Capítulo 26 - Mari

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* * *  * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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As palavras do Tony têm martelado em minha cabeça a cada segundo do meu dia. Elas mexeram mais comigo do que eu imaginava. Hoje era o segundo dia que não o via, desde que cheguei de Campinas. Eu precisava pensar em tudo que havia me dito e com ele próximo demais seria impossível.

Depois de tomar um banho peguei meu telefone para lhe enviar uma mensagem vi que tinha dez ligações perdidas do meu pai. Um frio percorreu minha espinha no mesmo instante e meu coração começou a acelerar. Alguma coisa me dizia que algo tinha acontecido. Disquei seu número.

— Alô? Papai aconteceu alguma coisa? — Perguntei angustiada.

— Minha filha, o seu irmão levou um tiro. — Tentou soar calmo, mas eu o conhecia muito bem para saber que era tudo fingimento.

— Tiro? Como assim? O que houve? Em qual hospital que ele está? — Fiz uma pergunta atrás da outra já com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Calma querida. O ex da Alice tentou sequestrar ela e atirou nele.

— Como ele está papai? — Minhas palavras saíram em meio ao soluços.

— Ainda não sabemos. Acabamos de chegar. Estamos esperando o médico vir conversar conosco. Calma meu amor, vai ficar tudo bem com nosso menino. — Escutei mamãe chorando ao fundo e papai tentando consolá-la.

— E a Alice?

— Ela ainda está inconsciente. O médico está examinando-a.

— Em qual hospital vocês estão. Estou indo agora mesmo encontrá-los.

— Filha, você não está em condições de dirigir. Fique aí que eu te ligo quando tiver notícias.

— Nem pensar papai. Eu vou, nem que eu tenha quer ir de hospital em hospital procurando. — Era meu irmão. Precisava ficar ao seu lado.

— Tudo bem, mas pelo menos pegue um táxi. Não venha dirigindo, não quero outro filho internado. Estamos naquele hospital que te trouxemos quando quebrou o pé.

— Ok! Daqui a pouco aí. Te amo. Beijos.

— Também te amo meu querida.

Encerrei a ligação, terminei de me vestir, peguei minha bolsa e saí. Não conseguia parar de chorar. Tentava não pensar em coisas ruins, mas a possibilidade de perder o Tavinho me assombrava.

Dentro do elevador, involuntariamente, apertei o andar do Tony. Eu precisava dele do meu lado. Além de que era amigo do meu irmão também.  

Minutos depois, que mais pareceram horas, eu tocava sua campainha de forma impaciente até que finalmente ele atendeu. Antes mesmo de abri-la completamente me joguei em seus braços chorando mais ainda.

— Tony, O Tavinho... Ele... O Tavinho... — As palavras mal saíram por causa do meus soluços.

— Shiiii, não chore baby. Fique calma, o que aconteceu com o Otávio? — Perguntou me levando para sentar.

Eu chorava muito. Meu corpo tremia com os soluços. Tony fez menção de levantar, mas eu pulei em seu colo. Não o queria longe de mim. Precisava senti-lo perto.

Nana apareceu com um pouco de água com açúcar. Tomei tudo e aos poucos fui me acalmando. Contei-lhe tudo que tinha acontecido, ou pelo menos tentei. Mesmo estando mais calma não consegui contar direito.

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora