CAPÍTULO 26 - PARTE 2

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(MATHEUS NA FOTO)

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Rafael

Nunca vi o Matheus assim antes. Estava alterado, fora de si.

— Viu o que você acabou de fazer? – eu repreendi o Matheus.

Ele passou as mãos pela cabeça e disse com ar de preocupação:

— Eu perdi o controle, perdi a cabeça.

— O lugar do Gabriel é na Reluz, como você pôde fazer isso, Matheus?

— Eu já disse que perdi a cabeça. – reafirmou mais calmo.

— Você vai ter que se desculpar, nós somos amigos.

— Tô indo nessa, não tenho mais nada pra fazer aqui.

Matheus pegou suas baquetas e saiu. A noite para a banda Reluz, terminou da pior maneira possível.

Gabriel tem que voltar, Reluz não é Reluz sem ele. Isso, porém, só irá acontecer se Matheus reconhecer seu erro e pedir desculpas. O problema é que o Matheus é orgulhoso demais e... Temo que esse seja o fim da banda Reluz.

Gabriel

Definitivamente, não aguento com isso! Nada de positivo acontece! Eu me sinto o pior dos lixos.

Cheguei em casa por volta das onze horas da noite, ignorei o frio que estava fazendo e entrei embaixo do chuveiro, precisava sentir a água gelada caindo sobre meu corpo.

Fechei os olhos e deixei a água cair sobre minha cabeça, talvez assim eu relaxe e consiga pensar em alguma saída para tudo o que tem acontecido.

Babi

É amanhã!

Amanhã finalmente completo vinte anos de idade. Mesmo com todos os problemas que já tive, posso dizer que apesar de tudo, sou muito feliz. Aprendi muito com minhas atitudes certas e mais ainda com as erradas.

Fiz amigos para toda minha vida e encontrei meu grande amor. Um dia, sei que vou realizar meu grande sonho de me casar.

Alguém bateu na porta do meu quarto e interrompeu a reflexão, que eu fazia deitada na cama, olhando para o teto.

— Entra.

— filhinha!

— Mãe! – me sentei na cama quando ela entrou. — O que houve?

— Serei a primeira a desejar-lhe parabéns. – ela me deu um beijo na testa e sentou-se na cama ao meu lado.

— Mas ainda nem é meia-noite. – contestei sorrindo.

— Por isso mesmo... – minha mãe se ajeitou, deitou minha cabeça em seu ombro e afagando meus cabelos, disse: — Há vinte anos atrás, eu e seu pai comemoramos dois anos de casados. Só que não havia motivos para comemorar, porque nossa situação não estava nada boa. Seu pai estava desempregado, não era chamado para emprego nenhum, mas o amor que sentíamos um pelo outro, nos fez resistir á esses momentos difíceis.

Sentindo sua respiração, perguntei: — Estava tudo tão ruim assim?

— Se eu disser muito, ainda é pouco.

— Nossa! - franzi a testa.

— Por muitas das vezes, nossa refeição era farinha com água e sal.

— E vocês não pediam ajuda a ninguém?

— Eu e seu pai éramos muito orgulhosos e preferimos passar por isso, sem que ninguém ficasse sabendo.

Amor Entre AmigosKde žijí příběhy. Začni objevovat