CAPÍTULO 9 - (PARTE 2)

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Enquanto isso, no trabalho de Babi...

Babi

— Crianças, sentem! – pedi tentando não berrar.

Nunca os vi com tanta agitação. Um corria pra um lado, outro corria para o outro... E o pior, eles não estão me obedecendo hoje por nada. Mas que pesadelo!

Quer saber, façam o que quiserem. Não quero me estressar hoje, não hoje.

— Gabriel... – suspirei. — Será que ele vem? Incrível como eu me acalmo só de pensar nele. É uma pena que ele só me vê como uma amiga. – lamentei.

Cinco horas da tarde...

Fim de expediente. Eu não sei se quero que ele venha, ou se quero que ele não venha.

Estou nervosa pacas, e não sei porquê. É só um beijo no loirinho...

Aff, tentava me tranquilizar em vão. Fui ao banheiro, ajeitei meu cabelo, passei perfume e batom.

Esperei minhas colegas, para sairmos juntas.

Expectativa! O portão se abriu e quando eu saí... O Gabriel estava lá! A tremedeira foi inevitável, mas acho que consegui disfarçar. Só acho.

Ele estava em frente á escola, em pé, encostado na sua BMW de braços cruzados. Fiquei muito feliz em vê-lo, e ele abriu um sorrisão daqueles, quando me viu.

Eu é claro fui até ele, sendo acompanhada pelas minhas colegas.

—Oi, você veio mesmo. – me animei.

— É, parece que sim.

Sorrimos, e eu o apresentei á elas, que olhavam fixamente pra ele.

— Gabriel, essas são minhas colegas de trabalho. Meninas, esse é o Gabriel.

— Prazer meninas! – disse ele simpático.

Eles se cumprimentaram com um aperto de mãos.

— O prazer é nosso. – respondeu Evellyn risonha.

— Babi, por acaso ele é seu namorado? – perguntou Bianca visivelmente interessada.

— É sim. – respondi sem pensar.

Elas olhavam pra ele descaradamente, estavam praticamente babando. Por um lado, as entendo. Não tem como não olhar para um cara lindo, sarado e perfeito como esse gatinho. Mas por outro lado, estava me mordendo com tanto oferecimento. Agora, mais do que nunca, fiquei feliz por ele ter vencido a aposta.

— Esse carrão é seu, Gabriel? – perguntou Diana, deslumbrada.

— É sim. – ele respondeu, completando: — Podemos ir, amor? – entrou na pilha.

— Vamos! – está mais que na hora, pensei. — Tchau meninas, até amanhã.

— Até. – responderam em coro.

Gabriel como legítimo cavalheiro, abriu a porta do carro pra mim. Eu entrei, ele entrou e deu partida.

— Acho que suas amigas gostaram de mim. – comentou ele, com aquele sorrisinho convencido que sempre me irrita.

— É sério mesmo que você já vai começar? – cortei a dele.

— Tá bom, parei, namorada! – riu.

— Desculpa por isso, é que...

— Você ficou enciumada, eu te entendo.

— Chega Gabriel! – pedi tensa.

— Ok, fato esquecido!

— Não achei que você viria. – mudei completamente de assunto.

— Eu nem notei que você achou isso. – ironizou.

Sorrimos de leve.

— E aí, como foi o seu dia? – perguntei.

— Normal, tranquilo. Ensaiei umas músicas com minha banda, para um concurso que vamos participar.

— Que legal! E quando é?

— Semana que vem.

— Nossa, já está bem perto.

— Nem me lembre. Só de pensar já fico nervoso.

— Vocês são ótimos, vai dar tudo certo.

— Obrigado pela força! E o seu dia, como foi?

Revirei os olhos e disse: — Foi péssimo! Não quero nem lembrar.

Demos risadas, e minha casa chegou.

— E o nosso cinema, ainda está de pé? – ele perguntou me encarando.

— Claro. – confirmei animada.

— Ok, então venho te buscar ás oito, pode ser?

— Tudo bem. Bye, bye.

— Até mais pimpolha.

— Para Gabriel! Só aceito que me chame de pimpolha, depois que me disser o significado. – contestei fazendo charme.

— Á noite eu te explico, eu juro. – riu.

— Melhor, acho que vou procurar no dicionário.

— Não precisa, meu significado é muito mais fofo. – jogou um beijinho.

— Ah é? Quero ver. Então vou indo nessa, vai pensando num significado bem bonito.

— Pode deixar!

Saí do carro, entrei no meu quarto procurando minha melhor roupa, e iniciei minha super produção, mas sem exageros.

Amor Entre AmigosWhere stories live. Discover now