Capítulo 35.

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— Eu não sei… Fomos cercados por lobos, fui para um lado e ele para outro. - Suspiro e pego em seus ombros. - Mas garanto de que ele está bem.

— Como vocês foram cercados? E por que me deixaram aqui sozinha?

— Estávamos procurando comida, animais… E claro frutas para você, você estava dormindo e segura, então te deixamos por alguns minutos. – Suspiro. - Fomos cercados por lobos e fugimos, ainda bem que eles não vieram para esse lado… Vim te procurar mais cedo e não achei, como a bolsa ainda estava aqui, eu jurava que eles tinham te pego. - Coloco as mãos em seu rosto. - Você não sabe o quanto fiquei preocupado.

— Você está bem? Te machucaram? – Pega em meu corpo a procura de machucados.

— Calma, eu estou bem. - Sorri.

— Ainda bem. - Sorri. - E o que faremos agora? Procuramos meu pai ou esperamos? – Me fita.

— Vamos esperar, se ele fugiu, não deve ter ido longe. – Olho ao redor. - Vamos esperar algumas horas e depois vamos procurá-lo.

— Tudo bem. – Suspira.

— Vem aqui. -  A abraço. - Vai ficar tudo bem.

A aperto em meus braços e sinto vontade de desabafar, é como se meu coração pedisse isso, sei que ela vai me ouvir, mas não consigo. A solto e coloco as mãos nos bolsos, fito o chão por alguns minutos e não sei o que dizer.

— Eu vi os lobos, eram os mesmos que me atacaram, lembra? – Diz quebrando o silêncio.

— Sim… Foram exatamente eles que nos atacaram. – Levanto meu rosto, mas ainda não a fito.

— Então podemos acabar com eles, da última vez quase matei um deles. – Sorri e a fito.

—  Até poderia ser, mas não sabemos quantos mais há por aqui. – Beijo o topo de sua cabeça.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e por algum motivo, não consigo me expressar.

— Eu vi Victor com eles.  – Olha ao redor, como se estivesse incomoda com a situação. - Não acredito que ele estava por trás disso.

Passo a mão em meus cabelos, já surtando, eu sei quem vi e isso me perturba da pior forma, é como se estivesse em um pesadelo.

— Ryan o que aconteceu? Por que está tão nervoso, fiz algo? – Se aproxima e pega em meu rosto.

— Droga, droga, droga. – Me afasto. – Não, você não fez nada. – Esbravejo.

A mesma se afasta assustada e para descontar minha raiva, quebro uma árvore em socos.

— Me desculpe. - Respiro fundo. - Não é Victor quem você viu.

— Como não? É algum transformista? - Diz confusa.

— Também não. – A fito de longe.

— Então não faz sentido a pessoa é igual a Victor, não tem como não ser um transformista. – Para de Falar. - Espera um pouco… Você vai dizer que aquele homem é… - Fica quieta.

Fico em silêncio e apenas assinto, a mesma fica quieta e parece pensar sobre, será que vai acreditar em mim?

— Espera, você está me dizendo que aquele é seu pai? - Diz boquiaberta. - Mas isso é impossível, ele está morto.

— Eu também achava que estava, não entendo, eu me lembro dele sendo enterrado junto a minha mãe. - Passo a mão em meus cabelos.

— Você tem certeza de que é ele? Porque mortos não levantam e saem andando por ai.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Where stories live. Discover now