. No final do cômodo, há uma bancada e diversos armários embutidos. Há potes com formal e animais dentro, há tubos de ensaio e outros materiais de laboratório. Jungkook mexe na bancada, procurando por outra pista.

Escape RoomWhere stories live. Discover now