CAPÍTULO 12 - FINALMENTE NÓS DOIS

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CAPÍTULO 12 – FINALMENTE NÓS DOIS

Babi

Cheguei em casa, fui para o meu quarto. Peguei meu celular e liguei pra ele... Gabriel!

Pedi que viesse à minha casa, pois queria muito conversar com ele.

Pela sua voz, deu pra notar que ele não estava muito bem por tudo o que aconteceu com sua banda, mas gentilmente me atendeu, foi atencioso e disse que já estava chegando.

Uns vinte minutos depois, Gabriel finalmente chegou e nos sentamos lado á lado num sofá que ficava na varanda.

Nos cumprimentamos com um abraço e um beijo no rosto, bastante carinhoso.

Gabriel

— Vim assim que me ligou. Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado.

Sem pensar duas vezes, ela respondeu: — Terminei com o Leandro.

— Nossa, que chato! – fingi que me comovi, mas dentro de mim houve uma grande comemoração. Era tudo o que eu queria ouvir.

— Desculpa eu ficar te importunando com meus problemas, quando você tem os seus.

— Tá tudo bem, os amigos existem pra isso mesmo. – segurei na mão dela e perguntei: — Como você está ?

Babi sorriu e respondeu: — Estou bem.

— Por que você terminou com ele? – perguntei ansioso por sua resposta.

— Porque... Me dei conta de que não gosto mais dele como antes, sem contar que ele agora tá um saco.

— Concordo contigo.

Rimos e ela cortou de vez esse assunto.

— Agora chega de falar de mim. Como você está se sentindo?

— Olha, se eu falar que estou legal, vou estar mentindo. Estou muito decepcionado com o resultado. Nós ensaiamos muito, foram meses de preparação... Aí entre trezentas bandas, conseguimos ficar entre as cinquenta melhores, depois ficamos entre as dez e no fim, terminamos em segundo lugar. Isso é muito frustrante.

Babi

Me doía demais vê-lo assim tão triste, então tentei dizer palavras confortantes.

— Vocês foram ótimos, incríveis! Deram o melhor que podiam, são vencedores. Vencer duzentas e noventa e oito bandas não é pra qualquer um, e não é só porque ganharam um não que vocês têm que desistir de tudo. Vocês têm muito potencial e na hora certa, cada coisa irá para o seu devido lugar.

— Tem razão, eu não tinha pensado assim. Conversar com você, sempre me faz me sentir melhor. – Gabriel elogiou, sendo bem simpático.

Sorri e retribuí o elogio: — Engraçado, quando eu sinto que as coisas estão complicadas pra mim, melhora quando eu penso em você.

Acho que ele não esperava ouvir isso. Gabriel me olhou surpreso, e tentou se engraçar como sempre fazia: — Então quer dizer que você não me tira da cabeça?

Começamos a rir e eu rebati sem perder o rebolado: — É você que entra nela sem ser convidado.

— Ah é? E quem foi que me convidou pra vir aqui? – ele provocou.

— Então é assim? E quem me convidou pra ir à festa, ao cinema, ao concurso...? – sorri contando nos dedos.

— Na sua conta também tem a sorveteria, não esqueça. – Gabriel tocou na ponta do meu nariz.

— Aquele dia foi só porque minhas amigas estavam ocupadas.

— Sei... E agora? Elas também estão ocupadas? – ele se inclinou pra perto de mim.

Cara, ele tem mesmo o dom de me irritar com essas expressões de ironia.

— Seu chato! Eu só queria saber como você está. – dei um tapinha em seu braço.

— Podia me ligar, mas não, você quis me ver pessoalmente. Sinto que minha presença é muito importante pra você. – Gabriel sorriu mordendo os lábios, bancando o sensual.

Queria confirmar o que ele estava dizendo, mas irritada (Só aparentemente) debati: — Seu convencido! Até parece que é verdade.

— E não é?

— Claro que não! Você que estava se jogando pra cima de mim com aquela parada de "boa sorte".

— Pode até ser, mas foi você que inventou isso e me agarrou. – Gabriel falou se auto promovendo, com o sorriso que eu julgo ser irritante e concluiu: — Mas eu te entendo, não me resiste né? – ele ainda deu uma piscadinha.

— Como é? – aumentei o tom de voz: — Eu não resisto á você? Pelo que eu me lembre bonitinho, você que me agarrou e me deu aquele beijão.

— Qual? Aquele que te deixou sem ar?

Ainda tento entender, como posso gostar tanto de um ser tão chato como o Gabriel? Bom, eu acho que foi esse jeito dele que me encantou.

— Ai, para Gabriel! – pedi um pouco constrangida.

— Tá certo, parei. Mas... Você curtiu não é?

Sorri e afirmei: — E você também.

— Pode ter certeza disso.

Ri e perguntei: — Vem cá, e você não vai me dizer nunca o que significa pimpolha? Ah, lembrei, você já disse que significa "garota chata".



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