Capítulo 21 - Tony

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* * *  * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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Eu não podia acreditar que depois de três meses estava sentindo novamente o cheiro da mulher da minha vida e o calor do seu corpo unido ao meu.

Quando abri a porta e me deparei com a visão mais linda do universo quase caí para trás. Cheguei a pensar, por poucos segundos, que estava sonhando.

Mari estava mais linda que da última vez que nos vimos, ou melhor, que eu a vi. Ela estava com um novo corte de cabelo e eles estavam claros realçando ainda mais o azul dos seus olhos.

Eu fiquei totalmente sem reação e confuso ao vê-la parada ali à minha frente. Meu coração batia acelerado no peito.

Ficamos nos encarando por alguns minutos, que pareceram uma década até que senti seus braços me envolvendo e não consegui me controlar. Deixei todas as lágrimas que não derramei nesses últimos meses e chorei pela dor de tê-la perdido e de estar perdendo meu pai. Ela chorou junto comigo. Nossos corpos pareciam um só.

Eu senti a falta dela mais do que pensava. Pensei que eu era forte para lidar com tudo sozinho, mas tê-la aqui comigo me fez perceber que só sou forte mesmo quando ela estava do meu lado.

Lembranças dos momentos bons que tivemos vieram à mente. Era como se esses últimos meses não tivessem existido.

Deixei por alguns minutos que minha mente esquecesse tudo e me permiti ser confortado por ela deixando toda a dor ir embora com nossas lágrimas que escorriam livremente. Não pensei em nada, apenas me concentrei no momento.

De repente Mari se afastou um pouco me fazendo sentir falta do calor do seu corpo. Ela me olhou com os olhos marejados. Vi minha própria dor refletida em seu olhar.

— Tony, seu pai... partiu? — Sua voz falha.

— Não, mas ele está muito mal — disse com as lágrimas escorrendo novamente pelo meu rosto. — O médico disse que não tem mais nada que possa fazer para ele.

— Eu sinto muito, Tony. — Mari passou a mão pelo meu rosto enxugando minhas lágrimas com seus dedos. Fechei os olhos ao sentir seu toque.

Sem consegui mais me conter, segurei seu rosto entre as mãos e olhei em seus olhos. Ela balançou a cabeça em negativa, sabendo o que estava preste a fazer. Ignorei completamente o seu apelo e grudei meus lábios nos seus. Passei minha língua por eles lhe pedindo passagem, mas ela estava resistente. Comecei a morder e chupar seu lábio inferior. Sem aguentar Mari entreabriu sua boca me dando liberdade para explorá-la e agarrou meu cabelo me puxando mais para perto de si.

Como senti falta do seu sabor. Beijei-a de forma lenta e calma. Era um beijo apaixonado cheio de saudades, mágoa, raiva, arrependimento e amor.

De repente ela se afastou quebrando nossa ligação e me olhou ofegante.

— Tony, desculpe-me, mas eu não posso. — Disse com a respiração falhando.

— Mari, eu pensei que... — Mari tocou meus lábios com sua delicada mão.

— Estou aqui como sua amiga. Nada mais que isso. — Merda! Lógico que era somente como um ombro amigo. Ela estava com outra pessoa. Como pude esquecer de que a vi com ele em Toronto?

Levantei ajudando ela a se erguer. Não disse nada. Com certeza ela estava namorando aquele cara, por isso que não havia nós. Apenas Mari e Tony, bons amigos. Foda-se!

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora