Capítulo 33.

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Coloco o telefone no gancho sem tirar os olhos dele, o mesmo sorri de canto e guarda seu celular no bolso. Logo me encontro na parede a centímetros de distância de seu rosto, fito aqueles olhos esmeraldas sem dizer nada, não pude evitar de sorrir ao vê-lo.

— Agora olha nos meus olhos e diz que estava fazendo trabalho. - Sussurra.

Não prestei muita atenção no que disse, pois seu perfume amadeirado me hipnotiza junto aos seus olhos esmeraldas, sua pele branca e sua barba perfeitamente feita, me tiram o juízo. De repente Ryan se afasta com aquele sorriso malicioso que só ele tem e logo meu pai entra na cozinha calmamente.

— Chegou rápido. - Diz John ao fitá-lo. - As meninas estão bem?

— Sim, as coloquei em um lugar seguro, tive ajuda de alguns vampiros da região para tirá-las de Paris.

— Onde estão agora? – John ergue sua sobrancelha.

— Bruxelas, foi até onde conseguimos trazê-las, por isso cheguei rápido, mas estão seguras com outros vampiros, vamos tentar trazê-las pelo menos até Londres ao decorrer da semana.

— Ótimo, então temos que nos preocupar com Jack e Nicole… Eles estão localizados em Londres.

Fico quieta só ouvindo a conversa dos dois, mas não vou ficar por fora, depois de sair daquela hipnose de Ryan, consigo pensar novamente.

— Precisamos de um plano. - Digo rápido e eles me olham juntos, será que meu pai não me viu aqui?

— Certo, se preparem, hoje a noite partiremos e já colocaremos algum plano em ação.

John se retira, deixando somente eu e Ryan na cozinha, ficamos em silêncio por alguns minutos e logo fitamos um ao outro. O mesmo começa a se aproximar lentamente de mim sem expressão alguma no rosto, suas mãos gélidas cobrem meu rosto e seus lábios se aproximam dos meus. Porém, antes que ele possa me beijar, desvio dele rapidamente, seu olhar para mim é confuso e com uma mistura de raiva.

— Caramba, eu só queria te bei… - Para de falar ao ver quem está atrás de nós.

— Eu não vi nada. – Lara sorri e se vira.

Nesse momento, devo estar mais vermelha que um tomate, que vergonha, quase que ela nos pega no ato. Me retiro da cozinha sem dizer nada e nem para Ryan olho. Abro a porta do meu quarto e levo um susto ao vê-lo já em meu quarto, fecho a porta e o fito.

— Você poderia parar de me assustar desse jeito? – O mesmo se aproxima lentamente e coloca suas mãos em meu rosto.

— Será que posso te beijar agora ou mais alguma coisa vai atrapalhar? - Sussurra.

— Espero que não. - Sorri.

Seus lábios se juntam aos meus de um jeito possessivo, sinto a mistura de saudade e desejo, era tudo que queria a dias. Essa sensação que me passa a cada toque, me deixa cada vez mais perdida, mais apaixonada, não sei como foi seu passado, mas o quero em meu presente.

— Estava com saudades. – Ryan diz ainda ofegante.

— E você sabe o que isso significa? - Sorri.

— Sim, eu sei o que significa e sei também que você anda muito saidinha. - Ergue a sobrancelha.

— Mas o que eu fiz?

— Descobriremos na segunda-feira que vem, quando fomos para a faculdade. – Se afasta e beija minha mão.

— Como assim fomos?

— Você acha mesmo que te deixaria sozinha com Carlos a solta? - Revira os olhos.

— Carlos não é uma ameaça, se eu quiser acabo com ele em um piscar de olhos… Agora ameaça mesmo, é uma certa loira recém-criada. – Cruzo os braços.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Where stories live. Discover now