Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2

Capítulo 26 - Mari

Tony ligou para o Rafa e depois me chamou para irmos. Chegamos ao hospital em poucos minutos. Fui direto saber sobre meu irmão e Alice. Graças a Deus minha cunhada estava bem. Tavinho estava estável, mas o seu estado era considerado grave. Fiquei totalmente abalada.

Tony ficou o tempo todo ao meu lado, sendo meu porto seguro. Não sei como seria se ele não estivesse comigo. A minha força vinha dele.

Já era de madrugada quando entramos em meu apartamento. Ele me despiu e vestiu como se eu fosse uma garotinha indefesa.

Deitei em minha cama e pedi aos anjos para que meu amor se deitasse comigo. Estava sem força até mesmo para pedi-lo para ficar esta noite comigo. Para minha felicidade se deitou do meu lado e puxou meu corpo encaixando perfeitamente ao seu.

Desde este dia dormíamos todas noites juntos. Tony me ninava até que meu sono chegasse.

Sempre acordava com duas esferas da cor do mar me olhando. Ele sorria, beijava minha testa me dando bom dia. Era a melhor parte do meu dia.

Depois de algumas semanas, finalmente meu irmão acordou do coma induzido e logo receberia alta. Eu fiquei em estado de êxtase elevado. Alguns dias antes eu estava explodindo de alegria porque iria ser titia. Alice tinha recebido alta e descobriu estar grávida de gêmeos. Aos poucos a felicidade estava voltando a preencher a minha vida. Para ficar completa só faltava ter meu amor de volta.

Aproveitei que hoje mamãe estava no hospital e a convidei para almoçarmos juntas. Estava precisando desabafar. Depois de tudo que aconteceu nesses últimos meses com o pai do Tony, Alice e Tavinho comecei a pensar muito sobre a vida.

Saí do escritório um pouco antes, pois queria ver meu irmão e comprar uma lembrancinha para as minhas sobrinhas. Algo me dizia que ia ser duas menininhas que viriam para alegrar mais ainda nossas vidas.

Passei em uma loja de bebê, no shopping, e comprei dois vestidinhos que tinha escrito “Eu sou da titia”. Eu irei mimar muito minhas duas princesinhas.

Cheguei ao hospital e encontrei com Alice no corredor. Aproveitei para entregar os presentes das minhas sobrinhas antes de ir ver meu irmão. Ela ainda não tinha contado para ele da gravidez. Quando leu a frase abriu um sorriso de todo tamanho e disse que era a minha cara. Que estava perdida comigo. Entramos no quarto rindo.

Dei um beijo no Tavinho e na mamãe. Ele estava bem melhor do que ontem. Conversamos um pouco e me despedi dele e da Alice, e saí junto com minha mãe para almoçarmos.

O caminho para o restaurante foi em total silêncio. Estava nervosa sobre a conversa que teríamos. Ela parecia saber do que se tratava, pois via pela minha visão periférica que me olhava o tempo todo.

Depois de alguns minutos estacionei em frente ao nosso restaurante favorito, entreguei a chave para o manobrista e entramos. Pedi uma mesa mais reservada, pois não queria ninguém próximo escutando nossa conversa.

Fizemos nossos pedidos e mamãe fez a pergunta que não queria se calar.

— O que está acontecendo minha filha? Por que está tão nervosa?

— Sinceramente não sei. Estou tão confusa. — Falei de cabeça baixa.

— É sobre você e o Tony, não é? — Olhei para ela surpresa.

— Como você sabe?

— Querida, eu sou sua mãe. Eu sei tudo sobre você. E no dia que foi para o Canadá o Tony esteve lá em casa te procurando. Nós conversamos. — Fiquei chocada em saber que ele foi atrás de mim. Sobre o que será que eles conversaram? — Eu sempre soube sobre vocês dois. Estava estampado no jeito que um olhava para o outro.