Capítulo 24 - Mari

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* * *  * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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Há muito tempo não dormia tão bem. Para ser exata, desde que Tony e eu terminamos. Sentir seu corpo quente colado ao meu me trazia uma sensação de paz e tranquilidade. Ao mesmo tempo que eu estava apoiando-o e confortando-o por causa da perda do seu pai me sentia confortada por ele. Sua dor era como se fosse minha. Eu já sabia que o amava, mas agora soube a intensidade desse amor. A falta dele em minha vida só fazia meu coração sangrar cada vez mais. Só que ainda não era o momento para falarmos sobre nós. Não estava preparada para lidar com todo esse sentimento. Primeiro, precisava me acostumar com tudo que estava sentindo para depois poder me abrir com ele.

Estava tendo um sonho lindo em que estávamos novamente juntos e felizes quando meu celular tocou me despertando na melhor parte. Abri os olhos assustada e o peguei no criado mudo.

— Alô? Oi Joca! — Virei-me para o belo exemplar de homem ao meu lado. — Sim, ele já acordou! Tudo bem. Nós vamos nos arrumar e encontramos com vocês. Ok. Até mais. — Encerrei a ligação e fiquei admirando-o.

— Bom dia! — Deu-me o sorriso que eu tanto amava.

— Bom dia! Conseguiu dormir?

— Depois do sossega leão que você me deu? Com certeza.

— Desculpa Tony, mas era preciso. — Disse sem graça. — Vamos tomar banho que precisamos ir para o enterro. — Ele assentiu com um olhar triste que partiu meu coração e saiu para tomar seu banho. Doía-me vê-lo sofrer assim. Se eu pudesse pegava toda sua dor para mim.

Enquanto ele tomava seu banho, fui em meu apartamento e tomei um banho. Coloquei um vestido preto clássico na altura do joelho quando voltei fiquei na cozinha conversando com a Nana até que quarenta minutos depois Tony chegou. Se não tivesse sentada tinha caído. Ele estava simplesmente LINDO. Nunca tinha o visto em um terno antes. Meu corpo reagiu instantaneamente quando meus olhos percorreu o dele. Ignorei as sensações que começava a sentir e fui em sua direção.

— Você vai tomar café aqui mesmo, ou prefere comer algo no caminho? 

— Estou sem fome. — Droga! Ultimamente era assim. Sempre estava sem fome. Mas a Nana insistiu e ele acabou comendo uma maça.

Durante todo o percurso até o cemitério Tony foi segurando minha mão. À medida que íamos nos aproximando o sentia ficar tenso. Quase quarenta minutos depois estacionamos o carro e estávamos entramos na pequena capela onde o corpo do senhor Kellan já se encontrava.

Assim que chegamos o Padre começou a missa. Suas palavras sobre morte e vida eram lindas. Fez-me pensar sobre tudo que aconteceu e estava acontecendo entre Tony e eu.

Durante toda a cerimônia ele ficou abraçado a mim e lágrimas desciam por seu rosto.

Assim que o Padre deu sua benção final foi anunciado que o caixão seria fechado. Tony se afastou de mim e foi se despedir do seu pai.

Fui para perto dos meus pais e quando olhei de novo em sua direção meu coração doeu com a cena que vi. Ele estava abraçado ao corpo do senhor Kellan e chorando. Fiz menção em me aproximar dele, mas mamãe me impediu.

— Mamãe ele precisa de mim. Me solta. — Pedi em meio as lágrimas.

— Filha, calma. — Mamãe disse me abraçando forte. — Tony precisa se despedir do pai sozinho querida.

— Mas eu quero estar do lado dele.

— Eu sei meu bem. Depois você pode ficar todo o tempo que quiser ao lado dele, mas agora ele precisa ficar sozinho. — Funguei e assenti. Ela tinha razão. Mas doía vê-lo assim. Sentia-me uma inútil.

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora