Capítulo 26.

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Ryan Norhan.

A fito e pela primeira vez, sinto meu peito doer, eu sei o que aconteceu com Ana e me culpo por isso, talvez eu pudesse ter impedido de alguma forma ou até mesmo perceber que vampiros demais, é confusa na certa. A aperto de forma desesperada, pois sei que seu mundo está caindo aos poucos, na verdade, estou com medo, pois Sarah sempre teve um coração enorme.

— Eu sinto muito, Sarah. - A abraço como única tentativa de consolo.

— Não... Isso não. - Ela grita de forma dolorida.

A mesma cai de joelhos e meu corpo a acompanha sem que a solte, ela luta para sair, mas quando sua tristeza invade, suas forças se vão, a deixando mole em meus braços. Me sinto mal, pois eu não consigo imaginar a dor que está sentindo, uma dor que nos tira a força e nosso chão. Fito Jack colocar o corpo de Ana no chão e com muito pesar solto Sarah, que se arrasta até ela em prantos, fito Jack e o mesmo apenas me mostra sua tristeza, afinal, seus pais.

— Não... Você não pode me deixar assim. - Abraça o corpo de Ana e apenas me levanto.

Dou alguns minutos para que, talvez, consiga aliviar um pouco de sua dor, mas vejo que só aumenta e Sarah cai ainda mais em pranto, então vou até ela e a pego em meus braços, algo que ela nem ao menos lutou.

— Alguém me fala que ela está viva, por favor... Ela vai acordar, não vai? - Me fita de um jeito que nunca quis, mas nada digo. - Não, não, não. - A mesma se solta e volta a ficar junto ao corpo de sua amiga.

— Sarah temos que ir. - Pego em seu ombro.

— Não... Eu não vou deixá-la. - Grita.

— Não podemos ficar aqui. - Diz Jack.

A pego em meus braços com força e faço um sinal para Jack, que entende sem esforços. Uso minha velocidade e paro em frente ao meu carro, que deixei um pouco distante da festa, digamos que não queria chamar atenção. Abro a porta do passageiro e tento coloca-la sentada, mas a mesma insiste em se levantar e sair do carro, não quero machuca-la, então a encosto na porta traseira e a fito.

— Você tem que se acalmar... Jack vai levá-la para a mansão, mas se você não se acalmar, eu vou ter que tomar outras medidas. - Digo impaciente.

— Me acalmar? - Grita e a coloco no banco sentada e passo o cinto por seu corpo. - Minha melhor amiga está morta e eu não pude fazer nada. - Chora. - Me tira daqui agora.

Nada respondo, pois não sei o que dizer, eu entendo o que está sentindo, mas quero seu bem acima de qualquer coisa. Mas ela está fora de controle, pois tenta tirar o cinto e ao impedi-la, sou jogado em uma árvore por seus poderes, a vejo correr e uso minha velocidade para alcança-la e envolver meus braços em seu corpo.

— Você não me deu outra escolha. - Digo a ela e cravo minhas presas em seu pescoço.

Seu sangue invade minha boca e o gosto é melhor do que um dia imaginei, agarro seu pescoço e vou bebendo mais rápido, pois meu desejo é grande. Paro ao perceber que estou indo longe e Sarah já está desacorda e branca, tiro meus dentes de seu pescoço e verifico se está viva, me condenaria se a matassem, mesmo a morte sendo um alivio para ela. Suspiro aliviado e a pego em meus braços, a levando para o carro e logo para casa.

(...)

Após Nicole me ajudar a preparar Sarah em sua cama, me sentei em sua janela e fiquei olhando a noite ir embora. Fico pensando no sabor de seu sangue e minha mente já começa a se perder, aquele desejo de beber o sangue de Sarah só aumentou e me deixou mais descontrolado. Ouço um movimento na cama e sei que a mesma acordou, evito de fita-la nesse momento, não sei, eu quase a matei.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Where stories live. Discover now