— E por que precisam da Capa da Invisibilidade no caminho para a enfermaria?
— Pirraça, o poltergeist. – Sirius interrompeu — Ele nos odeia. Se nos visse andando pelos corredores, iria começar a gritar por Filch mesmo que falássemos que estamos indo para a enfermaria. Nós também odiamos o Filch. — ele falava e a sua boca tremia ao mesmo tempo.
— Certo. – a garota se sentou no sofá e voltou com os seus estudos — Vocês são patéticos.
— Obrigado. – Sirius se aproximou de Aurora e fez uma careta sem a percepção da garota. Remus afastou Sirius de Aurora — Como você consegue ter paciência com ela?
— Cale a boca, Sirius. – Remus deu risada — Vamos.
Remus, Sirius e James passaram juntos para atravessar o lado exterior da sala comunal da Grifinória. Aurora se levantou da poltrona em que se encontrava, arrumou os seus materiais em sua pequena mochila e começou a andar pela sala comunal.
O motivo da sua agitação era um pergaminho amassado e amarelado jogado aos cantos da lareira. A garota se aproximou do chão e apanhou o pergaminho em suas mãos.
— Revelium. – Aurora apontou a sua varinha para o pergaminho e soou um feitiço — Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas apresentam os seus comprimentos à senhorita Waterhouse.
Aurora teve a breve sensação de que aquele pergaminho se tratava de um mapa enfeitiçado. O mapa começou a apresentar xingamentos de cada um dos senhores. Ao dizer as palavras do senhor Aluado, o mapa surtou e ousou em insultar Aurora mas ele começou a apresentar cumprimentos amigáveis para a garota da Grifinória.
— O senhor Aluado gostaria de acrescentar que a senhorita Waterhouse está loucamente bonita no dia de hoje. – Aurora leu e deu risadas curtas — Só podem estar caçoando de mim.
Aurora largou o pergaminho enfeitiçado em cima do sofá em frente à lareira. Ela sabia que os garotos estavam mentindo sobre um suposto mal causado por doces estranhos à James e Sirius. Portanto, com a sua enorme curiosidade e astúcia, Aurora decidiu ir atrás deles até a enfermaria.
Um pouco longe dali, Remus estava com seus efeitos colaterais afetados por conta de sua futura transformação. Ele tossia, as suas forças se esgotavam e Sirius e James haviam notado a sua diferença de comportamento.
— Aguente firme. – Sirius apertou o seu passo e encarou Remus ao seu lado — Se Aurora não tivesse nos atrasado, já estaríamos na Casa dos Gritos há um bom tempo.
— Alguém perdeu o Mapa do Maroto.
— James, não é o momento certo para ficar nos atrapalhando com brincadeiras. – disse Remus com um pouco de grosseria em sua voz - Já estamos chegando.
— Eu não estou brincando. – James exclamou, nervoso — Juro por Merlim que eu vou assassinar alguém se tivermos perdido o mapa.
— Cale a boca, Potter.
Eles continuaram andando em direção ao Salgueiro Lutador que continha uma passagem até a Casa dos Gritos. Peter, já transformado em um rato, apertou um galho da árvore agressiva para que os seus outros amigos pudessem entrar na passagem até a Casa dos Gritos.
— Remus, você está bem? – Sirius perguntou ao perceber que o jovem lobisomem havia se soltado de seus braços — James, é melhor nos transformamos. Rápido.
Sirius e James se transformaram em suas formas animagas, em um cão preto e em um cervo, respectivamente. A Lua Cheia se encheu por completo no céu e Remus sentiu os efeitos da sua transformação. Os seus olhos mudaram de cor e o seu corpo mudou totalmente de tamanho. Ele costumava agir normalmente quando via o cão, o rato e o cervo ao seu lado. Porém, com o seu olfato aguçado, o lobisomem sentiu o cheiro de seres humanos por perto do Salgueiro Lutador.
Aurora estava em sua busca pelos garotos da Grifinória e acabou vendo Sirius e James se transformarem em animagos em sua frente. Um calafrio percorreu a sua espinha ao ver Remus se transformando em um lobisomem, os seus uivos fizeram ela cair em um arbusto que começou a chiar. Ela segurou um grito em sua boca ao sentir um olhar penetrante do lobisomem em sua direção.
A garota correu o mais rápido que conseguiu quando o lobisomem caminhou em sua direção. Os outros animagos vinham atrás dele com a inocência de que não havia algo de errado.
Aurora se escondeu atrás de outro arbusto mágico e torceu para que ele não começasse a chiar como o anterior. Ela ouviu algo quebrando os galhos e fungando para sentir o seu cheiro e o seu corpo estremeceu ao ver o lobisomem correndo em sua direção.
O seu corpo não se movia e ela fechou os seus olhos com a esperança de sobreviver ao acontecimento. Ela virou a sua cabeça para o lado direito e levantou o seu braço em direção aos olhos do lobisomem, abrindo os olhos para vê-lo, ele estava prestes a arranhar o meio de seu pescoço quando um raio vermelho irrompeu da varinha de Aurora e atingiu os seus olhos alterados pela transformação.
O lobisomem correu com os olhos ardentes. Aurora soluçou devido ao seu choro de angústia e aflição, e sentiu o seu corpo adormecendo. Antes que tentasse se levantar do chão do jardim, ela desmaiou.
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COURAGE - REMUS LUPIN
قصص الهواةEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...
CAPÍTULO SEIS
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