Parte II: O Namoro

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Parte II

Junho, 2001

Eu estava nas nuvens!

Finalmente eu tinha encontrado coragem e o momento certo para beijar a Mel e foi incrível!

O beijo dela é o melhor beijo do mundo, seus lábios são tão macios, nossas bocas se encaixam perfeitamente e o dançar de nossas línguas é uma sincronia perfeita. Como se isso tudo só não bastasse, a Mel ainda acariciava a minha nuca e subia a mão pelo meu cabelo enquanto beijava, me fazendo querer prolongar mais e mais o tempo a beijando e não conseguindo parar. Sentir seu corpo colado ao meu, seus braços em volta do meu pescoço e eu a puxando mais para mim com meus braços em volta da sua cintura.

Nem nos meus melhores momentos imaginando como seria beijá-la, saber como era o seu beijo, como seria sentir seus lábios nos meus e a sua língua procurar a minha, eu tinha imaginado algo assim.

Era muito melhor!

O nosso beijo não era um beijo apressado, pois o mundo parava ao meu redor quando eu a beijava. Eu não tinha pressa e não queria parar de beijá-la, mas era calmo, porém intenso, um beijo apaixonado, da minha parte, claro. Eu não sabia se ela também estava apaixonada e eu não ia perguntar, ia deixar que ela me falasse se estivesse, e se eu ia falar a ela que eu estava?

Talvez eu dissesse... algum dia, ou se ela falasse primeiro.

Além do mais, apesar de nos conhecermos a tanto tempo, esse sentimento entre nós dois, essa atração que estávamos sentindo um pelo outro, era novo, era cedo demais para eu dizer que eu estava apaixonado por ela, apesar dela me conhecer tão bem, eu não queria assustá-la e queria ir com calma, não queria apressar nada, apesar de já ter em mente que eu queria namorar com ela, bastava saber se ela queria o mesmo.

Mel não era garota para apenas ficar, de curtição e largar depois, até mesmo o Steve sabia disso e eu concordava, mas eu tinha que saber primeiro se ela estava na mesma sintonia que eu estava, e claro, como eu iria contar para dona Sylvia o meu interesse em namorar a Melanie.

Eu achava que essa seria a pior parte.

A minha mãe daria uma festa, com direito a fogos de artifício e ainda convidaria a Cindy só para afrontar e esfregar meu namoro com Melanie na cara dela.

Então para não dar chance para minha mãe fazer nada disso, ou parecido, eu teria que contar a ela em alguma ocasião em que ela não conseguisse me deixar constrangido, se bem que eu sabia que isso seria inevitável, porque ela me constrangeria de qualquer jeito.

A festa de aniversário do Max foi a melhor festa que eu fui, nem a minha, da qual foi vista por todos que estiveram lá como a melhor festa, ganhou para o aniversário do Max, obviamente, apenas para mim, porque foi ali na festa dele que eu beijei a Mel.

Depois que nos beijamos novamente, nossos amigos se aproximaram da gente. Max que já estava perto de nós dois, foi o primeiro a dizer alguma coisa.

"Até que enfim!", foi o que ele disse com um leve sorriso.

Os outros nos zoaram do mesmo jeito, com piadinhas por termos demorado tanto, mas estavam felizes por nós dois.

Eu e a Mel não nos desgrudamos depois disso e passamos a festa inteira juntos, como casal.

Antes da festa acabar, nós fomos embora e eu a levei até em casa, parei o carro em frente ao portão da casa dela, puxei a trava de mão e ela desafivelou o cinto e virou o corpo para mim mordendo o lábio e olhando para baixo.

— Posso te fazer uma pergunta? – Ela perguntou e levantou o olhar.

— Claro que sim. – Recostei a cabeça no encosto do carro admirando seus belos pares de olhos esverdeados.

Obsessão: A História de Phillip Thompson - Vol.1Where stories live. Discover now