Sinopse
O sangue escorria pelo ladrilho branco do banheiro. A cor escarlate se misturava na água cristalina no chão, se formando uma gigantesca poça de sangue e sofrimento. O jovem em questão de perguntava: Até quando a dor física sobressairá a dor...
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Hoje é meu aniversário de quatorze anos e minha mãe falou ontem que gostaria de conversar comigo sobre assuntos que são essenciais para a minha adolescência.
Levantei-me da cama espreguiçando-me e alongando o meu corpo enquanto balançava os longos cabelos ruivos.
Tomei um banho realizando minha higiene matinal, e logo depois olhei para a janela sentindo o vento refrescante no rosto.
Admirei o céu por longos segundos e sorri admirada com a paisagem da imensidão azulada.
Para muitos, pode ser que seja uma bobeira ou desnecessário o ato de apreciar as obras feitas pelo Criador, entretanto desde muito nova minha amada mãe sempre nos ensinou que devemos agradecer a Deus por cada detalhe.
- Paizinho, obrigada por mais um ano de vida. Te agradeço por sua bondade e misericórdia por todos os anos que vivi. Te peço que continue guiando meus passos e não permita que eu venha andar vacilante. Quero fazer aquilo que lhe agrada e que te deixa feliz. Eu amo você, meu Senhor. Rendo louvores e graças por todas as bênçãos. Me dê um dia abençoado em sua Santa presença e que não venha faltar o alimento em minha mesa. Obrigada por tudo, em nome de Jesus, amém.
Respirando fundo e olhando para as casas à frente da minha, decidi descer para tomar o desjejum ao lado de Sôh e minha mãe.
Desci os degraus pulando de dois em dois e quase tropecei no penúltimo, porém fui mais rápida e joguei os pés ao ar e jogando em seguida no chão parei em pé e salva da pequena queda.
O cheirinho de bolo adentrou em minhas narinas despertando-me fome e um ronco vindo do estômago. Sorri com água na boca já pensando no gostinho de maracujá na massa.
Eu amo maracujá!
- Bom dia, mãezinha. - Minha mãe, virou-se em minha direção e limpando as mãos no pano de cozinha, veio abraçar-me. - Bênção?
- Deus lhe abençoe, minha bonequinha. - Circulou os braços pelo meu corpo fino.
- Amém, mãe. - Correspondi ao abraço.
- Eu já ia te acordar desejando parabéns. - Afastou-se dizendo.
- Acordei ansiosa para comer bolo e ir no cinema que a senhora prometeu. - Abri um sorriso mostrando os dentes.
Minha mãe gargallhou.
- Você e sua irmã estão muito espertinhas em. - Andou pela cozinha procurando algo com os olhos.
- O que a Sofia fez? - Sentei-me à cadeira perguntando.
- Nada de mais. Sua irmã já saiu cedo procurando emprego, filha. Ela disse que quer ajudar com as despesas, e com sua faculdade. - Comentou ela, retirando o bolo do forno.
- Eu já disse que assim que me tornar maior de idade vou ajuda-lá, mas Sofia é teimosa como as mocinhas dos livros, mãe. - Dei de ombros.
- Ela é assim mesmo, filha. Sua irmã já passou por alguns problemas e isso acabou trazendo consequências para ela. - Franzi o cenho.