Escolhida pelo destino. - Livro 2.

Capítulo 45.

— Mas o que Eric tem a ver com isso? Tipo, eles se conhecem?

— Acho que sim. - Dou de ombros. - Mas não sei nada sobre isso.

— Nossa por que escondeu isso de nós esse tempo todo?

— Porque Declan não queria que eu falasse sobre ele, mas parece que ele não se importa mais, mas só quem o vê sou eu e Ryan... Até hoje não entendo porque ele deixou Ryan o vê. - Junto as sobrancelhas.

— Coisa boa não deve ser... Na verdade, bom ele não deve ser, se está lacrado.

— Eu penso isso sempre.

— Seu pai sabe disso?

— Não... Você poderia dizer a todos sobre o assunto? Não estou com cabeça para lidar com a ira de meu pai hoje. - A fito.

— Claro que sim. - Pega em minha mão. - Bom, eu vou me preparar, seu pai conseguiu dois carros, vamos voltar para casa hoje à noite.

— Verdade? Nossa que alívio, sinto falta do meu quarto.

Ela se levanta e sorri gentilmente, vai até a porta e sai, continuo deitada na cama sem saber o que fazer, acho que me sinto perdida nesse momento. Fico assim por horas, mas logo Jack veio me chamar para irmos embora, me levanto, vou ao banheiro e deixo o quarto, na recepção me despeço de Daniel e deixo meu contato com ele.
Os carros foram divididos de forma justa, John, Lorena e Jenny em um e Eu, Ryan, Jack e Nicole em outro, ainda bem, ficaria louca se ficasse dentro de um carro por horas com Lorena ao meu lado, John quem fez a divisão para proteger Jenny, como ele é o mais velho, também é o mais habilidoso, e claro, estaremos logo atrás o seguindo.
Jack e Nicole entra no banco de trás e antes de entrar no carro fico na frente da porta e tento conversar com Ryan, ele me fita friamente e nada diz.

— Você vai mesmo dirigir? - O fito.

— Não posso? Tenho anos de experiência nisso. - Suspira.

— Você me entendeu... Por que está sendo tão frio comigo?

— Porque sou um vampiro. - Suspira e pega em meus ombros. - Por favor, entra no carro e vamos logo, eu só quero ir para casa.

Assenti ao ouvir suas últimas palavras e entro no carro, começamos nossa viagem no puro silêncio, em alguns momentos Jack fez algumas piadas para nos distrair, mas Ryan continuou sem reação, seu olhar ficou para frente, distante, como se tudo nele, tivesse se perdido. Me deito no banco olhando a janela, está tudo em silêncio e acabo adormecendo com isso. Acordo com uma freada brusca que Ryan dá, meu corpo vai para frente, mas é segurado pelo cinto.

— O que aconteceu? Por que freou desse jeito? - O fito e ele não diz nada, saindo do carro em seguida.

Saio do carro também e o vejo correr floresta a dentro, ainda é noite, então ligo para John e peço que espere, pois Ryan fugiu, digamos assim.

— O que há com ele? - Diz Jack ao sair do carro.

— Amor eu te conto depois. - Diz Nicole ao sair do carro.

— Por que ele freou dessa forma? O que aconteceu? - Digo confusa.

— Não sabemos, acordamos no susto também, não sei se tinha algo na estrada. - Diz Jack. - Quer que eu vá atrás dele?

— Não... Deixa-o. - Respiro fundo. - Vamos esperar ele voltar.

Eles assentiram e entraram novamente no carro, subo no capo e me deito, o céu está lindamente estrelado, fazia muito tempo que não me conectava com as estrelas e a natureza. Fecho meus olhos e sinto a brisa que passa levemente por meu rosto, a estrada está vazia, então posso ouvir os sons da natureza, saio do meu transe quando batem na parte de cima do carro.