Capítulo 15

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Depois de colocar Anne na cama volto para o flat

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Depois de colocar Anne na cama volto para o flat. Meus pensamentos estão em conflito, mas essa não é uma decisão que cabe a mim. A escolha está nas mãos de Jennifer. Apoiarei qualquer que seja sua decisão, e se essa sujeira respingar nos negócios darei um jeito de reverter. O que eu faço é transformar problemas em soluções. A única coisa que não posso permitir é essa distância que ela quer colocar entre nós.

Chego ao flat e encontro-a ainda dormindo, enrolada sob os lençóis. Dispo-me de minhas roupas e me deito a seu lado. Ela se enrosca em meus braços, apoia a cabeça em meu peito, suas pernas se enroscam nas minhas.

Sinto meu coração saltar no peito, e um sorriso torto vem aos meus lábios. Jennifer pode querer tentar se afastar, mas seu corpo a direciona até a mim.

Afasto uma mecha de cabelo e faço uma pequena prece para que nosso amor seja forte o suficiente para enfrentar tudo isso. Eu a amo. Não, a palavra não expressa nem metade do que realmente sinto. Estou me tornando tão dependente dela que chega a ser assustador. Não suportarei viver sem o calor de seu corpo, sua voz doce e melodiosa, sua teimosia, inteligência e bondade. De alguma forma tenho que convencê-la de que ficaremos bem. Desistir não é um traço da minha personalidade.

Não!

O grito ecoou pelo quarto. Seu grito de terror é tão intenso que me despertou imediatamente.

— Não faça isso, por favor!Jennifer está agarrada ao lençol, e lágrimas escorrem pelo seu rosto.

Vejo o pânico e desespero em seu rosto pálido. Isso me destrói.

Não faça isso! — ela volta a gritar. — Deixe-a!

— Jennifer, acorde! — Sacudo-a levemente para não a assustar. — Ei, anjo, acorde.

Não! Não! Não! — ela repete sem parar, me deixando angustiado.

Já presenciei Anne tendo pesadelos, e em meus momentos mais sombrios tive alguns, mas ela parece mergulhada em algo realmente profundo e doloroso. Seu corpo está gelado e suando frio. Suas unhas estão cravadas nas palmas das mãos, e o corpo está rígido e agitado.

— Jennifer, acorde! — Balanço-a mais forte dessa vez. Preciso tirá-la dali, desse estado de devastação no qual se encontra.

Parece estar sendo consumida pelo fogo como pólvora, embora seu corpo continue frio, gelado. Isso me assusta.

— Acorde! Jennifer!

Seus olhos se abrem arregalados, e ela pisca várias vezes como se quisesse se orientar. Fecha os olhos novamente, se contrai e encolhe-se, afasta-se de mim e vai para canto da cama em posição fetal. Aproximo-me com cuidado. Não quero assustá-la, mas seu repentino silêncio me deixa em pânico. Toco em seus cabelos, e ela se encolhe. Sento-me na cama resignado, sentindo-me impotente.

Proibida para mim Where stories live. Discover now