Capítulo 17 - Tony - Parte 02

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* * * *  * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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Ligo de volta para a Mari, mas cai direto na caixa postal. Além de desligar na minha cara, ela desligou o telefone. Isso não vai ficar assim. Ah! Mas não vai mesmo!

Desço os dois andares de escada até chegar ao seu apartamento. Estou tão puto com ela que não tive paciência de esperar o elevador chegar. Toco a campainha e nada dela atender. Só pode estar me evitando. Começo a esmurrar a porta enquanto continuo tentando ligar para seu telefone. Cai novamente na caixa postal. Alguns vizinhos saem para ver o que está acontecendo. Merda! Volto para o meu apartamento bufando. Já chamei atenção demais por hoje.

Meu pai está na sala vendo TV. Passo por ele sem dizer uma palavra. Ele apenas me olha. Entro em meu quarto e caio na cama. Tento ligar para a Mari, só que mais uma vez a secretária atende.

O que será que aconteceu? Porque gritava e me xingava? Nem consigo lembrar direito o que ela disse de tão nervoso que estou.

Calma Tony, pensa... Pensa Tony... O que pode tê-la deixado tão irritada?

Passo as mãos pelos meus cabelos. Ela disse algo sobre o Dark. Espera? Como ela soube que ontem eu estive lá? Mil vezes droga. Agora está explicado o porquê da sua raiva. A Mari deve estar querendo arrancar as minhas bolas.

Tony, seu burro e idiota, a Mariana tem toda razão de estar puta da vida com você.

Ligo novamente para ela e nada. Preciso explicar que não aconteceu nada. Fui apenas conversar com um amigo. Sei que não é desculpa ter ido para o Dark ao invés de procurá-la, mas não podia deixá-la me ver tão fraco.

Resolvo “acampar” em frente à sua porta. Em algum momento ela vai ter que entrar ou sair desse apartamento. Sento-me no chão e me encosto em sua porta. Passo o domingo todo enviando mensagens e ligando. Mas nem um sinal dela. 

Alguns vizinhos passam e encaram-me curiosos. Devem pensar que sou louco. Fodam-se todos eles. Não ligo para o que pensam. Se eu tiver que ficar aqui a noite toda a esperando, tudo bem, eu fico. Preciso conversar com meu anjo.

As horas vão passando e nada da Mari chegar. O sono e o cansaço começam a bater até que adormeço.

— Filho, acorde — acordo assustado. — Levante. Vamos para casa.

— O que aconteceu? Cadê a Mariana? Que horas são? —Faço uma pergunta atrás da outra.

— Você acabou pegando no sono. Não sei da Mariana. Vamos para casa. Amanhã você conversa com ela. Está tarde, já passa da meia noite. Vem que eu te ajudo — meu pai tenta me ajudar a levantar, mas como está muito fraco faço a maior parte da força. Ele emagreceu bastante devido sua doença.

Chegando ao meu apartamento ele me pede para que coma alguma coisa, mas estou totalmente sem fome. Agradeço e vou direto para o meu quarto. Estou exausto. Todo meu corpo dói. A raiva por ela estar me ignorando é substituída por preocupação. O medo de algo ruim ter acontecido a ela bate em cheio no meu coração. Ligo novamente e deixo uma mensagem de voz em sua caixa postal. A ligação é encerrada quase não dando tempo de falar. Deve estar lotada de mensagens minhas. Aguardo alguns minutos por uma resposta sua, mas nada chega. Decido então tomar um banho e ir dormir. Amanhã tento falar com ela novamente.

Durante o banho fico pensando como a Mariana ficou sabendo que estive na Dark. Será possível que me seguiu? Não. Ela não é esse tipo de mulher. É ridículo pensar isso. Espanto esses pensamentos e termino meu banho. Estou tão exausto que mal tenho forças para vestir minha boxer. Desabo na cama e logo sou pego pelo o sono.

Atração do Amor - Série Artimanhas do Destino #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora