Capítulo 12

1.7K 355 90
                                    

Estamos atrás da casa em frente grande piscina azul em forma de S. Há um amplo quintal gramado e do lado esquerdo um jardim com rosas vermelhas. Tenho um excelente jardineiro que cuida dele duas vezes por semana.

À direita, onde estou, há um espaço gourmet e um grande balcão separando a área da churrasqueira de uma grande mesa de madeira maciça.

Sempre achei esta propriedade muito grande, mas foi mais um dos milhares de caprichos de Sophia. Ela cresceu em uma mansão gigantesca e não aceitaria menos que isso.

Quando Jennifer eu formos para outro estágio de nosso relacionamento talvez eu procure por algo menor e mais aconchegante. Além disso, embora tenha muita esperança, existe a possibilidade de que ela não recupere a visão. Uma casa como essa seria uma armadilha desnecessária.

Desvio o olhar do jardim e observo Anne e Claire brincarem com o cachorro perto da piscina. Normalmente dou folga para a babá nos fins de semana, exceto quando viajo, mas hoje preciso de toda a ajuda possível.

Olho para o relógio e decido esperar por Jennifer na porta da frente. Quando falei com ela pelo celular, dez minutos atrás, estava a caminho com Calvin.

Sigo para entrada e vejo o Jaguar cruzar os portões de segurança. Mal espero Calvin estacionar e já estou abrindo a porta do carro, puxando-a para meus braços.

— Senti sua falta — sussurro em seus lábios.

— Também senti — ela retribui me dando um beijo ardente.

Deus, ela está maravilhosamente linda em um macacão bege e curto, um top branco e sapatilhas. Seu cabelo está preso em uma trança longa.

— Está adorável, Srta. Connor. — Deslizo minhas mãos por sua cintura e belisco sua bunda.

— Comporte-se, Sr. Durant — ela dá um tapa em meu braço — Lembre-se que estou aqui como sua amiga.

Ela se livra de meu abraço sorrindo.

— Onde está a Anne? — ela pergunta e posso notar que está apreensiva.

— Na piscina, lá nos fundos com a babá — seguro sua mão e a conduzo para a parte de trás da casa — Não se preocupe, Jennifer. Tenho certeza que vai dar tudo certo.

Caminhamos lentamente, primeiro porque quero segurar sua mão o máximo possível, segundo para dar o tempo que ela precisa para se sentir confortável.

— Sinto cheiro de rosas. Pelo visto você gosta mesmo delas — ela sorri, lembrando-se da nossa primeira noite.

— Mais à frente há um pequeno jardim — explico — Depois eu a levo até ele.

Aperto sua mão levemente, transmitindo segurança e conforto. Por mais que evite pensar em sua condição, fico contrariado por ela não ser capaz de apreciar a beleza das flores ou o azul do céu.

— Ficaria encantada — ela acaricia minha mão com a ponta do dedo, como se, lendo meus pensamentos, quisesse me confortar também. Escutamos os latidos do filhote, e ela para abruptamente.

— Vamos tentar manter as coisas discretas, tudo bem? — ela me diz apreensiva — Não quero que Anne se sinta confusa.

— Está bem — concordo.

— Neil, até que o divórcio seja finalizado e tudo estiver certo, quero que, para todos, principalmente Anne, sejamos apenas bons amigos — ela diz calmamente.

— Não gosto de mentir para Anne, Jennifer — eu retruco.

— Eu sei, Neil, e entendo seu lado. Mas pense que será por pouco tempo. Não quero que ela pense que estou tirando você dela ou impedindo que tenha uma família — ela diz com veemência — Não quero ser pivô de nenhuma briga e não me sinto bem no papel de amante. Não quero trazer nenhum transtorno ou qualquer coisa que possa impedir o sucesso do seu divórcio e não abrirei mão disso, tudo bem?

Proibida para mim Onde as histórias ganham vida. Descobre agora